“Pois
o amor de Cristo nos constrange, julgando isso, se um morreu por todos, logo
todos, logo todos morreram” (2 Coríntios
5:14).
O AMOR DE CRISTO DEVE NOS CONSTRANGER A BUSCAR A SALVAÇÃO DOS PERDIDOS.
Estou chegando ao ponto final dessa mensagem, mas não poderia
findá-la sem essa aplicação em nossas vidas. Não há dúvida que o humanismo
atual nos tornou cheios de uma bondade errada, por isso tendemos a trazer mais
prejuízos do que realmente servir aos homens de uma forma eficaz e eterna.
Falam muito de amor em nossos dias, mas claramente vemos que é um amor sem
qualquer fundamento extraído da verdade que nos foi revelada. Estamos mais
prontos a buscar o bem social e material dos homens; é um amor mais horizontal
e não vertical. É comum ver a falta de homens e mulheres amadurecidos e aptos
para edificar, exortar e ajudar dentro das nossas igrejas. Os cultos hoje focam
em sentimentos e não na solidez da verdade. Tudo é feito para que no ambiente
todos se sintam bem, como se estivessem tomando calmante ou mesmo comprimido
para evitar dores.
Mas, na verdade a igreja de Deus, composta de pessoas salvas
do pecado, na realidade demonstrará que é cercada de um ambiente de
misericórdia. Ora, quem conheceu a misericórdia de Deus, há de entender que os
homens ao derredor precisam de misericórdia. É exatamente aqui que quero tratar
sobre o fato que o amor de Cristo deve buscar a salvação dos perdidos. Foi essa
a atitude de todos os santos, dos verdadeiros crentes em todo lugar e em toda
história. Foi esse espirito compassivo que ocupou o coração de homens e
mulheres que foram chamados a pregar o evangelho em lugares distantes, ermos e
perigosos. Tudo porque a misericórdia envolveu suas vidas. Muitos deles, em
suas atividades não pareciam que carregavam esse emblema do coração de Deus,
como os profetas, mas a reação deles ao ver o juízo de Deus vindo sobre o povo,
mostrava o quanto aqueles homens realmente eram movidos de profunda compaixão,
como Moisés que amou profundamente Israel, lutando em oração e intercessão para
que Deus não destruísse o povo rebelde.
Tendo essas verdades cravadas em nossas mentes e emoções, eis
que sem dúvidas podemos entender o que significa “o amor de Cristo nos
constrange”. Constrangeu Paulo a não mudar sua atitude para com a igreja em
Corinto, mesmo mal entendidos por alguns crentes dali, o apóstolo permaneceu
firme em seu desejo de ajudar aquele povo. Notemos bem que não fomos chamados
para salvar, mas a compaixão de Deus em nós chega a tal ponto que parece que
nós mesmos queremos salvar os homens. Foi isso o que Paulo transmitiu sempre em
relação ao mundo e em seus cuidados pelas igrejas. Ele, como que, sentiu “dores
de parto” pelos crentes da Galácia.
Nós também não podemos desfrutar desse mesmo amor tão
envolvido em compaixão? Não é o momento para que deixemos de uma vez nosso
egoísmo para entregarmos de coração pelo bem eterno daqueles que estão ao nosso
derredor? Estou certo que sim. Estamos tão envolvidos noutras atividades, em
nossos projetos de um viver confortável aqui, que esquecemos que somos o povo
da misericórdia. Com uma visão clara do que é de fato a salvação bíblica, não
há dúvida que vamos querer ver o bem eterno daqueles que ao nosso derredor
estão perecendo. A nação brasileira está a cada dia apodrecendo no pecado das
drogas, da imoralidade sexual, da destruição da família e de outras atividades
pervertidas associadas. Enquanto isso ocorre, o interesse pela oração é quase
nulo; não vemos altruísmo na disposição nossa de negar a nós mesmos pelo bem
eternal daqueles que nos cerca. Tudo isso porque vemos nossa salvação, mas não
vemos a perdição dos milhares.
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