“...Senhor, para quem iremos ? O Senhor tem as palavras de vida eterna, e
nós temos conhecido que o Senhor é o santo de Deus” (João 6:68,69)
HOUVE
A SÁBIA DECISÃO DE CORAÇÕES REGENERADOS.
O que ocorreu ali foi que aqueles homens
perceberam que as palavras do Senhor nada tinham a ver com esta vida terrena;
que eram ensinos que estavam infinitamente acima dos melhores padrões
religiosos e seculares deste mundo. A linguagem do Mestre Amado era estranha e
não servia para os anseios terrenos e foi por isso que aqueles homens
simplesmente foram embora. Se na história do Velho Testamento os judeus não
suportavam as mensagens dos profetas, uma vez que elas vinham cheias das
advertências de Deus, quanto mais as palavras que saíam dos lábios do próprio
Verbo encarnado. Eles perceberam que havia nelas um altíssimo conceito de
coisas duráveis.
Nosso Senhor estava mostrando que o que
a lei trazia em seus ensinos era coisas que não passavam de figuras, símbolos e
sombras e que com o tempo elas seriam dissipadas, assim que a realidade das
coisas chegasse. Cristo mesmo era a realidade. A graça sobre graça chegou; a
coisas abaláveis deram lugar às realidades eternas. A lei de Moisés não podia
expor a realidade das coisas no terreno de maldição e morte, mas a graça sobre
graça veio para rasgar este véu terreno e finito, a fim de exibir a vida que há
no Filho. Estava ali perante eles não meramente o Autor da vida, mas a própria
vida, a vida eterna. Suas palavras eram espirituais e meras letras mortas; eram
palavras que atormentavam e atormentam o velho homem em Adão, tão impregnado de
desejos por ser e viver como uma divindade neste mundo.
Tentando usar outras palavras, posso
afirmar que os discípulos viram a própria vida perante eles; eles se agarraram
à tais verdades com prazer: “...tens as palavras de vida eterna...”. Então, o
mundo se tornou abominação, um ambiente mesquinho e miserável para aqueles
homens. Seguir o Senhor foi a decisão marcante de suas vidas, mesmo sabendo que
o caminho a seguir não era fácil. Eles queriam ficar ao lado Dele, segui-Lo
fielmente, assentar-se aos Seus pés e ouvir seus impressionantes ensinos. Eram
homens simples, os quais pela fé tomaram posse daquilo que os santos no passado
quiseram ver com seus próprios olhos. A riqueza prometida pelo mundo se tornou
miséria perante; e mesmo cheios de fraqueza, eles se submeteram ao Senhor para
servi-Lo, mesmo atônitos quanto ao destino da cruz, tão enunciado pelo Senhor.
Que fantástica lição que a graça
gloriosa nos dá! O que aqueles homens receberam é o mesmo que pecadores
arrependidos recebem. Ninguém vai a Cristo, se não se tornar um mendigo
espiritual. Enquanto o homem carregar as migalhas mundanas em suas mãos, ele
achará que o mundo com suas promessas é melhor. Cristo veio dar vida e isso
significa que Ele há de operar no meio dos mortos, a fim de ressuscitar
pecadores. Ele veio abrir olhos espirituais, a fim de que homens e mulheres
vejam a glória Dele e a tão gloriosa, eterna e refulgente salvação, a qual
ultrapassa todo e qualquer entendimento deste mundo. Quem há de trocar o mundo
por riquezas eternas? Tal decisão é loucura para os mundanos. Mas para
pecadores arrependidos, o que importa este mundo? O Senhor tem consigo palavras
de vida eterna.
Nenhum comentário:
Postar um comentário