“Apresentar-se-á voluntariamente o teu
povo, no dia do teu poder; com santos ornamentos, como orvalhos emergindo da
aurora serão os teus jovens”
O
CAMINHO DO CRENTE PARA A RESSURREIÇÃO
Posso assegurar que Deus utiliza-se das
tribulações, a fim de tirar aquilo que é peso e que dificulta a nossa jornada.
Aqueles que correm querem livrar-se à cada dia daquele pesinho a mais; querem
ficar mais leves para suas maratonas. Não é assim com os crentes? O escritor
sagrado fala sobre isso em Hebreus 12:1: “...livremo-nos de todo peso e do
pecado que tenazmente nos assedia, corramos com paciência a carreira que nos
está proposta”. Tem linguagem mais clara do que essa usada pelo Espírito Santo?
Não é verdade que enchemos nossas vidas das preocupações com este mundo e nos
embaraçamos com coisas que nada tem de valor? Por isso Deus usa tribulações
para tirar tudo isso de nós. Quer ver um crente leve e solto para andar pelo
caminho reto rumo ao céu? Veja aquele que tem passado por tribulações neste
mundo. Parece que quando o mundo desaba debaixo dos nossos pés, o céu fica mais
perto do salvo.
Também, a vitória à cada instante contra
o mal é uma experiência antecipada da ressurreição. Realmente não é nada fácil
enfrentar as tentações; não há quem possa vencê-las no poder da carne. Mas os
crentes obedientes são vitoriosos; são os ilustres que enfrentam o diabo, a
carne e o mundo para a perplexidade daqueles que não são crentes. Toda vitória
é um passo para uma gigantesca obra de vitória que virá. Não fosse o poder da
graça dando-lhe forças, certamente José teria sucumbido à tentação e jamais
teria saído de uma merecida prisão. Foi a vitória na casa de Potifar que o fez
experimentar o doce sabor da ressurreição. Foi a vitória na prisão que
aperfeiçoou sua fé e o fez capaz para governar um mundo com justiça. É a
conquista dessa caminhada que faz o brilho deste mundo sumirem da nossa vida;
que nos faz perder as esperanças daqui e realçar as glórias do céu em nossa
viver.
Quero encerrar esta mensagem mostrando o
quanto a ressurreição começa a aparecer na conversão. Toda sincera conversão a
Cristo é o começo da jornada rumo ao lar celestial, a caminhada para a
perfeição. Quando a graça atrai a alma para a salvação, eis que a alma salva
percebe o quanto este mundo é cheio de ilusão e que tudo aqui termina com a
morte e seu destino cruel. Ninguém consegue ver isso sem uma obra do Espírito
Santo e da Palavra. A sabedoria de Deus, manifestada em temor passa a brilhar
no recôndito, lá no íntimo e as investigações começam com o Senhor mostrando o
passado, o presente e o futuro tão sombrio dos homens. Perguntas surgem como
essas: “Para onde irei após a morte?; para onde foram os que morreram?”. O
mundo não tem como responder a essas questões.
Na conversão se finda o amor ao mundo e
inicia-se o amor a Deus e à sua palavra. Quando Zaqueu conheceu a Jesus,
imediatamente seus interesses voltaram para as coisas eternas em obediência ao
Senhor e amor ao próximo. Na conversão tudo é visto à luz da eternidade; a
morte eterna passa a mostrar sua força terrível e os horrores do castigo eterno
começam a ser ouvidos pela fé. Na conversão Cristo torna-se a preciosidade da
vida aqui e a esperança da glória; cresce o anseio pelo céu, pela família
celestial e pelas perfeições que aguardam os crentes na glória eterna! “Vem,
esperança dos salvos!”.
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