terça-feira, 31 de março de 2020

A VITÓRIA QUE VENCE O MUNDO (10)


                       
“Daniel resolveu não se contaminar com as finas iguarias do rei, nem como vinho que ele bebia; por isso, pediu ao chefe dos eunucos que lhe permitisse não se contaminar. E Deus concedeu a Daniel misericórdia e compreensão da parte do chefe dos eunucos” (Daniel 1:6 e 7)
        A VISÃO DA FÉ – O SENHOR DEUS
        Às vezes os santos ficam perturbados ante o terror deste mundo, mas a fé se estriba na verdade revelada. Os que buscam sentimentos, visões, sonhos e outras experiências para uma vitória, logo perceberão o quanto a carne é enganosa e engenhosa para iludir corações. A graça de Deus atua para fortalecer a fé no grau que precisa. A graça de Deus nos supre de poder para andar, quando temos que andar, para correr quando temos que correr e para voar quando temos que voar. Deus guiou Seu povo pelo deserto assim; às vezes a jornada durava poucos dias, então parava para acampar; às vezes a caminhada era exaustiva, mas tudo estava no comando de um sábio e perfeito guia que amava Seu povo.
        Outro ensino que temos sobre a visão da fé é que ela não se subordina aos homens. Percebemos isso na vida de Daniel e seus amigos. Eles foram excelentes funcionários, de altíssima confiança e habilidade, mas nada era feito com intenção de agradar o rei, ou mesmo buscar promoção, como ocorria com os colegas infiéis. O alvo daqueles homens era Deus e Sua glória e isso fazia a diferença, além de irritar satanás. Os santos de Deus devem ser neste mundo os melhores trabalhadores, sempre fazendo sob a visão do Senhor Deus, a fim de agradá-Lo em tudo. Que o mundo chegue a um ponto que há de buscar esses funcionários fidedignos, como Dario viu na vida de Daniel e como Nabucodonosor viu na vida dos 3 amigos de Daniel
        A fé viu além daquilo que era aparente. Foi assim com aqueles homens, porquanto, cercados pela crueldade deste mundo e instigados pela religião idólatra, ecumênica e satânica, eles viram além deste véu. Enquanto aqueles homens eram cegos, eles tinham a visão da alma plenamente funcionando, vendo o invisível. Enquanto o rei gritava e bradava com raiva, aqueles homens sabiam do trono celestial, diante do qual todos os reis deviam cair prostrados. A vitória daqueles homens estava nessa visão daquilo que é invisível aos olhos da carne. As ameaças vinhas como meras moscas zumbido em torno deles e mesmo diante da morte o temor deles estava num Deus que é poderoso para matar ou fazer viver.
        Creio que a fé dos santos mostra ser viva diante de circunstâncias difíceis. Se nossa fé parece brilhar onde há festa, saúde, amizades e prazeres, mas apaga ante qualquer escuridão, então não sabemos o que significa crer. O mundo fica estarrecido ante a fé que não se curva em meio as lutas e provações; quando os que dizem ser crentes murcham quando cercados pelas hienas deste sistema maligno, o próprio mundo vai escarnecer desses que são molengas e não vitoriosos. Por que a fé prevalece? Porque a presença do Senhor Deus enfraquece toda fúria inimiga; derrete o material e traz o impossível. Para o mundo tudo aqui funciona segundo a natureza. Para o mundo, morreu, acabou.
        Para a fé a morte é o começa de tudo e os que creem enfrentam essa verdade dia a dia. Eles entendem que se morrer é a vida com Cristo onde não há nenhum Nabucodonosor nem estátuas; onde tudo é perfeito. Para os que creem, se a morte não vier hoje, a experiência de uma fé firme será uma experiência do que é morrer dia a dia e experimentar ressurreição. Ser vencido pelo pecado e tentação é experimentar os horrores da morte aqui. Vencer o pecado e suas tentações é experimentar as doçuras da ressurreição. Tendo o Senhor perto, tudo é maravilhoso: “Perto de Ti almejo estar, perto sim, bem perto; tua presença desfrutar, perto sim bem perto!”. Foi assim que santos que já morreram e enfrentaram vitoriosamente este mundo no qual foram peregrinos e forasteiros.

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