A
GRANDE DESCOBERTA (4)
“...Senhor, para quem iremos ? O Senhor tem as palavras de vida eterna, e
nós temos conhecido que o Senhor é o santo de Deus” (João 6:68,69)
HOUVE
UMA AVALIAÇÃO DE TUDO O QUE OUVIRAM.
Notemos bem que os homens, em todos os
lugares, de qualquer religião, mesmo daquelas que se aproximam mais da verdade,
são todos iguais no tocante que tange a recepção da verdade. Foi assim com os
judeus e será assim com todos. Os judeus rejeitaram os preciosos ensinos do
Senhor Jesus, exarados pelo Senhor no capítulo 6 de João. Em nada o Senhor
deixou qualquer coisa encoberta, pois Sua linguagem colocou de lado qualquer
figura, ilustração ou parábola. Nosso Senhor rasgou o véu e mostrou o
espetacular cenário do caminho que salta desta vida para a eternidade.
Os judeus estavam diante do Verbo
encarnado; o grande EU SOU, o mesmo que conversou com Moisés, Abraão e outros
santos do passado estava ali perante a face daqueles elementos, os quais,
apaixonadamente se apegavam às letras da lei e não ao espírito que envolvia as
Escrituras do Velho Testamento. No final desse espetáculo de refulgente glória
de uma tão grande salvação soberana, Deus abriu os olhos espirituais dos
discípulos, para que eles pudessem ouvir o que nunca imaginaram ouvir: “Tu tens
as palavras de vida eterna”. Impressionante! Quando se trata de coisas
terrenas, os ouvidos estão apuradíssimos para ouvir, entender e receber. Quando
se trata de coisas eternas, os ouvidos precisam ser abertos.
Foi isso o que aconteceu. O Senhor Jesus
deixou essa verdade esclarecida para Pedro em Mateus 16:13, quando este
respondeu a indagação do Senhor: “que diz o povo ser o Filho do homem?”. A
resposta de Simão foi impressionante: “Tu és o Filho do Deus vivo” (verso 16).
Parecia ser algo notável, que partiu da inteligência de Pedro; parecia ele como
um aluno inteligente que recebe a admiração do professor e de toda classe por
uma resposta de alguém super inteligente. Mas o Senhor deu a resposta que
anulou todo orgulho, dizendo que Pedro era um homem bem-aventurado, porque o
que ele falou não foi algo que veio de Pedro ou de outro, mas do próprio Pai do
Senhor, o qual revelou essa verdade àquele homem (verso 17). Uma prova disso foi o fato que, não demorou
muito para que Pedro, assim que ouviu o Senhor falar da Sua morte e
ressurreição, tentou reprovar o Senhor, dizendo: “Tem compaixão de Ti
Senhor...”. Imediatamente o Senhor chama Pedro de diabo: “Arreda satanás...”
(verso 23). Tudo isso vem mostrar a nós que vivemos num mundo tão secularizado
e humanizado, o quanto as maravilhas eternas não são descobertas por mentes
naturais e carnais. Aqueles homens simples, conforme vemos no capítulo 6 de
João eram pessoas bem-aventuradas, eram homens pecadores que acharam a fonte da
vida eterna; eram perdidos que foram achados; eram homens que tiveram os olhos
da alma abertos e sua visão incrivelmente puderam ver infinitamente além desse
véu mundano, o qual desaparece com a morte física.
Que fantástica descoberta! Estamos vivendo
uma época religiosamente pervertida. Os homens vivem à busca daquilo que vai
embora; o cristianismo moderno tem suas mãos atadas com os desejos corrompidos
de um viver próspero aqui, com os anseios de corações que amam as riquezas e
não com as excelências das maravilhas que jamais se acabarão: “...Tu tens as
palavras de vida eterna...”
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