É CORRETO QUE AS MULHERES FALEM, OREM
OU ENSINEM EM PÚBLICO? “
C. H. Mackintosh
A
julgar pelo considerável número de perguntas que desde há muito tempo nos vêm
formulando sobre o tema da predicação e do ensino das mulheres, concluímos que
deve haver uma forte dose de dúvida sobre esta questão nas mentes, inclusive,
daqueles que estão comprometidos na obra. Uma e outra vez temos dado a
expressão da nossa opinião sobre este assunto. Cremos que o espírito e o ensino
do Novo Testamento, assim como a voz da própria natureza, estão completamente
contra a ideia de que uma mulher tome o lugar de pregadora ou ensinadora em
público. O lar é proeminentemente a esfera da atividade da mulher, quer seja
que a consideremos como filha, como esposa ou como mãe. E que santa, ditosa e
elevada esfera de atividade é esta para uma mulher que se conduza retamente
ali! O coração mais devoto, pode achar nessa esfera, um amplo raio de ação para
o exercício de cada dom. Não conhecemos nada mais belo nem atrativo, nada que
adorne melhor o Evangelho de Cristo e a doutrina de Deus, que uma mulher cristã
que ocupe como lhe corresponde o lugar em que a providência de Deus a colocou.
Se
considerarmos toda a Escritura, e olhamos através de toda a história da Igreja
de Deus, e vermos quem foram as que renderam o serviço mais eficaz para a causa
de Cristo, veremos que, sem exceção, aquelas que mostraram piedade no lar, que
andaram em santidade e graça no meio do círculo doméstico, aquelas que se se
encomendaram à verdade dos seus pais, que viveram em piedosa sujeição aos seus
próprios maridos; aquelas que educaram os seus filhos no temor de Deus, que
governaram a casa conforme à autoridade da Santa Escritura, estas foram as
mulheres que mais efetivamente serviram a sua geração, que deixaram a mais
sagrada impressão no seu tempo, e que andaram na mais plena harmonia com a
mente do Céu.
Queríamos
perguntar-lhe, querido amigo, do que serve que nos assinale a esta ou a aquela
que possa pregar eloquente e imponentemente a milhares convocados para ouvi-la?
A pergunta que realmente vale é: “O que diz a Escritura?” (Romanos 4:3). É esta
a tarefa de uma mulher? E não sucede às vezes que, enquanto uma mulher parece
estar obtendo os mais esplêndidos e excitantes resultados numa esfera proibida,
os seus simples, óbvios e divinamente atribuídos deveres domésticos são
grosseiramente descuidados? Os seus pais não estão sendo recompensados, o seu
marido é descuidado, ou os seus filhos são deixados aos cuidados de amas-secas
ímpias ou inconscientes, que poluem a sua imaginação, iniciam-nos em práticas
vis, educam-nos no erro e na mentira, e inculcam-lhes hábitos e vícios que os
arruinarão para toda a vida.
É
vão dizer que Deus abençoa a predicação das mulheres. Não constitui nenhum
justificativo. O que é o que Deus não abençoa ou deixa de governar? Esta mesma
semana ouvimos de dois jovens que se converteram mediante uma dessas
predicadoras, em completa chacota numa reunião pública de oração. Deus fez uso
da espantosa conduta de uma mulher, para trazer convicção aos dois. Assim é a
Sua soberana bondade. Mas usar esta bondade como argumento para justificar o
que é claramente contrário às Escrituras, é um engano fatal.
Pode ser que se pergunte,
todavia, o que é o que aprendemos então de Atos 21:9 e de 1Coríntios11:5?
A primeira passagem ensina-nos simplesmente que as quatro filhas de Filipe possuíam o dom de profecia, enquanto isso, a outra passagem ensina que o dom devia ser exercitado unicamente com a cabeça coberta. Resta para ser demonstrado que o dom de profecia era exercitado na Assembleia. Não o cremos. Ao contrário, está claro que o Apóstolo, em 1Coríntios 11, não fala da Assembleia reunida até ao versículo 17. É muito importante notar isto. No capítulo 14, o ensino é categórico, formal e inequívoco: “Como em todas as igrejas dos santos, as suas mulheres calem-se nas congregações; porque não lhes é permitido falar, mas sim estejam sujeitas, como também a lei o diz. E se querem aprender algo, perguntem em casa a seus maridos; porque é indecoroso que uma mulher fale na congregação” (v. 34-35). E lemos deste modo em 1Timóteo 2:11-12: “A mulher aprenda em silêncio, com toda sujeição. Porque não permito à mulher ensinar, nem exercer domínio sobre o homem, a não ser estar em silêncio.”
A primeira passagem ensina-nos simplesmente que as quatro filhas de Filipe possuíam o dom de profecia, enquanto isso, a outra passagem ensina que o dom devia ser exercitado unicamente com a cabeça coberta. Resta para ser demonstrado que o dom de profecia era exercitado na Assembleia. Não o cremos. Ao contrário, está claro que o Apóstolo, em 1Coríntios 11, não fala da Assembleia reunida até ao versículo 17. É muito importante notar isto. No capítulo 14, o ensino é categórico, formal e inequívoco: “Como em todas as igrejas dos santos, as suas mulheres calem-se nas congregações; porque não lhes é permitido falar, mas sim estejam sujeitas, como também a lei o diz. E se querem aprender algo, perguntem em casa a seus maridos; porque é indecoroso que uma mulher fale na congregação” (v. 34-35). E lemos deste modo em 1Timóteo 2:11-12: “A mulher aprenda em silêncio, com toda sujeição. Porque não permito à mulher ensinar, nem exercer domínio sobre o homem, a não ser estar em silêncio.”
Mas, também se esgrime o argumento de
que pregar o Evangelho aos inconversos, não é «ensinar na Igreja». A isso
respondemos que o Espírito Santo manda à mulher o estar em silêncio, e a ser
“cuidadosas de sua casa” (Tito 2:5). Que tanta obediência a estes santos
mandamentos é compatível com o ir de um lugar a outro, e pregar a numerosos
auditórios, fica em mãos de outros julgar. Pode, não obstante, perguntar-se:
Não há nenhuma forma em que uma mulher possa tomar parte na obra do Senhor?
Certamente que sim. Em Lucas 8:2-3 lemos de certas mulheres que gozaram do
elevado privilégio de ministrar diretamente ao próprio Senhor; e em Filipenses
4:3, lemos de outras mulheres que trabalharam ou combateram juntamente com o
Apóstolo no Evangelho. Há um sem número de formas em que uma mulher pode
colaborar na obra do Senhor sem sair da esfera de atividade que lhe foi
divinamente atribuída e atuar em oposição à voz da natureza e à autoridade das
santas Escrituras.
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