“Pois
o amor de Cristo nos constrange, julgando isso, se um morreu por todos, logo
todos, logo todos morreram” (2 Coríntios
5:14).
INTRODUÇÃO
O que foi que levou Paulo a dizer que o
amor de Cristo constrangia a ele e aos seus colegas no serviço do Senhor? Foi o
fato que, se Cristo morreu por todos, logo todos morreram. O que ocorreu com a
morte de Cristo, sem dúvida mobilizou todos os salvos para viver e agir nesse
amor. Foi isso que levou aquele amado apóstolo a agir como de fato agiu com a
igreja de Corinto e tratar aqueles irmãos como deviam ser tratados; foi o amor
de Cristo que impulsionou a consagrar todo seu ser, a fim buscar o bem dos
crentes no mundo inteiro.
Não há dúvida que precisamos desse tão
cordial ensino, que ele é benvindo em nossos corações. Precisamos entender o
que significa ser constrangido pelo amor. Se o amor de Cristo ainda não nos
constrangeu, então é fato que estamos vivendo em profundo orgulho próprio e
precisando saber se nossa fé está ancorada na Rocha dessa imensidão de amor do
Senhor em favor do Seu povo. O termo grego que foi traduzido “constrange”
significa “ter junto”, e a ideia que
passa é que o mesmo amor do Senhor deve nos impulsionar a pensar como Ele
pensou e agir como Ele agiu. Que o amor que Ele mostrou por nós venha encher
nossas mentes e sentimentos; que cantemos e celebremos esse amor; que
devolvamos em consagração e santidade, em devoção e separação apenas para Ele.
Que cantemos na mesma inspiração poética que cantou o autor do antigo hino: “Oh!
Que amor glorioso! Preço tão grandioso! Que Jesus por mim na cruz pagou;
inaudita graça me mostrou!”
Estou certo que o evangelho humanista,
tão ligado à vontade “soberana” do homem, tem feito o contrário no movimento
evangélico atual. A mesquinhez, a inclinação para o mundo, o abandono da
palavra, etc. tudo isso revela que a verdade do amor da cruz nem sequer tocou
na pele do coração. Não parece que houve o “matrimônio” do encontro entre a fé
e a graça; não há nos crentes modernos (com exceções) qualquer evidência de que
houve real salvação no viver. A igreja moderna nada tem a ver com a virgem pura
e santa do Senhor; com o povo cheio de temor e submisso àquele que chamou um
povo para Si.
Que o Senhor venha em Sua imensa
compaixão nos ligar a Ele, nos envolver com Sua presença e mostrar Sua presença
invisível e gloriosa, por meio da autêntica pregação do evangelho em nossos
dias. Queremos esquecer deste mundo; queremos subir, pela fé às alturas do Seu
amor e curtir pela fé o que nosso Amado fez por nós. Foi Ele quem nos amou
primeiro e assim Ele mesmo lançou a base desse amor, onde eu e todos os santos
podemos subir e achar o lugar certo onde devem viver e estabelecer nosso modo
de vida.
O tema acima não é nada fácil para ser
exposto, mas sempre o Senhor nos concede Sua graça em entender e explicar
aquilo que é de suma importância em nosso viver terreno, até que Ele se
manifeste, vindo nos buscar. Minha esperança é que os verdadeiros crentes
encontrem gozo e alegria no Senhor; nosso viver é Cristo; nosso prazer, força e
alegria é o próprio Senhor.
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