“Pois
o amor de Cristo nos constrange, julgando isso, se um morreu por todos, logo
todos, logo todos morreram” (2 Coríntios
5:14).
O
AMOR DE CRISTO DEVE NOS CONSTRANGER À CONSAGRAÇÃO
Ao meditarmos no fato que nosso Senhor
se consagrou totalmente por nós, não há como não derreter nossos sentimentos
para que todo nosso ser seja consagrado a Ele. Foi isso que mobilizou Paulo.
Aquele que antes era motivo do seu terrível ódio, é agora motivo de imenso
amor. Ele trata disso no capítulo 3 de Filipenses. Ao conhecer Seu Senhor e vê
como foi conquistado pelo Filho de Deus e que tudo agora o encaminhava para a
tão almejada ressurreição, tudo isso moveu Paulo para viver e morrer por Ele. O
mesmo Senhor do apóstolo é nosso Senhor; o que Ele fez por Saulo de Tarso, fez
também por cada crente, antes pecadores e indignos.
Outro fato importante na consagração é
que todo nosso ser é Dele, nada é nosso. No milagre da criação em todo universo
está a maneira como Ele nos fez. Incrível e majestosa atividade Daquele que nos
fez como vasos de misericórdia (Romanos 9). O mundo está lotado de vasos da
ira, de elementos que o Oleiro fez, moldando-os, a fim de fazer deles
instrumentos de Sua ira. Notemos bem que Ele não fez o pecado, Ele apenas
entrou no terreno do pecado, pôs Sua mão de poder na massa de pecado, a fim de
fazer Seus instrumentos que demonstram Sua misericórdia e Sua ira santa. Ele é
glorificado em tudo o que faz; Ele é glorificado tanto em salvar como em
demonstrar Sua indignação contra o pecado.
Então, o que eu sou? Fui eu quem
determinou ser um crente? Fui eu quem decidiu ser o vaso de honra, objeto de
Sua graça compassiva? Claro que não! Ele o fez porque quis fazer e essa foi a
santa determinação de Sua abundante graça em meu favor. O que Ele viu em mim, a
fim de vir em busca de um elemento como eu? Não poderei eu me consagrar e
dedicar-Lhe todo meu ser? Só tem uma resposta: Fui amado por Ele, fui escolhido
Nele e fui buscado por Ele. Essas verdades vêm como luz que invadem o santuário
de nossos corações e que brilham nosso entendimento, a fim de organizar nossos
sentimentos e nos levar a viver constrangidos em amar Aquele que nos amou
primeiro.
Além de toda essa história que vai
infinitamente além da nossa capacidade de entendê-la em Sua profundidade, temos
ainda o fato que nosso Senhor deixou Sua glória e veio até esse tão pequeno
planeta terra, lugar escolhido para as façanhas da graça, a fim de se unir à
nossa humanidade. Ele ousou nos conhecer de uma forma avassaladora, pois não
veio aqui como um “turista da divindade”. Não! Ele se tornou Homem, a fim de
habitar entre homens perdidos; veio conhecer nosso sofrer, o real significado
com o poder da morte. Essa história foi de uma forma maravilhosa e
perfeitamente registrada em toda Escritura, a fim de que todos ficassem sabendo
disso. Ele não olhou apenas para um grupo, uma nação especial, mas sim para
todas as famílias da terra, a fim de mostrar Seu infinito e eterno amor.
Com esse amor Ele comunica com os Seus,
mesmo antes de entrar neste mundo pelo nascimento. Quem pode ler todo Velho
Testamento sem perceber que a voz é Dele e que as palavras são provenientes
Daquele que nos amou? Que O amemos sim e que pelo amor Dele sejamos
quebrantados, a fim de doar todo nosso ser.
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