quarta-feira, 4 de março de 2020

MÃOS E LÁBIOS NA CELEBRAÇÃO (6)


                   
Salmo 100:2: “Servi ao Senhor com alegria e apresentai-vos diante Dele com cânticos”
O MODO COMO PRESTAR SERVIÇO A ELE: “Servi... com alegria...”
        A tristeza exclui a alegria, além de revelar que há algo errado no viver do crente. Deus é o motivo de nosso amor, devoção e prazer: “Alegrai-vos no Senhor”. A tristeza indica que a emoção está fora do seu devido lugar e que há alguma festa estranha no íntimo, assim como acontece com uma mulher que é seduzida por outro homem e que mostra indiferença no trato com seu marido. Num caso dos homens aqui, um marido pode desconfiar da sua mulher, mas no caso de Deus, Ele vê todas as coisas e não há como esconder qualquer coisa. Como a igreja de Éfeso que perdeu seu primeiro amor, logo percebe que o crente não tem mais aquela vivacidade e devoção que tinha logo no início de sua fé. E não adianta tentar forçar uma alegria carnal, porque Deus não aceita. Não adianta inventar meios que esquentam o coração, porque isso não é aceitável ao Senhor. Deus requer coração sincero; Ele tem prazer naqueles que pela fé O buscam de todo coração e que superam a força da carne: “Bendize, ó minha alma ao Senhor!”
        A alegria aparece para brilhar a verdadeira festa de um coração renovado pela graça salvadora. O mundo precisa ver que somos um povo alegre, contente, satisfeito em nosso Deus. O mundo ao nosso derredor precisa ver que não somos derrotados, que nossa alegria não é como uma folha verde hoje, mas seca amanhã. Os mundanos vivem assim, pois precisam cavar suas cisternas rotas, a fim de achar as suas “aguas de alegria”. Nós já bebemos da agua, para nunca mais ter sede; já ouvimos a chamada divina e habita em nós Seu Espírito que nos conduz em verdades jamais ouvidas aqui. Além disso, a preciosidade de Cristo é inesgotável, por isso a alma que se deleita Nele sente-se cada vez mais satisfeita: “Satisfeito estou com Cristo, hora e hora em meu andar!”.
        O mundo tenta barrar nossa alegria; o mundo acha que prisões podem murchar o fervor dos salvos. Quando Paulo e Silas foram trancafiados naquela fria prisão de Filipos, eis que os grilhões não cancelaram a força da alegria que aqueles homens tinham, porque celebraram ao Senhor com cânticos naquela noite, resultando tudo num abençoado terremoto e conversão do carcereiro e sua família. Nem sempre os santos cantam com seus lábios físicos, mas cantam no coração. A celebração ao Senhor feita no coração é a mais bela expressão do verdadeiro louvor. Diante dos fatos gloriosos da tão grande salvação, eis que tornamo-nos como crianças, saudando o Rei. A preciosidade de Cristo é mais importante do que todas as riquezas que o universo poderia oferecer. Ele se manifestou para que nós pudéssemos conhece-Lo e assim ficarmos encantados com o perfeito Deus-Homem. Aquele que nos amou fala perfeitamente nosso idioma e tem prazer em que nós O busquemos de todo coração.
        Que vençamos as tristezas que chegam a nós, porquanto temos o Senhor conosco. Que pela fé superemos todo mal; que conquistemos alegria; que nossa força conquiste uma alegria que é incomparavelmente maior do que todas as alegrias oferecidas pelo mundo. Acheguemos perto do Senhor; confessemos nosso fracasso; confessemos nosso orgulho e resistamos satanás, porque é ele quem aproveita a oportunidade para que ignoremos nosso Senhor e até mesmo desconfiemos Dele. “Mais fé no meu Mestre, mais consagração; mais gozo em servi-Lo, mais grata oração!”

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