terça-feira, 25 de dezembro de 2012

DEUS E O HOMEM – A GRANDE DIFERENÇA (36)




“Como é preciosa, ó Deus, a tua misericórdia! Por isso os filhos dos homens se acolhem à sombra das tuas asas” “fartam-se da abundância da tua casa, e da torrente das tuas delícias lhes dás de beber” (versos 7e 8).
CONHECENDO O GRANDE DEUS. SUA MISERICÓRDIA (continuação)
         Prezado leitor, que a verdade acerca da justiça venha encher seu coração de júbilo. Ninguém poderá entrar no céu sem a perfeita justiça do Filho de Deus, por isso é que na salvação o pecador é justificado. Enquanto o pecador estiver carregando consigo qualquer traço de justiça própria, seu viver está em seríssimo perigo, porquanto seu coração não está em paz, a paz com Deus, paz que vem mediante o sangue: “Sendo, pois justificado pela fé temos paz com Deus...” (Romanos 5:1).
         Amigo leitor esteja certo que os traços da imunda justiça própria revelam uma alma inquieta, aflita, desconfortável diante da verdade do evangelho. Mesmo participando de trabalhos religiosos, aparentando zelo religioso, aparentando piedade e muita disposição de trabalhar para Deus. Atividades como essas e outras semelhantes podem ser sinais de uma alma conturbada, que busca se esconder da luz do evangelho da glória de Cristo (2 Coríntios 4:4). Não tem maior perigo para uma alma do que a encoberta justiça própria, porque o fundamento não é a verdade, mas sim a mentira encoberta. Assim, a perversidade do coração e a inimizade contra Deus não aparecem.
         O evangelho glorioso descobre a farsante justiça própria e lança-a fora como é feito com lixo. Nenhuma alma cheia de auto-justiça vai querer a salvação conquistada na cruz, pelo contrário, ela foge do escândalo da cruz, não quer nenhuma identificação com aquilo que é tão humilhante para o pecador. A mensagem da cruz é para a alma que lança de si todo trapo imundo, tudo o que de si achava ser agradável e aceitável perante os olhos de Deus, assim como um enfermo chega perante um médico. A mensagem da cruz é para a alma que vai a Cristo, carregando seu fardo de culpa e certo que não passa de um miserável, culpado e amaldiçoado pela santa e justa lei. A justiça própria é um verdadeiro veneno, ela serve de anestesia espiritual e impede que a dor de uma consciência culpada seja sentida; é como uma casca que encobre a ferida purulenta; é a maneira mais fascinante de escorregar para o abismo, sem que veja os perigos. A justiça própria é a aceitação da religião que tem a liderança do deus deste século, que fascina com as brilhantes idéias daquele que se transfigura como anjo de luz, mas que não passa de ser o anjo do abismo bem disfarçado.
         Meu caro leitor, quando a alma compreende no coração o significado de misericórdia, certamente correrá para Deus. Tudo o que ele ajuntou de trapo; tudo o que ele pensava ser utilidade é lançado fora como estorvo. A fé que a justiça própria pensa ter, não é a fé que vem de Deus, é a fé natural, que vacila diante das “montanhas” e dos inimigos que aparecem à frente. A fé que impulsiona a justiça própria é como água, que tende a descer ante qualquer obstáculo. O homem rico pensava ter a fé que conquistaria o reino de Deus! Ora, ele chegou apresentado a Jesus toda pompa religiosa elaborada durante tantos anos! Ele queria impressionar o Mestre, por isso logo de início procurou lisonjeá-lo chamando-O de bom mestre. A justiça própria encobria a maldade e idolatria reinante do seu coração, até que o Senhor mostrou-lhe que sua submissão não era a Deus, mas sim a riqueza, por isso deliberadamente deu às costas ao amoroso Senhor e correu de volta para aquilo que tanto amava (Lucas 18).
         Meu amigo, a Palavra da verdade descobriu seu coração neste momento? Você sentiu o desafio de ler esta breve mensagem? Viu qual é a condição de sua alma neste momento? Já foi ao Filho de Deus para o perdão e purificação de seus pecados? Já lançou fora todo trapo de justiça própria que tanto adornava seu viver e encobria a real condição do seu coração? Foi humilhado no íntimo pela mensagem da cruz? Obteve a paz com Deus porque está certo que foi justificado pela perfeita justiça de Cristo?

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