domingo, 23 de dezembro de 2012

DEUS E O HOMEM – A GRANDE DIFERENÇA (34)



    
“Como é preciosa, ó Deus, a tua misericórdia! Por isso os filhos dos homens se acolhem à sombra das tuas asas” “fartam-se da abundância da tua casa, e da torrente das tuas delícias lhes dás de beber” (versos 7e 8).
CONHECENDO O GRANDE DEUS. SUA MISERICÓRDIA (continuação)
         Prezado leitor, a alma feliz, bem-aventurada é aquela que foi visitada pela misericórdia de Deus. Esse é o pecador que correu para os braços de amor e encontrou abundância na casa e bebeu das delícias da graça. O mundo perde seu brilho, perde seu encanto para a alma salva, porque a vida começa na misericórdia de Deus. Estamos vendo quais são as riquezas eternas dadas ao pecador pela misericórdia. Obviamente, quando estamos tratando de misericórdia, toda expectativa da carne se desvanece. O orgulho do pecado faz com que os homens corram céleres em busca de maiores prazeres carnais, e satanás tem grandes promessas que enchem os olhos do mundano. Ao tratar de misericórdia, todo esse brilho desaparece e uma mudança ocorre na alma, porque ela passa a ir à direção contrária. A inclinação adâmica segue o curso normal da natureza, porque a lei do pecado, à semelhança da lei da gravidade, o puxa para baixo. O homem que é atraído pela misericórdia passa a subir; passa a buscar riquezas eternas; não é mais seu desejo engordar o corpo, mas sim a alma.
         Já pudemos ver a riqueza do perdão e da reconciliação, riquezas apreciadas pelo coração contrito. Veremos agora outra preciosa jóia celestial que o pecador encontra em Cristo, é a Justiça eterna. É um assunto de inestimável valor, que é achado em toda Escritura, porquanto é o tema central da mensagem do evangelho. Caro leitor, que seu coração calcule e avalie o valor dessa maravilha achada na misericórdia que veio do Alto para visitar o aflito. O que Deus requer do pecador? Justiça! Perfeita justiça! O que a lei declara em alto e bom som? “Não há justo, nem sequer um!” (Romanos 3:10). A presença do pecado é injustiça e da injustiça brota todo tipo de perversidade. A injustiça do coração corrompido pelo pecado resulta na “...escravidão da impureza e da maldade para a maldade...”(Romanos 6:19). Os homens procuram ser bondosos, educados, religiosos, fraternos, porém não são justos; foram colocados na balança divina e foram achados em falta; o prumo divino foi posto em suas vidas e mostraram que estão tortos. Por essa razão eis o brado da lei: Malditos! Malditos! Cale toda boca! Todos são culpáveis perante Deus! (Romanos 3:19,20).
         Amigo leitor, podemos nós alçar nossas vozes contra o justo Juiz? Podemos nós apresentar nossos atos perante aquele cujos olhos são perscrutadores, que sondam o mais íntimo do coração? Ora, nossos atos mostram que nossa maneira injusta de viver desmancha tudo aquilo que achamos ser belo e religioso aos olhos de Deus, porque Deus revela que a origem da maldade está no coração, e é de lá que procede todo mal. Se o coração é enganoso, como tirar verdade de lá? Se o coração é corrupto, como tirar qualquer coisa proveitosa de lá?
         Que tristeza ver o triste labutar das multidões enganadas pelos falsos mestres! Eles farejam seus bens, por isso induzem os homens a mostrar atos de justiça; eles conclamam os homens a orar mais, a louvar mais, a desafiar mais a Deus! Entretanto, o evangelho chega para quebrar esses vidros do mal, para por fogo em toda palha e revelar quem é o pobre pecador perante aquele que é Santo, Santo, Santo! A ausência da perfeita justiça exigida por Deus revela que em grande perigo está o pecador. Não entrará no céu, a não ser que lance fora todo trapo imundo (Isaías 64:6); toda confiança vã nas obras, na religião, no seu coração enganoso. A alma arrependida pára de confiar em si, agora é alguém humilhado que clama pela misericórdia. Eis a resposta: “Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça, porque serão fartos” (Mateus 5:6). Que estas palavras encontrem corações em busca da verdade salvadora! Que Cristo seja glorificado na salvação de pecadores!

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