“Para que todas as
árvores junto às águas não se exaltem na sua estatura, nem levantem a sua copa
no meio dos ramos espessos, nem as que bebem as águas venham a confiar em si,
por causa da sua altura; porque todos estão entregues à morte, até à terra mais
baixa, no meio dos filhos dos homens, com os que descem à cova” Ezequiel 31:14
CONHECENDO OS
ORGULHOSOS: “Porque todos os orgulhosos...”
Não importa a medida do orgulho, o
orgulho se manifestará da mesma maneira, porque é o homem em guerra contra
Deus, conforme vemos o ensino do Salmo 2. Os orgulhosos se acham suficientes
neles mesmos. O orgulhoso não vai se humilhar, a não ser que Deus mesmo utilize
circunstâncias terríveis na vida, mas isso acontece por um pouco de tempo.
Belsazar tremeu diante das palavras escritas na parede (Daniel 5), mas em nada
seu coração foi abalado, por isso foi cercado pelo endurecimento do coração,
até que a morte chegou de forma súbita. Mesmo vendo os inimigos chegando à
cidade para trazer castigo, eis que Jezabel ainda tentou seduzir Jeú (2 Reis
9). Mesmo sendo posto no lugar para receber a terrível punição vinda de Deus,
Coré, Datã e Abirão permaneceram imobilizados pelo embrutecimento de seus
arrogantes contra Deus.
O orgulhoso jamais se converterá a
Cristo, porque a primeira experiência de uma conversão é a humilhação diante
Daquele que para o orgulhoso é seu inimigo – Deus. Nunca um orgulhoso
reconhecerá sua condição de um perdido pecador que necessita de um Salvador. O
orgulhoso é visto em pé e não no pó; é visto olhando o mundo com uma visão de
incrível interesse. Os olhos do orgulhoso miram com interesse e esperteza para
este mundo, porque é aqui que Ele quer marchar em busca daquilo que ele pensa
ser felicidade. O mundo é sua pátria e confiante em si mesmo ele parte para o
desconhecido. Para o orgulhoso, sua glória está aqui, por isso, mesmo que não
pratique terríveis pecados, o orgulhoso luta para fazer o mundo brilhar, assim
como a mulher de Ló amava Sodoma e Nabucodonosor amava Babilônia.
Somente um coração arrependido e
convertido pode renunciar o caminho do orgulhoso. Deus deixou Moisés ficar
quarenta anos no meio dos midianitas e lidando com ovelhas, a fim de que fosse
arrancado dele a confiança adquirida durante seus primeiros quarenta anos no
Egito. Assim Moisés conheceu o Senhor e com coragem abandonou as riquezas
ilusórias da terra, porque viu o galardão. Não há como quebrar o poder e o
domínio do pecado em sua insofismável liderança no coração do homem, a não ser
que Deus mesmo o faça. Normalmente Deus permite que a jornada do orgulhoso seja
bem sucedida aqui. Deus não matou Labão por perseguir Jacó, (Gênesis 31), mas
simplesmente advertiu aquele elemento soberbo, deixando-o caminhar em seu
trajeto de enriquecimento, como sempre quis desde a infância. Um Nabal, mesmo
sendo avisado do perigo mortal que iria enfrentar com Davi vindo para mata-lo,
mesmo assim ficou ainda mais endurecido, até que Deus mesmo tirasse sua vida (1
Samuel 25). Deus permitiu que Pilatos prosseguisse, crendo que ao lavar as mãos
estava livre do sangue de um inocente.
Assim, vemos que o orgulhoso marcha pelo
caminho certo onde se espera que há de andar. Deus simplesmente soltou Saul e
ele marchou com impetuoso ódio à busca de Davi, a fim de mata-lo e mesmo sendo
poupado por duas vezes, assim mesmo se levantou para cumprir seus intentos.
Quão perigoso é o caminho do orgulhoso! O peso do pecado o mantém ocupado aqui
e ele prossegue assim, brincando com o mundo e divertindo com os prazeres. O
orgulhoso é cego, por isso é levado nessa escuridão pelo pai da mentira; o
orgulhoso é surdo para Deus, mas ouve com nitidez os lindos sons deste sistema
passageiro para a alegria do seu coração mundano e nem mesmo os atropelos das
doenças e da dominante morte chegando, podem quebrar-lhe a dureza do coração. Os
amigos de Saulo de Tarso não caíram, mas fugiram. O arrependido cai, o orgulhoso
foge da luz do evangelho
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