quarta-feira, 2 de janeiro de 2019

VIVENDO À LUZ DA RESSURREIÇÃO (10 de 10)



        “Apresentar-se-á voluntariamente o teu povo, no dia do teu poder; com santos ornamentos, como orvalhos emergindo da aurora serão os teus jovens”
O CAMINHO DO CRENTE PARA A RESSURREIÇÃO
        Posso assegurar que Deus utiliza-se das tribulações, a fim de tirar aquilo que é peso e que dificulta a nossa jornada. Aqueles que correm querem livrar-se à cada dia daquele pesinho a mais; querem ficar mais leves para suas maratonas. Não é assim com os crentes? O escritor sagrado fala sobre isso em Hebreus 12:1: “...livremo-nos de todo peso e do pecado que tenazmente nos assedia, corramos com paciência a carreira que nos está proposta”. Tem linguagem mais clara do que essa usada pelo Espírito Santo? Não é verdade que enchemos nossas vidas das preocupações com este mundo e nos embaraçamos com coisas que nada tem de valor? Por isso Deus usa tribulações para tirar tudo isso de nós. Quer ver um crente leve e solto para andar pelo caminho reto rumo ao céu? Veja aquele que tem passado por tribulações neste mundo. Parece que quando o mundo desaba debaixo dos nossos pés, o céu fica mais perto do salvo.
        Também, a vitória à cada instante contra o mal é uma experiência antecipada da ressurreição. Realmente não é nada fácil enfrentar as tentações; não há quem possa vencê-las no poder da carne. Mas os crentes obedientes são vitoriosos; são os ilustres que enfrentam o diabo, a carne e o mundo para a perplexidade daqueles que não são crentes. Toda vitória é um passo para uma gigantesca obra de vitória que virá. Não fosse o poder da graça dando-lhe forças, certamente José teria sucumbido à tentação e jamais teria saído de uma merecida prisão. Foi a vitória na casa de Potifar que o fez experimentar o doce sabor da ressurreição. Foi a vitória na prisão que aperfeiçoou sua fé e o fez capaz para governar um mundo com justiça. É a conquista dessa caminhada que faz o brilho deste mundo sumirem da nossa vida; que nos faz perder as esperanças daqui e realçar as glórias do céu em nossa viver.
        Quero encerrar esta mensagem mostrando o quanto a ressurreição começa a aparecer na conversão. Toda sincera conversão a Cristo é o começo da jornada rumo ao lar celestial, a caminhada para a perfeição. Quando a graça atrai a alma para a salvação, eis que a alma salva percebe o quanto este mundo é cheio de ilusão e que tudo aqui termina com a morte e seu destino cruel. Ninguém consegue ver isso sem uma obra do Espírito Santo e da Palavra. A sabedoria de Deus, manifestada em temor passa a brilhar no recôndito, lá no íntimo e as investigações começam com o Senhor mostrando o passado, o presente e o futuro tão sombrio dos homens. Perguntas surgem como essas: “Para onde irei após a morte?; para onde foram os que morreram?”. O mundo não tem como responder a essas questões.
        Na conversão se finda o amor ao mundo e inicia-se o amor a Deus e à sua palavra. Quando Zaqueu conheceu a Jesus, imediatamente seus interesses voltaram para as coisas eternas em obediência ao Senhor e amor ao próximo. Na conversão tudo é visto à luz da eternidade; a morte eterna passa a mostrar sua força terrível e os horrores do castigo eterno começam a ser ouvidos pela fé. Na conversão Cristo torna-se a preciosidade da vida aqui e a esperança da glória; cresce o anseio pelo céu, pela família celestial e pelas perfeições que aguardam os crentes na glória eterna! “Vem, esperança dos salvos!”.
               

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