sexta-feira, 20 de dezembro de 2013

A PACIENCIA DE DEUS (12)




Não retarda o Senhor a Sua promessa, como alguns a julgam demorada; pelo contrário, ele é longânimo para convosco, não querendo que nenhum pereça, senão que todos cheguem ao arrependimento” (2 PEDRO 3:9)
A SUA VONTADE SOBERANA:
         Caro leitor, já pude dar as lições preliminares e agora creio que podemos realmente entrar nas considerações acerca da frase: “...não querendo que nenhum pereça...”. É a vontade soberana de Deus que se destaca de imediato no texto: “...não querendo...”. Note bem que a força da graça opera para livrar homens e mulheres dos terrores eternos. Se não houver uma intervenção dessa obra salvadora, homens e mulheres hão de perecer. Veja bem, que não trata de uma mera morte física, porque todos nós teremos que enfrentá-la. Trata sim, da morte eterna. Homens e mulheres no pecado estão marcados para serem lançados no abismo de terror eterno; serão atirados para a perpétua ira de Deus e só o grande Salvador pode salvá-los dessa terrível condição de condenados que paira sobre suas cabeças.
         Outra lição que emana do texto é o fato que Deus trabalha livremente neste mundo em Sua compaixão pelos perdidos. Não há qualquer pressão externa; não há qualquer motivação, senão a própria compaixão Dele: “Terei misericórdia de quem eu tiver misericórdia...” (Romanos 9:15). O que vemos é o Senhor, durante anos e anos, no transcorrer da história do homem, mostrando essa obra gloriosa e tirar pecadores dessa condição tão triste. Então, qualquer ausência do conhecimento da soberana vontade, fará com que tropecemos numa salvação humanista e sem qualquer fundamento firme e inabalável. Vemos como a Palavra de Deus propaga essa soberana vontade. Em Isaías o próprio Jeová afirma que fará toda Sua vontade. Vemos seus profetas e apóstolos humildemente servindo à vontade soberana. Vemos também como nosso Senhor, o humilde Servo de Jeová proclama a vontade de Deus. Ele mesmo afirma que veio para realizar a vontade do Seu Pai (João 6:39). Até mesmo antes de ir para a cruz, em Sua oração, o Senhor diz: “...faça a tua vontade...”.
         Também, podemos ver que a obra salvadora no coração do pecador é um ato da vontade soberana. Vemos isso em João 1:13. O próprio novo nascimento requer o ensino dessa Soberana atuação, pois ninguém nasce porque quis nascer. Até mesmo os atos dos crentes no mundo em todo seu viver é demonstração clara da vontade soberana: “...mas o que faz a vontade do meu Pai que está no céu” (Mateus 7:21). O leitor atento verá que até mesmo a triunidade bendita trabalha sob o comando da vontade do Pai (1 Pedro 1:2). É assim que pode ser estendido o ensino da soberana salvação. Seguindo essa trilha santa, jamais nos desviaremos da verdade que nos foi revelada e entenderemos que o texto de 2 Pedro 3:9 simplesmente acompanha toda luz das Escrituras.
         Veja caro leitor, como todo ensino bíblico nos fornece o firme fundamento que a própria Palavra de Deus apresenta. É nessa soberana vontade: “...não querendo...” que Deus opera neste mundo tenebroso. É nesse recinto de mentiras, onde satanás se esconde, que Deus lança o firme fundamento dessa tão grande salvação. O que está acontecendo? No meio do juízo, o Senhor, mediante a poderosa força da Sua graça está salvando perdidos; está livrando milhares e milhares da queda no abismo. Aquele que veio ao mundo e que sozinho enfrentou toda hoste inimiga contra Si e derrotou tudo, esse mesmo Senhor entrou nesse território para ser o Salvador. Seu braço é suficiente para isso e não há poder do diabo, da morte, do mundo e do inferno que possa qualquer coisa contra Ele.
         Ora, Ele não quer que pecadores pereçam! Ele não permitirá que pecadores arrependidos caiam no inferno! Ele não permitirá que a cova que engole as almas tenha qualquer satisfação em receber homens e mulheres despertados pela graça! Ele não permitirá que qualquer pecador que invocar Seu Nome venha a perecer. A graça é santamente audaciosa e desafia todo poder inimigo!

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