“A tua benignidade, Senhor, chega até
aos céus, até as nuvens, a tua fidelidade. A tua justiça é como as montanhas de
Deus; os teus juízos, como um abismo profundo” (Salmo 36:5,6)
CONHECENDO O GRANDE DEUS (continuação):
Prezado
leitor, estamos vendo nesses dois versos do salmo 36 como o Deus da revelação
bíblica se manifesta aos homens. Sua verdade que chega até as nuvens mostra que
Ele está atuando neste mundo em misericórdia,
justiça e juízo.
Veremos que o restante deste salmo é uma exposição da misericórdia, mas não
esqueçamos que sua justiça e seu juízo estão em plena atividade. Já pudemos ver
o que significa a sua justiça e o que a Palavra de Deus quer dizer a
expressão montanhas de Deus. Querido leitor, se você já foi salvo, Deus está
expondo a justiça Dele por meio de sua vida e devemos lembrar bem desse fato.
Fomos salvos para servir a justiça: “E uma vez libertados do pecado, fostes
feitos servos da justiça” (Romanos 6:18).
O
verso 6 termina dizendo: “...os teus juízos, como um
abismo profundo”.
Estou convicto que este é o detalhe mais posto de lado pela pregação moderna,
mas jamais podemos ignorar que o Deus de amor é também o Deus de terror; ora,
os homens precisam saber disso. Enquanto a misericórdia aponta para cima, o
juízo aponta para baixo. Esse é o evangelho da glória de Cristo que aponta o
céu, mas mostra o inferno; mostra a salvação, mas também revela igualmente a
condenação. A linguagem bíblica é Deus mostrando aos homens que a atuação da
Sua misericórdia é para livrar pecadores desse abismo
profundo,
de terror eterno. Veja a linguagem da misericórdia: “...para que todo o que
Nele crê não pereça...” (João 3:16); “...não querendo que
ninguém se perca...” (2 Pedro 3:9). As palavras usadas a
respeito de um Deus que odeia o pecado mostram a seriedade desse abismo profundo:
“O Senhor é tardio em irar-se...” (Naum 1:3); “O Senhor é um Deus zeloso e vingador...”
(Naum 1:2). Estas e muitas outras palavras semelhantes avisam seriamente os
homens que o terror os espera caso não se arrependam e se convertam a Cristo.
Amigo
leitor odiar a doutrina do juízo eterno é simplesmente ignorar o Deus da
bíblia; é não conhecê-Lo, porque a nossa triste condição no pecado assinala que
a condenação é certa; que merecemos o castigo e que nossos atos provam isso.
Veja o salmo 136 em toda sua extensão. O que vemos ali senão juízo e
misericórdia! Vemos um Deus que neste mundo extermina nações inteiras, destrói
reis e reinos, porque está exibindo a Sua misericórdia que dura para sempre. Não
vemos na bíblia esse positivismo tão febril e excitante como estão mostrando às
multidões em nossos dias; estão passando por cima das advertências solenes e
terríveis; forjaram o deus prosperidade e proclamam com ruidosa alegria que
esse é o deus que eles tanto almejam ter; nada sabem das flechas mortíferas que
são atiradas em plena luz do dia (Salmo 90); milhares partem para o juízo na
ilusão que estão subindo, quando realmente descem para os horrores desse abismo
profundo.
Amigo
leitor, você pode entender essa verdade? Em Hebreus 2:6 é dito que ninguém pode
escapar se negligenciar a tão grande salvação conquistada pelo Filho de Deus na
cruz. Percebeu o que significa os juízos de Deus como um abismo profundo?
Compreendeu quão sério é isso? Eis a razão porque a misericórdia é tão
realçada, tão gloriosamente difundida em toda extensão das Escrituras. O que
nós os pecadores merecemos, senão o castigo pelos nossos atos malignos? Olhe
agora para esse glorioso Senhor que se manifestou para buscar e salvar
perdidos; que veio ao mundo para arrancá-los da eterna perdição e levá-los
salvos para o reino eterno e glorioso no céu. Eis aí a mensagem do salmo 36!
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