“Para que todas as
árvores junto às águas não se exaltem na sua estatura, nem levantem a sua copa
no meio dos ramos espessos, nem as que bebem as águas venham a confiar em si,
por causa da sua altura; porque todos estão entregues à morte, até à terra mais
baixa, no meio dos filhos dos homens, com os que descem à cova” Ezequiel 31:14
CONHECENDO OS ATOS
DOS ORGULHOSOS: “Porque todos os
orgulhosos...”
O ato dos orgulhosos faz contraste com
os atos da fé. “Pela fé, Abel...” (Hebreus 11:4). Vemos em Abel a humildade e
obediência da fé. Mas não há elogios à atitude de Caim. Podemos dizer assim: “Pela
incredulidade Caim ofereceu sacrifício inferior a Abel e desagradável a Deus”.
O orgulhoso perante Deus é assim, pois desafia Deus. Enquanto Abel conheceu a
porta de acesso ao Paraíso, Caim se ergueu prontamente para construir seu
estilo de paraíso no mundo. A visão da fé é sempre vertical, enquanto a visão
do arrogante incrédulo é horizontal. O orgulhoso não é ensinado por Deus, mas
recebe luz do diabo, a fim de promover sucesso aqui, sem perceber que seu
sucesso lhe levará à destruição.
Muito do que é chamado de fé em nossos
dias, na realidade não passa de ser o caminho da incredulidade. O orgulhoso não
o peso da glória de um coração que crê. Seu peso é carnal e sempre direcionado
à terra. Paulo fala em Filipenses 3:19 daqueles elementos que falam de
religião, de Deus, mas que seu deus é o ventre e são inimigos da cruz. Nota-se
que a bíblia mostra dois caminhos, um que é seguido pelo que realmente crê e o
outro que o orgulhoso e mundano toma. Foi sempre assim, desde um Faraó, até o
incrédulo mais simples na face da terra. Procuremos um Noé e o acharemos
construindo a arca para sua salvação e a salvação de sua família. É assim o
crente no mundo, porque o temor ao Senhor o mantém convicto de sua dependência
Dele enquanto aqui vive. Deus nunca permite que os crentes mantenham atitudes
soberbas na vida; Ele sabe bem como discipliná-los, a fim de afasta-los dos
mesmos castigos que orgulhosos estão expostos.
Assim, para Deus o orgulho é mostrado na
desobediência ao Filho: “...que se mantém rebelde contra o Filho...”. Rebeldia
é ter os ouvidos fechados para o grande Salvador e Senhor; é viver sem Deus no
mundo (Efésios 2:12). Orgulho é seguir o curso deste mundo (Efésios 2:2),
achando que a vida está indo maravilhosamente bem, sem sabedoria para analisar
o princípio e o fim de tudo aqui. Quando olhamos o livro de Eclesiastes, à luz
da mentalidade natural, tudo parece bonito e legal, mas, à luz do que vemos em
Efésios tudo é tombado pelo soco da morte. Os salvos são aqueles cujos ouvidos
foram abertos e os episódios terrenos são vistos e contados pela Palavra de
Deus. É impossível para um salvo manter-se orgulhoso. Após ver sua antiga
condição e como foi que Deus usou de compaixão para com ele, é de se esperar
que seja alguém de oração e de contínua confissão e invocação. O orgulhoso se
mantém em sua inflexível condição e permanece assim até sua morte. Quem vê o
mundo com os olhos da incredulidade, jamais verá a necessidade do Salvador e
Senhor. Quem vê este vale como um lugar maravilhoso e cheio de romances da
carne, sem dúvidas recusará ouvir acerca do Redentor e da redenção.
Os orgulhosos devem saber que o além o
aguarda; que a recepção lá será de grande euforia e muitas surpresas
acontecerão ali. Milhares desconhecem sua atitude tão perigosa, a mesma que
teve Faraó, até que cheguem ao fim, perante o abismo. A soberba no íntimo faz
com que o homem pense que ele é inocente. A própria soberba se torna
consoladora no íntimo; o próprio orgulho se torna conselheiro fiel do
orgulhoso, e assim ele é levado na conclusão que ele tem direitos e que merece
bênçãos de Deus nesta vida. Cristo não veio ao mundo buscar tais pessoas, pelo
contrário, Ele mantém os orgulhosos distantes, mas se aproxima do homem caído e
humilhado, a fim de estender Sua mão salvadora.
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