terça-feira, 18 de dezembro de 2012

ESCAPANDO DO JUÍZO CERTO (3)




         Arrependei-vos, pois, e convertei-vos, para que sejam apagados os vossos pecados, de sorte que venham os tempos de refrigério, da presença do Senhor” (Atos 3:19).
         Caro leitor, depois de ter tratado sobre o quanto a Palavra de Deus destaca o arrependimento; que foi a mensagem proferida pelos profetas, por Cristo e pelos apóstolos, fica claro que é a mensagem que precisa ser pregada em nossos dias. Satanás sabe como remover aos poucos, de forma esperta os assuntos que são importantes e axiais do evangelho. Ele sabe como apagar as fortes luzes da revelação bíblica. Ele tem feito isso durante os anos, removendo dos púlpitos esse assunto tão vital aos corações. Mas, o fato é que ninguém poderá escapar do juízo certo, da punição merecida, se não houver arrependimento. O arrependimento é a plena consciência da situação de miséria e desespero, a fim de que o pecador possa correr para o Salvador bendito e invocar Seu Nome para ser salvo. Especialmente em nossos diante, num cenário cercado de mentiras e de orgulho religioso, os homens jamais entenderão a necessidade de correr para Cristo, se não pregarmos arrependimento, bem como a fé no Senhor. Milhares acham que terão boa morte, porque fazem coisas boas aqui; porque são religiosos e evangélicos e que não são tão pecadores como outros são. Eles estão sendo ludibriados pelas artimanhas dos falsos mestres e não sabem o que significa “morrer no pecado”; não sabem que hão de perecer à semelhança de qualquer elemento perigoso e cruel. Na linguagem de Cristo para os judeus enganados foi o seguinte: “...se não vos arrependerdes, todos de igual modo perecereis” (Lucas 13:3).  
         Mas quero prosseguir expondo aquilo que Pedro pregou para os religiosos enganados em Jerusalém: “Arrependei-vos...”. Literalmente “arrependimento” significa “mudança na forma de pensar”. É um assunto realmente incrível, porque nosso Senhor sempre lida com os homens na base do pensamento, do raciocínio. Sempre as Escrituras vão mexer primeiramente com nossos pensamentos e não com nossos sentimentos. Vemos isso figuradamente no Velho Testamento. Por exemplo, quando o sangue de um animal puro era de forma simbólica posto na orelha direita, depois no dedo polegar da mão direito e no polegar do pé direito.
         Veja bem que começa na orelha, indicando o fato que Deus fala aos homens por meio da Sua Palavra. Primeiro Deus lida com o intelecto, com a capacidade de pensar, de entender, de raciocinar. É luz, é compreensão da verdade! Notemos aquilo que Jesus disse acerca das Suas ovelhas: “As minhas ovelhas ouvem a minha voz...” (João 10:27). Note bem caro leitor como começa sempre com o “sangue na orelha”, ou capacidade de ouvir. Tenho ressaltado esse assunto, porque o que satanás faz com suas mentiras é eliminar dos homens a sua capacidade de pensar, de ponderar bem. O movimento evangélico moderno tem se desdobrado para criar ambientes de cultos desprovidos da bênção de pensar. A orientação deles é para que não pensem, mas simplesmente aceitem tudo; que cancelem sua inteligência e aceitem um ambiente de pura emoção, a fim de que, segundo eles, experimentem a presença de Deus.
         Mais do que isso, o estilo de louvor moderno tem em vista remover a capacidade de pensar. A introdução da bateria nos cultos tem como propósito eliminar a solenidade, o temor e introduzir o barulho, numa lavagem cerebral, a fim de que todas as mentiras religiosas sejam aceitas sem qualquer questionamento. As multidões estão sendo amarradas nesses ambientes e elas estão apaixonadas por esse estilo de religiosidade moderna, tão adaptável à carne e ao mundo. Agora elas podem curtir um verdadeiro louvor; podem declarar que são de Jesus; o ambiente foi preparado para que não haja lugar para pensar em seus pecados, na miséria eterna que lhes aguarda e que podem viver aqui curtindo suas paixões pecaminosas, porque Deus lhes aceita assim como elas estão.
         Ó meu caro leitor, o evangelho bíblico chega agora ao seu coração, para lhe mostrar a necessidade que você tem de ser levado ao arrependimento, a fim de conhecer pela fé o Salvador glorioso.
        

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