segunda-feira, 24 de dezembro de 2012

DEUS E O HOMEM – A GRANDE DIFERENÇA (35)




“Como é preciosa, ó Deus, a tua misericórdia! Por isso os filhos dos homens se acolhem à sombra das tuas asas” “fartam-se da abundância da tua casa, e da torrente das tuas delícias lhes dás de beber” (versos 7e 8).
CONHECENDO O GRANDE DEUS. SUA MISERICÓRDIA (continuação)
         Amigo leitor, por que os homens se acolhem à sombra das asas do Senhor? Eles correm para lá porque percebem a gravíssima situação na qual se encontram em seus pecados. A cegueira do pecado faz com que os homens vivam neste mundo achando que aqui é o verdadeiro paraíso; que vale a pena investir bens, saúde, família, mente, etc. neste vale transitório. Não há qualquer pessoa que, por si mesmo queira abrigar-se na casa de Deus, porquanto nada vê de perigo neste mundo, nada enxerga de perigo eterno lá adiante. Estão fartos das migalhas deste mundo, por isso desdenham da abundância da casa de Deus.
         Na página anterior pude introduzir o assunto da justiça. Enquanto os homens estão aprisionados nas trevas mundanas, seus corações são ludibriados ao pensar que estão cheios de justiça; que perante o Juiz do Universo não são tão culpados assim e que podem melhorar por si mesmos. A esperança mundana cobre seus corações de engano, pois pensam que o amanhã será melhor; que o tempo refinará suas vidas e que podem ser aperfeiçoados mediante suas atividades religiosas. No pecado os homens não percebem que já foram postos perante o perfeito e justo Juiz, e foram achados culpados: “Assim como por um só homem entrou o pecado no mundo, e pelo pecado a morte, assim também a morte passou a todos os homens porque todos pecaram” (Romanos 5:12). Suas mãos estão manchadas; suas mentes corrompidas; seus pés correm em direção ao mal e suas vestes espirituais são comparadas a trapos (Isaías 64:6).
         Amigo leitor, a cegueira do pecado impede que a alma veja sua sujeira, sua penúria, que nada tem e nada merece de Deus. Posto perante a lei de Deus, a boca é fechada e silenciada, porquanto o Juiz já ordenou a condenação: “Todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus” (Romanos 3:23). Portanto, amigo leitor, o que o evangelho glorioso faz? Torna o homem emudecido, caído, pasmado e aterrorizado diante da verdade que o condena juntamente com todos. De que vale toda pomposidade religiosa? Que valor tem todo aparato de justiça? De que vale toda tentativa em querer atrair a atenção de Deus? Quer comparecer perante Deus exigindo Dele justiça? Lembre-se que perante a Justiça eterna o pecador merece a condenação! Ora, se der as costas à misericórdia, fatalmente estará perante a justiça punitiva, e ela requer que o culpado seja condenado.
         O que a alma deve fazer diante de todos esses fatos? Não há alternativa, a não ser humilhar-se! Não tente erguer sua cabeça para reclamar, porque “...quem és tu, ó homem para discutires com Deus?...” (Romanos 9:20). O que o barro pode fazer diante do Oleiro? Ó barro seco, quer que o grande Oleiro lhe atire ao pó? Deus conversa com o pecador quando este se humilha e ao estar humilhado, certamente toda justiça própria será lançada fora como se faz com o trapo! Eu sei que a maior dificuldade para o homem é aceitar ser humilhado! Ora, a vida no pecado é uma contínua atitude de ofensa a Deus; é querer subir os degraus da celebridade humana, e eis que agora a Palavra da verdade aparece para destruir todo esse cenário de ilusão! Porém, é nessa situação que o pecador pode ser achado; é no terreno da humilhação, do quebrantamento que Deus desce para falar com o pecador. Ele é o Deus que habita “...com o contrito e abatido de espírito...” (Isaías 57:15). O que Ele tem para o pecador?
         Meu amigo, Cristo veio ao mundo para erguer o caído, mas também veio para derribar por terra aquele que está lá em cima, erguido pelo pecado, cheio de justiça própria. Cristo foi destinado para a ruína de muitos (Lucas 2:34). Portanto, humildemente desça desse perigoso lugar e renda-se ao Salvador.

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