“Se
porém, andarmos na luz como Ele está na luz, temos comunhão uns com os
outros...”
INTRODUÇÃO:
A primeira carta de João deve ser
carinhosamente tratada por todos os crentes como a carta de amor, a carta da
família de Deus. Não há outra carta onde encontramos tantas palavras afetuosas,
como acontece numa família, onde os pais são amorosos no trato com seus filhos.
Em nossos dias vemos a família tradicional sendo destruída paulatinamente, e
por causa disso pouco interesse o povo tem por valores dos pais e a posição dos
filhos. Mas aqui estamos vendo a família de Deus e não somos tratados como
infantis, mas sim como adultos, uma vez que no capítulo 1 Deus é visto em santo
temor por aqueles que já se converteram a Cristo.
Quero dar uma ênfase maior ao primeiro
capítulo, porque precisamos saber quem são os que podem afirmar que são filhos
de Deus. Aqui não há entrada de falsos crentes; na família de Deus não há
adotivos, Deus lida com filhos que nasceram de novo. Na família de Deus, também
não há netos, pois Deus não é vovô, por isso os pais modernos devem saber que
não aqui lugar para sentimentalismo em achar que nossos filhos já são crentes,
somente porque foram criados nesta ou naquela igreja de nossa preferência. Ora,
tendemos a errar muito nesse aspecto.
O propósito de 1 João, logo no primeiro
capítulo não é falar de nós, mas sim da comunhão existente entre o Pai e o
Filho. É bem provável que este capítulo seja um dos mais preciosos para mostrar
quem é Jesus, o Filho eterno do Deus vivo. Ele mesmo fala sobre a comunhão que
sempre teve com o Pai antes que houvesse mundo (João 17). Cristo é, de fato o
Amado do Pai e mesmo sua humilhação não afastou os sentimentos eternos da
comunhão entre essas Pessoas e narradas pelo Espírito Santo. Como estamos
presenciando em nossos dias a invasão da nova era dentro das igrejas e o
crescimento do movimento ecumênico em todas as suas formas, tudo isso mostra
que precisamos conhecer o que a bíblia fala sobre a eterna comunhão existente
entre as Pessoas da divindade.
E nós? Estamos de fora? Claro! Note bem
que João, neste primeiro capítulo não trata de nós como crentes, ele esquece
isso. Nem ele mesmo como apóstolo ousa puxar a corda para seu lado. João se
ocupa em mostrar que tanto os apóstolos, como nós somos pecadores caídos; que
não há como invadir o terreno sagrado dessa comunhão; que somos das trevas,
enquanto o Deus da bíblia é luz; que qualquer tentativa fora do método de Deus
é fracasso e seremos chamados de mentirosos. Além disso, João mostra que não é
algo tão simples para os homens caídos. Estamos vivendo os dias de um evangelho
fácil que chegou às mãos dos homens. Tudo hoje acontece com um mero “sim”
daqueles interessados. Mas o que vemos no primeiro capítulo dessa carta é que o
acesso à família de Deus só acontece por confissão.
Assim, entraremos nesse ambiente com as
informações que nos foram entregues pelo Espírito de Deus. Que sejamos
humildes; que não nos atrevamos a erguer nossa própria e louca vontade.
Entramos agora onde o mundo não pode entrar, onde olhos naturais não podem
enxergar nem os ouvidos mundanos podem ouvir. Que caiamos humilhados perante o
grande, santo e sublime Deus!
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