“Eu sou do meu amado, e o meu amado é meu...”
(Cantares 6:3)
Amado leitor
conheçamos um mais essa confissão do crente. É, de fato uma maravilhosa
confissão! Certamente está no coração de todo crente, revelando que houve uma
mudança em seu ser, que agora não está mais sozinho, que é uma alma libertada
desse vasto império de trevas e transportada para o reino do amor de Deus
(Colossenses 1:13). É uma alma bem-aventurada! Que sorte bendita! Cristo habita
no salvo mediante o Espírito Santo e no salvo o Rei da glória é exaltado e
glorificado!
Em continuação digo e afirmo que essa
confissão: “Eu sou do meu amado...” é uma confissão bem definida. Não há
qualquer vacilo, porquanto onde há verdadeiro amor não há vacilação: “No amor não há medo antes o
perfeito amor lança fora o medo...” (1João 4:9). Quem conhece o amor de Cristo,
jamais há de titubear na confissão perante os homens, porque é tanto o brilho
do amor de Cristo que o coração do crente é agora visto perante todos; não há
lugar para esconder mais nada; sua vida agora é revelada como uma alma
pertencente ao Rei, consagrada a Ele, governada por Ele e pertencente ao Senhor
para todo sempre. Não pode haver enganos onde tudo foi claramente bem feito;
onde o amor foi revelado com clareza; onde a alma aflita recebeu a plena
certeza do perdão, da purificação, da justificação e da maneira como fora
santificada para ser eternamente Dele. O amor de Cristo é singular para a alma
visitada e atraída por Deus, ora, "...Cristo amou a igreja e a Si mesmo se entregou por ela" (Efésios 5:25), Ele não
amou outra, senão Sua igreja e bendita a alma que faz parte desse exército mui
numeroso de pecadores salvos, santificados e herdeiros da glória! Nenhum crente genuíno voltar para o mundo,
o fulgor deste reino transitório e fugaz oferecido pelo diabo é transformado em
escuridão ante a glória do Senhor Jesus; a vereda por onde anda o crente é como
a luz da aurora que brilha cada vez mais até que o dia perfeito chegue
(Provérbios 4:18).
Afirmo também que
o amor do salvo por Cristo revelado na confissão é um amor seguro, porque há
segurança plena onde há amor. Quando uma mulher é amada pelo seu esposo, não há
lugar em sua vida para o desespero. O amor cerca o objeto amado de plena
proteção, carinho e segurança. Como andar nesta vida sem estar seguro, livre do
temor do mal? Não há possibilidade! O império aqui é de trevas assombrosas,
devido à presença de satanás, da morte e do inferno. Como fazer desta vida um
paraíso tendo esses terrores por perto? Não há segurança no dinheiro, numa casa
bela, nas amizades, na saúde, etc. porquanto a alma é abalada uma vez que está
sozinha e desamparada. O amor de Cristo cerca o crente, por isso ele pode
confessar perante os homens:
“Eu sou do meu
amado...” .
Mais do que isso, nessa confissão o salvo passa a autoridade de defesa
de sua vida para o próprio Senhor. Que defesa pessoal podemos ter diante da
voracidade do inimigo? Não somos capazes de enfrentar as tentações promovidas
pelo mundo e pelo diabo tão atraentes à carne. Quando uma mulher é tentada, sua
força parece ser minada diante do perigo, seu refúgio é o amor de seu marido.
Cristo é a defesa do crente, e Ele comunica essa verdade em Sua Palavra para os
corações atemorizados. Ele é nosso refúgio, fortaleza, socorro bem presente,
torre forte, Pastor das ovelhas, escudo, amigo fiel, Deus conosco, etc. Em
nossa confissão sincera de fé e de amor ao Senhor manifestamos nossa confiança
em Sua imediata defesa. Quando o rei Asa percebeu as forças inimigas cercando
Jerusalém para massacrar o povo, suas palavras revelaram a confiança no Senhor:
“Ó Senhor, nada para ti é ajudar, quer o poderoso quer o de nenhuma força.
Acuda-nos, pois, o Senhor nosso Deus, porque em ti confiamos, e no teu nome
viemos contra esta multidão. Ó Senhor, tu és nosso Deus, não prevaleça contra
ti o homem”.
Prezado amigo, é essa sua
confissão de amor ao Rei da Glória?
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