“Celebrai
com júbilo ao Senhor todos os moradores da terra; servi ao Senhor com alegria e
apresentai-vos diante Dele com cânticos; sabei que o Senhor é Deus, foi Ele
quem nos fez e dele somos...” (Salmo 100)
CONHECENDO
A DIVINDADE DO SENHOR: “Sabei que o Senhor é Deus...”
Entrarei hoje no aspecto teológico sobre
a divindade de Cristo, a fim de alertar meus leitores quanto a importância de
um melhor conhecimento Daquele que se manifestou a nós. Lembremos que das três
Pessoas Ele foi o que veio ao mundo. No capítulo 1 de Gênesis vemos o Verbo
unido ao Pai na criação da terra e do céu. O termo usado nesse capítulo é “Deus”
(Elohim, palavra hebraica que se encontra no plural, mostrando que há mais de
uma pessoa na divindade). Mas quando chegamos ao capítulo 2 uma dessas Pessoas
vistas no capítulo 1 sai de cena e passa a ficar somente uma, cujo nome é “Senhor
Deus”. Ele passa a se identificar com os homens e se apresenta como “Senhor”
que é Deus. Não temos dúvida que é a Pessoa do Senhor Jesus em Sua pré-encarnação.
Não pretendo aprofundar muito nesse
assunto, mas vou frisar o fato que Deus sempre procurou relevar a glória do Seu
Filho, no meio dos anjos e no meio dos homens. Se os irmãos têm lido o Velho
Testamento, sem dúvida perceberam o fato que o Senhor sempre se destacou no
meio dos anjos, por isso Ele é chamado de “O Anjo de Jeová”. Foi com os anjos
que Ele apareceu para Abraão (em forma humana, claro, porque anjos são seres
invisíveis). A meu ver nosso Senhor desceu da Sua posição de glória e uniu-Se
aos anjos e vemos em Hebreus 1 como Deus ordena aos anjos que O adorem (verso
6). Por que? A razão óbvia é que ao descer à uma posição inferior à divindade,
a tendência é que seres criados tendem a ignorar Sua glória.
Foi assim também no meio dos homens,
porque nosso Senhor nasceu num lugar pobre, na cidade de Nazaré foi criado; não
era de uma família eminente na sociedade judaica e nem tinha uma aparência que
chamasse a atenção do povo. Em tudo o nosso Senhor mostrou que Sua humilhação
era profunda e o Pai procurou sempre defender a glória do Seu Filho Amado. Mas
mesmo assim nosso Senhor procurou mostrar aos incrédulos judeus que era igual a
Deus, e isso causava intenso ódio neles. Mas foi em João 8 que Ele mais
ressaltou essa verdade, quando disse àqueles homens: “Se não crerdes que Eu
Sou, morrereis nos vossos pecados” (verso 24). Ele simplesmente mexia no
conhecimento que eles tinham da história de Israel; como foi que Ele se
manifestou a Moisés: “Diga ao povo de Israel que Eu Sou me enviou a vós outros”.
Nosso Senhor está dizendo que Ele é o mesmo Senhor de Moisés, Abraão e outros
patriarcas; que Ele é o mesmo Senhor da criação, o grande Criador que se
manifestou aos homens.
Naquele momento era para aqueles homens
cair ao pó, quebrados e cheios de temor perante o Senhor encarnado. Notamos que
os convertidos viam Jesus como o Senhor, enquanto os judeus o admiravam como
Mestre. Essas verdades dadas de forma simples e clara vêm para mostrar o quanto
temos a tendência de ignorar a glória do Filho de Deus; como somos tendenciosos
a relegar Jesus, assim como os judeus faziam; tendemos a igualar nosso Senhor a
um Buda, Maomé e outros elementos; podemos elevá-Lo à posição de um profeta e
esquecemos que “o Senhor é Deus!”. Não é assim? Se não fizermos isso em
palavras, tendemos a fazer isso na prática, porque não O adoramos e O servimos
em temor e tremor.
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