terça-feira, 22 de janeiro de 2019

A VIDA DE VAIDADE DOS ÍMPIOS (3)



“Isto, portanto digo, e no Senhor testifico, que não andeis mais como os gentios, na vaidade do seu próprio entendimento” (Efésios 4:17)
O PERIGOSO ENVOLVIMENTO COM OS GENTIOS: “...na vaidade...”
        Por que não podemos nos envolver com os ímpios? Por que não buscar meios, a fim de falar com eles sobre a salvação em Cristo? Notemos bem que a bíblia não trata da companhia e amizade, mas sim da perigosa comunhão com eles. Somos admoestados a não seguir os viver de vaidade dos ímpios. Não há, nem deve haver no crente a perigosa vaidade. Os crentes devem ter seus pensamentos e emoções controlados pela verdade; devem seguir o caminho para o céu; devem pisar o sólido terreno da sobriedade e vigiar sempre devido aos perigos que lhes cercam enquanto trilham no caminho da peregrinação.
        O que realmente significa o viver de vaidade dos ímpios? Significa que toda essa luz que mobiliza o sistema de vida dos gentios é luz externa e não interna. A multidão cega no pecado só consegue ver o mundo e a forma como que satanás encheu esta vida presente com seus brilhos de prazer, paixão e sentimentos de que não há outro lugar melhor do que este mundo para viver. Notemos bem que aí está o envolvente perigo. Tudo está do lado de fora, enquanto no coração dos ímpios só há escuridão, pois não conseguem ver outra coisa senão a vaidade.
        Quando tomamos a palavra da verdade, é com essa “tocha” iluminada que adentramos nessa “caverna” escura, nesse labirinto de trevas, a fim de descobrirmos o que há no coração do ímpio e o que o leva a viver como vivem aqui; porque agem nessa vaidade e sonham com uma esperança de um viver melhor aqui, sendo que o que lhes espera é a morte e o além. Devemos saber que não há diferença entre os homens. Por fora parece que alguns são melhores; que em alguns há bom senso e que pensam coisas boas. Mas quando tudo é posto diante da luz da glória de Deus, então realmente não há diferença alguma.
        Notemos bem a vida de Pilatos, porque havia nele certo senso de justiça. Ele viu que estavam condenando um homem inocente, por isso lutou para impedir que o Senhor fosse crucificado. Vejamos bem que na hora certa, quando foi confrontado com a verdade, ele nada sabia da verdade; seu coração estava longe, distanciado do verdadeiro sistema de justiça, por isso procurou meios supersticiosos para livrar da culpa em condenar um inocente, tomando uma bacia com agua e lavando suas mãos. Então, os homens podem chegar até certa altura da verdade, mas passou dali veremos que a escuridão aparece e ele se agarrará às vaidades dos seus pensamentos.
        Às vezes pensamos que alguém que tem o conhecimento da verdade bíblica há de ter luz suficiente nele para não viver na vaidade. Mas é engano, porque se a verdade não atingiu seu coração trazendo luz do céu, eis que ele será hipnotizado pela vaidade. Judas parecia ser um excelente apóstolo. Ele conhecia bem o Velho Testamento e se tornou seguidor de Cristo, mas não ardeu a luz da verdade no coração. Por essa razão a escuridão reinava ali e aquele homem era levado pela vaidade de um mundo melhor, de posição e riquezas terrenas, ambicionando lucros passageiros. Assim, não demorou em aproveitar a oportunidade e ganhar riquezas traindo o Filho de Deus. Sabemos o resultado trágico de tudo isso.


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