sexta-feira, 6 de março de 2020

O GRANDE DESAFIO PARA A FÉ (4)


                       
“Celebrai com júbilo ao Senhor todos os moradores da terra; servi ao Senhor com alegria e apresentai-vos diante Dele com cânticos; sabei que o Senhor é Deus, foi Ele quem nos fez e dele somos...” (Salmo 100)
CONHECENDO A DIVINDADE DO SENHOR: “Sabei que o Senhor é Deus...”
        Entrarei hoje no aspecto teológico sobre a divindade de Cristo, a fim de alertar meus leitores quanto a importância de um melhor conhecimento Daquele que se manifestou a nós. Lembremos que das três Pessoas Ele foi o que veio ao mundo. No capítulo 1 de Gênesis vemos o Verbo unido ao Pai na criação da terra e do céu. O termo usado nesse capítulo é “Deus” (Elohim, palavra hebraica que se encontra no plural, mostrando que há mais de uma pessoa na divindade). Mas quando chegamos ao capítulo 2 uma dessas Pessoas vistas no capítulo 1 sai de cena e passa a ficar somente uma, cujo nome é “Senhor Deus”. Ele passa a se identificar com os homens e se apresenta como “Senhor” que é Deus. Não temos dúvida que é a Pessoa do Senhor Jesus em Sua pré-encarnação.
        Não pretendo aprofundar muito nesse assunto, mas vou frisar o fato que Deus sempre procurou relevar a glória do Seu Filho, no meio dos anjos e no meio dos homens. Se os irmãos têm lido o Velho Testamento, sem dúvida perceberam o fato que o Senhor sempre se destacou no meio dos anjos, por isso Ele é chamado de “O Anjo de Jeová”. Foi com os anjos que Ele apareceu para Abraão (em forma humana, claro, porque anjos são seres invisíveis). A meu ver nosso Senhor desceu da Sua posição de glória e uniu-Se aos anjos e vemos em Hebreus 1 como Deus ordena aos anjos que O adorem (verso 6). Por que? A razão óbvia é que ao descer à uma posição inferior à divindade, a tendência é que seres criados tendem a ignorar Sua glória.
        Foi assim também no meio dos homens, porque nosso Senhor nasceu num lugar pobre, na cidade de Nazaré foi criado; não era de uma família eminente na sociedade judaica e nem tinha uma aparência que chamasse a atenção do povo. Em tudo o nosso Senhor mostrou que Sua humilhação era profunda e o Pai procurou sempre defender a glória do Seu Filho Amado. Mas mesmo assim nosso Senhor procurou mostrar aos incrédulos judeus que era igual a Deus, e isso causava intenso ódio neles. Mas foi em João 8 que Ele mais ressaltou essa verdade, quando disse àqueles homens: “Se não crerdes que Eu Sou, morrereis nos vossos pecados” (verso 24). Ele simplesmente mexia no conhecimento que eles tinham da história de Israel; como foi que Ele se manifestou a Moisés: “Diga ao povo de Israel que Eu Sou me enviou a vós outros”. Nosso Senhor está dizendo que Ele é o mesmo Senhor de Moisés, Abraão e outros patriarcas; que Ele é o mesmo Senhor da criação, o grande Criador que se manifestou aos homens.
        Naquele momento era para aqueles homens cair ao pó, quebrados e cheios de temor perante o Senhor encarnado. Notamos que os convertidos viam Jesus como o Senhor, enquanto os judeus o admiravam como Mestre. Essas verdades dadas de forma simples e clara vêm para mostrar o quanto temos a tendência de ignorar a glória do Filho de Deus; como somos tendenciosos a relegar Jesus, assim como os judeus faziam; tendemos a igualar nosso Senhor a um Buda, Maomé e outros elementos; podemos elevá-Lo à posição de um profeta e esquecemos que “o Senhor é Deus!”. Não é assim? Se não fizermos isso em palavras, tendemos a fazer isso na prática, porque não O adoramos e O servimos em temor e tremor.

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