“Bendize,
ó minha alma, ao Senhor, e tudo o que há em mim bendiga o seu santo nome”
(Salmo 103:1)
O PERFIL DA FÉ
TRIUNFANTE:
Prezado leitor, no Salmo 103 estamos conhecendo o perfil da fé triunfante, a fé que, de uma vez por todas foi entregue aos santos (Judas 3). A fé verdadeira não se gloria nela mesma, pelo contrário há humildade e profunda dependência da graça no salvo. Obviamente Paulo foi um homem de fé, mas a sua fé jamais se conduziu pelo caminho arrogante de querer passar por cima da autoridade do Senhor. O apóstolo pediu ao Senhor que afastasse aquele espinho na carne – um mensageiro de satanás, que continuamente lhe esbofeteava. O Senhor negou tirar tal espinho. O apóstolo não chegou vociferando perante o Senhor! Não houve aquela atitude arrogante de rejeição à liderança de Deus em sua vida. A fé simplesmente subordinou-se à graça: “...A minha graça te basta, porque o meu poder se aperfeiçoa na fraqueza...” (2 Coríntios 12:9). Caro leitor, a fé que foi entregue aos santos não é uma varinha mágica que transforma tudo em paraíso. A fé é humilde e submissa à graça; ela se alimenta da Palavra e prossegue rumo à nova Jerusalém na força que a graça lhe supre a cada instante.
Convém agora que voltemos nossos olhos para o Salmo 103: “Bendize, ó minha
alma, ao Senhor, e tudo o que há em mim bendiga o seu santo nome”. Conheçamos
ali o exercício contínuo da fé cristã. Percebamos que a fé tem autoridade, ela
mostra isso pela forma que comanda a sua vida
pessoal
em plena subordinação ao Senhor: “Bendize, ó minha alma ao Senhor!”. Que
impressionante instrução! Vejo que em nossos dias os verdadeiros crentes estão
cercados por uma teologia estranha às Escrituras. Ela alcançou muitos km de
extensão, mas nada tem de profundidade. Essa teologia é igual ervas que brotam
em qualquer lugar, mas que facilmente podem ser arrancadas. Parece verde, mas
resseca-se facilmente quando está por muito tempo exposta ao sol. Ora, qual é o
maior inimigo do homem? Não é exatamente seu ego? A falsa fé alimenta esse ego
e faz o homem enxergar os problemas fora dele. Continuamente a fé falsa vê o
diabo e demônios em tudo, e com isso, não raro, eis que aparece aqui e ali uma
nova religião fundada nesse falso fundamento dessa fé supersticiosa. Cristo foi
bem direto quando afirmou que o problema do homem não está fora dele, mas sim
dentro: “Pois é do interior, do coração dos homens, que
procedem os maus desígnios...” (Marcos 7:21).
Amigo, a fé triunfante está em pleno
comando da vida pessoal. É assim que um genuíno crente aprende a viver, pondo
em constante disciplina sua vida pessoal em relação a Deus: “Bendize, ó minha
alma ao Senhor!”. Veja como a fé lidera a alma: “Bendize, ó minha alma...! Pensemos na situação de um homem não
salvo, não habita nele o Espírito de Deus. Não há nele qualquer novidade de
vida, por isso sua alma sofre lá dentro. Em Habacuque 2:4 é dito a respeito do
ímpio que “sua alma não é reta nele”; Isaías afirma duas vezes: “Para o ímpio
não há paz”. É assim o viver do homem no pecado, não há nele a vida que há no
Filho de Deus, por isso o ímpio vive agitado, deprimido, angustiado e infeliz.
Não é assim no salvo,
porquanto a fé que o Espírito de Deus acendeu em seu peito é uma chama que
jamais pode apagar. Seus olhos espirituais foram abertos e seus ouvidos
apurados para conhecer o Rei da glória. Agora a alma é erguida do seu egoísmo,
do seu orgulho de querer viver com medo, apegada as paixões da carne e do
mundo. Agora a alma deve subordinar-se ao cetro da fé bíblica, a fim de encarar
a liderança de Deus, a honra e a glória que pertencem tão somente a Ele.
Doravante o caminho a ser tomado é o caminho do juízo, do discernimento, da
santidade, da gratidão, da piedade e do dever para com seu próximo: “Bendize, ó
minha alma, ao Senhor!”.
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