“Pois
o amor de Cristo nos constrange, julgando isso, se um morreu por todos, logo
todos, logo todos morreram” (2 Coríntios
5:14).
O
AMOR DE CRISTO DEVE NOS CONSTRANGER À HUMILHAÇÃO.
Cuidemos em nos humilhar perante o amor
que nos constrange. Hoje tenho ouvido das perturbadoras palavras inventadas
pelos falsos mestres da nova era: “Apaixonados por Cristo”. Não há dúvida que
tudo isso vem desse “melado” de espiritualidade forjada por elementos, a fim de
levar os incautos ao sentimento enganoso de que Deus está impressionado com tal
“paixão”. Nem mesmo o Senhor declarou essa paixão pelo Seu povo. Ele
simplesmente “amou a igreja”, e “amou com amor eterno”. Não há nada de paixão,
nada desse fervor carnal.
A igreja deve fugir dessa cilada
sentimental, pois querem inventar um cristianismo diferente da vida cristã
normal dos santos de Deus. Todos os verdadeiros crentes devem viver sob o poder
do amor do Senhor; nós carregamos uma natureza carnal e sempre somos atraídos
para as paixões e concupiscências da carne. Não fosse o amor do Senhor por nós,
o que seria de nossas pobres almas? O amor de Cristo nos persegue, protege,
cuida, guarda e guia; nosso Senhor, nem sequer por um segundo há de abandonar
Seus santos, Suas ovelhas. Não inventamos um amor que assemelha ao amor do
Senhor por nós. Somos constrangidos pelo amor de Cristo, mas nunca o Senhor
será constrangido por um amor que simplesmente não temos.
Qualquer coisa que revela
espiritualidade forjada não passa de ser a carne tentando se mostrar; é o homem
querendo afirmar que pode fazer mais do que Deus; querendo encobrir suas
maldades com uma capa de um amor pintado e irreal. Nós amamos porque Ele nos
amou; amamos sob a impulsão do amor verdadeiro. Mesmo os santos que mais
demonstraram amor aqui na terra hão de por a boca no pó, porque sabem que a
honra e a glória pertencem ao Senhor e que nossos feitos aqui Ele mesmo os
fazem por nós e em nós. Quando amamos com o amor de Cristo, significa que temos
andado apenas alguns km; que avançamos numa jornada que não tem final. Os santos
querem ser batizados nesse amor de Cristo e quando brilham no amor, aqueles que
são beneficiados verão Cristo e não eles.
Foi esse amor que Paulo quis demonstrar
a igreja em Corinto; aqueles homens sofriam os maus tratos no mundo, devido ao
fato que pregavam o evangelho. Como acreditar que crentes se uniriam ao mundo
para persegui-los? A igreja de Corinto pode perceber que o amor de Cristo por
meio do apóstolo não era medíocre, não se envergonhava de tratar com o mal; não
deixava de lidar com os erros; não era humanista nem buscava a simpatia dos
homens. O amor de Cristo é resoluto, firme e decidido, custe o que custar e
Paulo mostrava esse fervente amor.
Diante dessas sublimes verdades, toda
exortação nesta parte tem em vista nos levar a conhecer que é em humildade e
obediência que os santos conhecem e começam a participar de um amor que nos
constrange – o amor de Cristo. Fujamos das investidas de satanás, porque ele
ousa imitar tudo o que é de Deus e nessa jornada dele, não vemos o amor de
Cristo na vida daqueles que confessam ser crentes. Vemos uma crescente obra da
carne, um fervor pelo mundo e grande apreciação por aquilo que Deus denomina de
injustiça. Que o Senhor nos livre desse perigo que ameaça inundar a igreja em
nossos dias!
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