segunda-feira, 23 de março de 2020

O LUGAR DOS ORGULHOSOS (9 de 10)


              
“Para que todas as árvores junto às águas não se exaltem na sua estatura, nem levantem a sua copa no meio dos ramos espessos, nem as que bebem as águas venham a confiar em si, por causa da sua altura; porque todos estão entregues à morte, até à terra mais baixa, no meio dos filhos dos homens, com os que descem à cova” Ezequiel 31:14
CONHECENDO OS ATOS DOS ORGULHOSOS: “Porque todos os orgulhosos...”
        O ato dos orgulhosos faz contraste com os atos da fé. “Pela fé, Abel...” (Hebreus 11:4). Vemos em Abel a humildade e obediência da fé. Mas não há elogios à atitude de Caim. Podemos dizer assim: “Pela incredulidade Caim ofereceu sacrifício inferior a Abel e desagradável a Deus”. O orgulhoso perante Deus é assim, pois desafia Deus. Enquanto Abel conheceu a porta de acesso ao Paraíso, Caim se ergueu prontamente para construir seu estilo de paraíso no mundo. A visão da fé é sempre vertical, enquanto a visão do arrogante incrédulo é horizontal. O orgulhoso não é ensinado por Deus, mas recebe luz do diabo, a fim de promover sucesso aqui, sem perceber que seu sucesso lhe levará à destruição.
        Muito do que é chamado de fé em nossos dias, na realidade não passa de ser o caminho da incredulidade. O orgulhoso não o peso da glória de um coração que crê. Seu peso é carnal e sempre direcionado à terra. Paulo fala em Filipenses 3:19 daqueles elementos que falam de religião, de Deus, mas que seu deus é o ventre e são inimigos da cruz. Nota-se que a bíblia mostra dois caminhos, um que é seguido pelo que realmente crê e o outro que o orgulhoso e mundano toma. Foi sempre assim, desde um Faraó, até o incrédulo mais simples na face da terra. Procuremos um Noé e o acharemos construindo a arca para sua salvação e a salvação de sua família. É assim o crente no mundo, porque o temor ao Senhor o mantém convicto de sua dependência Dele enquanto aqui vive. Deus nunca permite que os crentes mantenham atitudes soberbas na vida; Ele sabe bem como discipliná-los, a fim de afasta-los dos mesmos castigos que orgulhosos estão expostos.
        Assim, para Deus o orgulho é mostrado na desobediência ao Filho: “...que se mantém rebelde contra o Filho...”. Rebeldia é ter os ouvidos fechados para o grande Salvador e Senhor; é viver sem Deus no mundo (Efésios 2:12). Orgulho é seguir o curso deste mundo (Efésios 2:2), achando que a vida está indo maravilhosamente bem, sem sabedoria para analisar o princípio e o fim de tudo aqui. Quando olhamos o livro de Eclesiastes, à luz da mentalidade natural, tudo parece bonito e legal, mas, à luz do que vemos em Efésios tudo é tombado pelo soco da morte. Os salvos são aqueles cujos ouvidos foram abertos e os episódios terrenos são vistos e contados pela Palavra de Deus. É impossível para um salvo manter-se orgulhoso. Após ver sua antiga condição e como foi que Deus usou de compaixão para com ele, é de se esperar que seja alguém de oração e de contínua confissão e invocação. O orgulhoso se mantém em sua inflexível condição e permanece assim até sua morte. Quem vê o mundo com os olhos da incredulidade, jamais verá a necessidade do Salvador e Senhor. Quem vê este vale como um lugar maravilhoso e cheio de romances da carne, sem dúvidas recusará ouvir acerca do Redentor e da redenção.
        Os orgulhosos devem saber que o além o aguarda; que a recepção lá será de grande euforia e muitas surpresas acontecerão ali. Milhares desconhecem sua atitude tão perigosa, a mesma que teve Faraó, até que cheguem ao fim, perante o abismo. A soberba no íntimo faz com que o homem pense que ele é inocente. A própria soberba se torna consoladora no íntimo; o próprio orgulho se torna conselheiro fiel do orgulhoso, e assim ele é levado na conclusão que ele tem direitos e que merece bênçãos de Deus nesta vida. Cristo não veio ao mundo buscar tais pessoas, pelo contrário, Ele mantém os orgulhosos distantes, mas se aproxima do homem caído e humilhado, a fim de estender Sua mão salvadora.

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