sexta-feira, 27 de março de 2020

A VITÓRIA QUE VENCE O MUNDO (8)


                       
“Daniel resolveu não se contaminar com as finas iguarias do rei, nem como vinho que ele bebia; por isso, pediu ao chefe dos eunucos que lhe permitisse não se contaminar. E Deus concedeu a Daniel misericórdia e compreensão da parte do chefe dos eunucos” (Daniel 1:6 e 7)
        Contemplando ainda a visão da fé, não devemos esquecer que a fé mira o invisível e se agarra às promessas, pois sabe que jamais será iludida. A resposta perfeita de Daniel na interpretação do sonho foi o primeiro desfecho dessa poderosa vitória da fé que vence o mundo, porque toda incredulidade veio a prostrar-se diante das verdades proferidas pelo servo do Senhor, mesmo que não se convertessem ao Deus de Daniel. O alvo da fé é levar a todos a prostrar diante do fato que Jesus Cristo é Senhor. Os homens não se convertem quando veem ou ouvem acerca de algum milagre. A tendência é posteriormente tornarem ainda mais endurecidos, como foi o caso de Nabucodonosor, como presenciamos a partir do capítulo 3. Mas a fé aparece para rasgar o véu deste mundo incrédulo e mostrar a todos que o Deus invisível reina no céu e na terra.
        Já dei uma pincelada de explicação acerca do capítulo 3, mas preciso voltar aos ensinos dados pelo Espírito Santo ali. Nossos olhos devem estar abertos para ver o quanto o cenário ali montado revela Nabucodonosor como o tipo de Satanás e seus serviçais como sendo seus anjos. Não podemos ver satanás com nossos olhos físicos, mas o vemos através dos seus atos. Um governante pode não aparecer e ser conhecido pelo povo, mas seus atos no país vão indicar quem realmente ele é. Qual é a finalidade de satanás no mundo? O que Ele prometeu para Jesus na tentação do deserto? Ele mostrou toda grandeza do mundo e disse ao Senhor que tudo lhe daria, caso prostrado lhe adorasse. Eis aí seu principal intuito. Em Daniel 3 vemos a mesma coisa, porque ali estava um rei tirano, completamente tomado do poder arrogante do diabo; desafiando Deus, pois não estava a fim de morrer e passar o trono para outro. Por isso fez a estátua de ouro e ordenou a todos em severa imposição, para que todos prostrassem e adorassem sua estátua.
        Perante aqueles 3 jovens estava a face furiosa e cruel do rei e com a resposta calma, mas resoluta da fé, então entrou em ação a descomunal ira daquele homem, ordenando insensatamente que a fornalha fosse aquecida sete vezes mais. Por que isso? Se espera que homens amarrados e atirados em chamas, certamente vão morrer, quer o fogo esteja brando, que esteja ainda mais quente. Naquele momento entrou a força da graça para dar poder aos jovens crentes e entrou também a ação vingativa de Deus, fazendo com que os homens que atiraram os jovens na fornalha morressem devido as chamas. Quanta ilusão de satanás e dos homens! Eles não sabem que a fé age, não por superstição e por um zelo sem conhecimento. Homens no mundo dão suas vidas por suas religiões e pelos seus ídolos, mas sem qualquer base, nem qualquer esperança. No caso dos 3 jovens, eles o fizeram por saber que a verdadeira vida vem após a morte, por isso o fogo lhes arrancaria deste véu rasgável. Também, eles sabiam quão infinitamente maior era o Deus, Rei do céu e da terra; sabiam quão terrível e pavorosa era Sua ira, infinitamente pior do que aquela fornalha onde seriam atirados.
        Venho dizer aos crentes o quanto a ação da verdadeira fé opera neste mundo e nós servos de Deus fomos postos aqui para mostrar nossa confiança no Deus que é desconhecido deste mundo. Se nossos interesses estiverem voltados para os anseios terrenos, para que nós serviremos. Estamos no mundo no local certo, e viveremos nos anos certos, tudo preparado pelo Soberano, a fim de que atuemos por Ele e para Ele. Que nossa luz venha a brilhar, porque a graça de Deus mostra seu poder naqueles momentos mais difíceis. Nas nossas fraquezas o Senhor nos encherá das abundâncias de sua força, a fim de que possamos mostrar que nossa fé é a vitória que vence o mundo, conforme João nos mostra em sua primeira carta, 5:4.

Nenhum comentário: