“Como é preciosa, ó Deus, a tua misericórdia!
Por isso os filhos dos homens se acolhem à sombra das tuas asas” “fartam-se da
abundância da tua casa, e da torrente das tuas delícias lhes dás de beber”
(versos 7e 8).
CONHECENDO O GRANDE DEUS. SUA MISERICÓRDIA
(continuação)
Prezado
leitor, que a verdade acerca da justiça venha encher seu coração de júbilo.
Ninguém poderá entrar no céu sem a perfeita
justiça
do Filho de Deus, por isso é que na salvação o pecador é justificado. Enquanto
o pecador estiver carregando consigo qualquer traço de justiça própria, seu
viver está em seríssimo perigo, porquanto seu coração não está em paz, a paz
com Deus, paz que vem mediante o sangue: “Sendo, pois justificado pela fé temos
paz com Deus...” (Romanos 5:1).
Amigo
leitor esteja certo que os traços da imunda
justiça própria
revelam uma alma inquieta, aflita, desconfortável diante da verdade do
evangelho. Mesmo participando de trabalhos religiosos, aparentando zelo
religioso, aparentando piedade e muita disposição de trabalhar para Deus.
Atividades como essas e outras semelhantes podem ser sinais de uma alma
conturbada, que busca se esconder da luz do evangelho da glória de Cristo (2
Coríntios 4:4). Não tem maior perigo para uma alma do que a encoberta justiça
própria, porque o fundamento não é a verdade, mas sim a mentira encoberta.
Assim, a perversidade do coração e a inimizade contra Deus não aparecem.
O
evangelho glorioso descobre a farsante justiça própria e lança-a fora como é
feito com lixo. Nenhuma alma cheia de auto-justiça vai querer a salvação
conquistada na cruz, pelo contrário, ela foge do escândalo da cruz, não quer
nenhuma identificação com aquilo que é tão humilhante para o pecador. A
mensagem da cruz é para a alma que lança de si todo trapo imundo, tudo o que de
si achava ser agradável e aceitável perante os olhos de Deus, assim como um
enfermo chega perante um médico. A mensagem da cruz é para a alma que vai a
Cristo, carregando seu fardo de culpa e certo que não passa de um miserável,
culpado e amaldiçoado pela santa e justa lei. A justiça própria é um verdadeiro
veneno, ela serve de anestesia espiritual e impede que a dor de uma consciência
culpada seja sentida; é como uma casca que encobre a ferida purulenta; é a maneira
mais fascinante de escorregar para o abismo, sem que veja os perigos. A justiça
própria é a aceitação da religião que tem a liderança do deus deste século, que
fascina com as brilhantes idéias daquele que se transfigura como anjo de luz,
mas que não passa de ser o anjo do abismo bem disfarçado.
Meu
caro leitor, quando a alma compreende no coração o significado de misericórdia,
certamente correrá para Deus. Tudo o que ele ajuntou de trapo; tudo o que ele
pensava ser utilidade é lançado fora como estorvo. A fé que a justiça própria
pensa ter, não é a fé que vem de Deus, é a fé natural, que vacila diante das
“montanhas” e dos inimigos que aparecem à frente. A fé que impulsiona a justiça
própria é como água, que tende a descer ante qualquer obstáculo. O homem rico
pensava ter a fé que conquistaria o reino de Deus! Ora, ele chegou apresentado
a Jesus toda pompa religiosa elaborada durante tantos anos! Ele queria
impressionar o Mestre, por isso logo de início procurou lisonjeá-lo chamando-O
de bom mestre. A justiça própria encobria a maldade e
idolatria reinante do seu coração, até que o Senhor mostrou-lhe que sua
submissão não era a Deus, mas sim a riqueza, por isso deliberadamente deu às
costas ao amoroso Senhor e correu de volta para aquilo que tanto amava (Lucas
18).
Meu
amigo, a Palavra da verdade descobriu seu coração neste momento? Você sentiu o
desafio de ler esta breve mensagem? Viu qual é a condição de sua alma neste
momento? Já foi ao Filho de Deus para o perdão e purificação de seus pecados?
Já lançou fora todo trapo de justiça própria que tanto adornava seu viver e
encobria a real condição do seu coração? Foi humilhado no íntimo pela mensagem
da cruz? Obteve a paz com Deus porque está certo que foi justificado pela
perfeita justiça de Cristo?
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