quarta-feira, 23 de janeiro de 2019

AMOR QUE NOS CONSTRANGE (3)



“Pois o amor de Cristo nos constrange, julgando isso, se um morreu por todos, logo todos, logo todos morreram”  (2 Coríntios 5:14).
O AMOR DE CRISTO DEVE NOS CONSTRANGER À HUMILHAÇÃO.
        Nosso Senhor negou a Si mesmo, recusou usar todas as Suas prerrogativas da divindade, a fim de mostrar o quanto amou Seu povo. O que somos agora teve como causa o amor do Senhor por nós e não houve nem sequer um pingo de atividade ou merecimento de nossa parte que nos movesse a amar a Cristo. Éramos odiadores do Senhor e provamos isso em nosso estilo de vida mundana e iniqua. Mesmo nos tornando crentes e salvos, o amor que habita em nós é o amor de Cristo e o amor nosso. Se formos movidos por esse amor será porque a grandeza da glória e do amor de Cristo está acesa em nossos corações. Paulo ficou como que estonteado pelo amor de Cristo, de tal maneira que se entregou a viver por Ele e para Ele: “Porque para mim o viver é Cristo e o morrer é lucro”.
        Amor que clama pelo amor do objeto amado é um amor egoísta. Nosso Senhor jamais pediu que Sua igreja O amasse. Nós fazemos isso porque a graça fez com que nossos pensamentos ficassem tão santificados, a ponto de meditar na profundida, altura e largura desse amor. Nossos sentimentos também foram tocados por esse toque santo. Que culto de emoção preenche nosso ser! Como Ele pode estender Sua mão e arrancar pobres seres caídos do poço da perdição onde se encontravam? Se uma mulher pode servir com prazer o marido que tanto lhe ama, porque não podemos nós servir ao que nos mostrou perfeito amor.
        Se o amor Dele nos constrange significa que podemos avançar bem longe nesse amor; que podemos nós alcançar os mais altos lugares desse amor. É claro que jamais atingiremos as alturas, profundidade e largura do amor de Cristo. Nós podemos imitar um pouco isso e temos que rasgar diariamente nosso ego em santa confissão; temos que lutar em santa guerra da carne contra a intromissão da natureza maligna e carnal na qual ainda estamos. Sempre veremos aqui o quanto estamos distanciados do amor, mais do que as distâncias interplanetárias. Vemos o amor dele aqui no mundo, a partir da distância que há entre nós e nossos semelhantes. Mas Ele nos viu do céu; foi do alto que Ele olhou para nossa baixeza e vileza.
        Seu amor, também agiu sozinho, enquanto nós sempre estamos precisando da ajuda uns dos outros, das exortações, disciplinas e não raro passamos vergonha. Mas o Senhor não. Nunca houve um momento que Ele quisesse voltar e renunciar seu ideal. Foi o amor perfeito, por isso não precisava de aperfeiçoamento. Não houve equipamento aqui para que O ajudasse. Não! É claro que Ele aprendeu obediência, mas tudo porque atravessou um vale desconhecido; caminhou por via perigosa e soube o que é sofrer pelo sofrimento. A divindade conheceu a humanidade e nisso teve que passar pela escola desse aperfeiçoamento da escola do Pai.
        Diante de tudo isso, não é fato que podemos e queremos servi-Lo? Não é melhor permitir que o jugo Dele seja posto em nossos ombros? Não caminhamos sozinhos pela estrada dos servos, pois nosso Senhor vai ao nosso lado nos ensinando e guiando por caminho que Ele mesmo abriu. Que sejamos prontos para renunciar a nós mesmos a todo momento, a fim de servi-Lo melhor e com prazer aqui.


Nenhum comentário: