“Daniel resolveu não se contaminar com as finas iguarias do rei, nem
como vinho que ele bebia; por isso, pediu ao chefe dos eunucos que lhe
permitisse não se contaminar. E Deus concedeu a Daniel misericórdia e
compreensão da parte do chefe dos eunucos” (Daniel 1:6 e 7)
A GLÓRIA DA FÉ – O SENHOR DEUS
(Capítulo 2)
Meus
leitores perceberão que estou apenas comentando os fatos práticos da fé cristã
no livro de Daniel e não dando um comentário completo desses capítulos tão
brilhantes. Os capítulos 1 e 2 serviram como introdução acerca dessa vitoriosa
fé, mas é a partir do terceiro capítulo que a destemida atitude dos heróis da
fé começa a ser posta em prática. Satanás odeia que a luz de Deus por meio dos
santos venha a brilhar em plena escuridão, num ambiente idólatra, perversa e
imoral, conforme vemos neste mundo, em especial onde reina o desejo por bens,
fama e posições.
Mas foi
nesse ambiente que satanás começou a mexer e atacar a fé. Ele quer ser adorado
e exaltado e faz isso por meio de seu sistema pagão e idólatra. A fúria de
satanás é saber que há homens no mundo, cujos corações são dirigidos e
controlados pelo Deus dos verdadeiros religiosos. Satanás olhará para um Daniel
e para seus três amigos vendo a aparência, mas desconhecendo seus corações. Nós
também vemos o homem do lado de fora; vemos e admiramos sua capacidade física,
mental e sua personalidade. Não foi assim com Samuel? Pois vendo os fortes
filhos de Jessé chegando, imaginou que um deles seria o rei de Israel. Mas a
resposta de Deus veio ao Seu servo dizendo que Ele via o coração e não a
aparência (1 Samuel 16). Deus habita no coração do crente e os pagãos, bem como
o cruel Nabucodonosor precisavam saber desse fato. Na normalidade da vida aqui
era de se esperar que aqueles 3 jovens fariam o que os outros fizeram – adorar a
estátua do rei.
Examinemos
de perto a glória da fé – o Senhor Deus. Aqueles 3 moços não eram militantes
políticos; não estavam ali para erguer o sistema religioso de seu país –
Israel. Eles eram crentes, eram cidadãos do céu na terra, eram representantes
do grande Deus do céu aqui na terra. Se quisermos saber, satanás se revolta
usando os homens quando mexem no sistema religioso deles. A mentira mais
perigosa que existe é a mentira religiosa, especialmente quando ela é
descoberta e detestada, como ocorreu na adoração da estátua do rei. Quando isso
ocorre a fúria diabólica enche o coração de homens revestidos de poder. O não
adorar a estátua feita de ouro era um insulto ao rei. O sonho que ele havia tido
e a interpretação de Daniel só promoveram um tremendo ódio, com o pensamento
que o Deus do céu lhe tiraria o reinado com sua morte e passaria o império para
os Medos e Persas.
Foi como
Daniel tivesse mexido na caixa de maribondos. Noutras palavras, era como se o
rei sozinho, furioso tivesse dizendo: Não deixarei que eu seja apenas o cabeça
de ouro; quero ser eu mesmo rei e farei portanto uma estátua inteira de ouro”.
Na realidade, o rei se ergueu contra Deus e desafiou o trono celestial. Então
chegou o momento terrível. Mas é perceptível que ele ergue a estátua toda de
ouro na província da babilônia, distante de Daniel. Então começa o cenário da
vanglória humana, da religião maldita, condenada e detestada por Deus, e que
sempre satanás tentou erguer aqui – a união de todas as mentiras religiosas.
Noutras palavras, o culto ecumênico. É exatamente isso o que o pai da mentira
faz em nossos dias, reunindo os credos da mentira e levando os homens a darem
as mãos para adorá-lo por meio de um homem.
É nesse
momento que os disfarces “evangélicos” são tirados e as mentiras se misturam
com todas as línguas querendo proclamar que lúcifer é senhor. Terrível verdade
que já causa nojo em nossos dias. Nenhuma mentira consegue ficar disfarçada por
muito tempo, pois logo os homens darão suas mãos e se unirão em favor da festa
em louvor aos homens e não a Deus. E é exatamente nesse momento que a fé
verdadeira há de mostrar ser forte, corajosa e destemida fé, proclamando
unicamente a honra, a glória e o louvor Àquele que foi exaltado acima de todo
nome – Senhor Jesus.
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