“Daniel resolveu não se contaminar com as finas iguarias do rei, nem
como vinho que ele bebia; por isso, pediu ao chefe dos eunucos que lhe
permitisse não se contaminar. E Deus concedeu a Daniel misericórdia e
compreensão da parte do chefe dos eunucos” (Daniel 1:6 e 7)
A BASE DA FÉ – OBEDIÊNCIA (Capítulo
1)
Minha esperança
é que a introdução tenha dado clareza quanto aos acontecimentos que envolveram
Daniel e seus amigos na corte babilônica, a capital do mundo naquele tempo,
porque Deus entregou basicamente o mundo inteiro sob o poder de Nabucodonosor,
conforme as profecias de Jeremias e Ezequiel. Quero tomar esses acontecimentos
para mostrar a todos meus leitores que a fé bíblica brilha ainda mais em meio à
escuridão deste mundo e foi exatamente isso o que ocorreu ali no palácio. O que
é que move a fé cristã? O que faz o crente ser diferente do mundo, mesmo em
dias maus e na presença de elementos perversos e idólatras? A resposta é
simples: A fé obedece a Deus.
Consideremos
a vida de 4 jovens num ambiente próspero e luxuoso de um palácio. Sem dúvida,
era a oportunidade de ouro para pecar. Quer testar um crente? Veja o
comportamento dele onde está cercado de incrédulos, imorais, perversos e
idólatras. O mundo não pode entender como alguém pode suportar as pressões de
uma natureza carnal caída e disposta a se entregar às paixões. Onde estão os
mundanos ali têm facilidades para traição, sexo, mentiras, vícios e todo ramo
de idolatria. Crentes que estão trabalhando ou estudando em lugares assim são
postos à prova e são normalmente empurrados para cair. Onde não há o temor de
Deus, satanás está presente para impedir que qualquer luz espiritual venha a
brilhar; ele rugirá como leão e ameaçará qualquer um que se opor a ele.
Mas a fé
tem sua fonte constante de luz, por isso nunca se apaga. A fé não uma mera
opinião de alguma crença. Já vi muitos dizendo que são crentes, mas que não
tarda em ri com as perversidades dos ímpios e até mesmo contar suas façanhas de
injustiça e maldades. É comum achar que para ter fé firme precisa de apoio de
outros mais fortes. Mas José foi levado para o Egito sem ter consigo seu
querido pai. Sua fé foi sustentada apenas pelo poder da soberana graça.
Enquanto o diabo ataca com seus pensamentos terrenos e pecaminosos, eis que
Deus ampara e fortalece Seus servos nos momentos mais difíceis da vida. O que
satanás e seus servos não conseguem contar é com essa vigorosa força dada por
Deus nos momentos mais cruciais da vida.
Para
José, que oportunidade teve de pecar! O viver sexual dos mundanos é cheio de
orgulho e vaidade, com seus pensamentos carregados de um falso sentimento de
heroísmo masculino. Os homens perversos estão tão cobertos desse orgulho
satânico que não contam com perigos mortais. Um homem parou com seu carro em um
banco e chamou o gerente amigo dele e quando este apareceu ele sacou sua arma e
descarregou nele matando-o na hora. A razão desse crime foi porque seu amigo
havia deitado com sua esposa. No momento do iminente e transitório prazer as
consequências não são levadas a sério. Mas o que aconteceu com José foi que a
graça o cobriu de poder, a fim de que as paixões pecaminosas fossem derrotadas
imediatamente. Ele não parou para pensar no convite da mulher; ele não ficou
perto daquela armadilha. Ele, no temor ao Senhor simplesmente fugiu do local.
Quando Davi pecou com Bate-Seba, Deus imediatamente o deixou em Sua graça. No
caso de José, assim que fugiu daquela perversa mulher, eis que a mesma graça o
acompanhou, mesmo para ficar bom tempo preso.
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