“Pois
o amor de Cristo nos constrange, julgando isso, se um morreu por todos, logo
todos, logo todos morreram” (2 Coríntios
5:14).
O
AMOR DE CRISTO DEVE NOS CONSTRANGER À HUMILHAÇÃO.
Tendo já dado a introdução, importa que
agora saibamos o que implica isso em nosso viver. Acredito que se houver
qualquer resquício de orgulho e confiança em nossas obras e atividades carnais,
sem dúvida mergulharemos em terríveis perigos. O evangelho que ressalta o homem
e não a glória e amor de Deus, não é evangelho bíblico. Acima de tudo o amor de
Cristo deve nos mobilizar a sermos um povo humilde, justamente porque fomos
objetos da imensidão e eternidade desse amor. Quando pecadores sabem do terror
do pecado que lhe acometeu na queda; quando sabem o quanto viveram longe do
Senhor, odiando a Deus e a todos, não é isso motivo de humilhação em saber que
foram amados? O que havia em nós para que Ele pudesse interessar-se por
medíocres e condenados?
Analisando tudo à luz da depravação
total, em que nós somos melhores que os mais atrevidos e pervertidos pecadores?
Terminei de ler o livro O TOTEM DA PAZ. Com que habilidade e graça, Don
Richardson descreve ali os horrores praticados pelas tribos em trair, matar e
devorar uns aos outros. O final dessa história é realmente emocionante ao ver o
que Deus fez entre aquele povo bárbaro em salvá-lo e transformá-lo. Mas, que
diferença existe entre aquele povo canibal com o povo das nações modernas? São
diferentes? Claro que não! Os homens quando são entregues a si mesmos estão
prontos a trair, matar e até mesmo devorar uns aos outros. Intrinsecamente somos
iguais, temos a mesma propensão ao mal e somos capazes de fazer coisas ainda
piores do que fazem terroristas neste mundo.
Notemos bem que toquei exatamente
naquilo que os homens não toleram ouvir – depravação total – porque revela
nossa fotografia em Adão. A verdade é que quanto mais sei da minha situação tão
deplorável em Adão, mais entendido serei no que tange ao amor de Cristo; haverá
uma reação ao compreendermos o quanto Deus nos amou e como foi tão profundo
esse amor, como diz a primeira parte do antigo hino: “Por que me amou assim?”.
Eu realmente creio que o que mais as igrejas precisam ouvir em nossos dias é
sobre o tema: “O que éramos e somos em Adão”. Ora, a Bíblia está cheia desses
ensinos; são revelações de Deus que nos foram entregues, assim como outros
temas importantes. Se não soubermos disso, nossa natureza sempre há de buscar
em nós algo que achamos ser “tesouros do nosso coração”.
Também, posso afirmar aqui que grandes
avivamentos ocorreram na história quando os homens foram descobertos pela
palavra. Firmemos na Palavra, porque ela mesma mostra que avivamentos se
irromperam nos dias dos apóstolos, porque aqueles homens pregavam o que os
povos precisavam ouvir. Foi no dia de Pentecostes que Pedro pregou no livro de
Joel, e aqueles numerosos judeus presentes bem conheciam aquele livro e o texto
usado por Pedro. O apóstolo em nada atenuou a culpa deles; mostrou-lhes que
eram culpados por terem se ajuntado com os gentios para crucificar o Senhor da glória.
Aquele som do evangelho veio do céu na doce visitação compassiva do Senhor, e
assim milhares de almas compungidas foram salvas naquele dia, dando início à
edificação da igreja em Jerusalém e espalhando pela face da terra
posteriormente.
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