terça-feira, 24 de março de 2020

A VITÓRIA QUE VENCE O MUNDO (5)


                       
“Daniel resolveu não se contaminar com as finas iguarias do rei, nem como vinho que ele bebia; por isso, pediu ao chefe dos eunucos que lhe permitisse não se contaminar. E Deus concedeu a Daniel misericórdia e compreensão da parte do chefe dos eunucos” (Daniel 1:6 e 7)
 A GLÓRIA DA FÉ – O SENHOR DEUS (Capítulo 2)
        Meus leitores perceberão que estou apenas comentando os fatos práticos da fé cristã no livro de Daniel e não dando um comentário completo desses capítulos tão brilhantes. Os capítulos 1 e 2 serviram como introdução acerca dessa vitoriosa fé, mas é a partir do terceiro capítulo que a destemida atitude dos heróis da fé começa a ser posta em prática. Satanás odeia que a luz de Deus por meio dos santos venha a brilhar em plena escuridão, num ambiente idólatra, perversa e imoral, conforme vemos neste mundo, em especial onde reina o desejo por bens, fama e posições.
        Mas foi nesse ambiente que satanás começou a mexer e atacar a fé. Ele quer ser adorado e exaltado e faz isso por meio de seu sistema pagão e idólatra. A fúria de satanás é saber que há homens no mundo, cujos corações são dirigidos e controlados pelo Deus dos verdadeiros religiosos. Satanás olhará para um Daniel e para seus três amigos vendo a aparência, mas desconhecendo seus corações. Nós também vemos o homem do lado de fora; vemos e admiramos sua capacidade física, mental e sua personalidade. Não foi assim com Samuel? Pois vendo os fortes filhos de Jessé chegando, imaginou que um deles seria o rei de Israel. Mas a resposta de Deus veio ao Seu servo dizendo que Ele via o coração e não a aparência (1 Samuel 16). Deus habita no coração do crente e os pagãos, bem como o cruel Nabucodonosor precisavam saber desse fato. Na normalidade da vida aqui era de se esperar que aqueles 3 jovens fariam o que os outros fizeram – adorar a estátua do rei.
        Examinemos de perto a glória da fé – o Senhor Deus. Aqueles 3 moços não eram militantes políticos; não estavam ali para erguer o sistema religioso de seu país – Israel. Eles eram crentes, eram cidadãos do céu na terra, eram representantes do grande Deus do céu aqui na terra. Se quisermos saber, satanás se revolta usando os homens quando mexem no sistema religioso deles. A mentira mais perigosa que existe é a mentira religiosa, especialmente quando ela é descoberta e detestada, como ocorreu na adoração da estátua do rei. Quando isso ocorre a fúria diabólica enche o coração de homens revestidos de poder. O não adorar a estátua feita de ouro era um insulto ao rei. O sonho que ele havia tido e a interpretação de Daniel só promoveram um tremendo ódio, com o pensamento que o Deus do céu lhe tiraria o reinado com sua morte e passaria o império para os Medos e Persas.
        Foi como Daniel tivesse mexido na caixa de maribondos. Noutras palavras, era como se o rei sozinho, furioso tivesse dizendo: Não deixarei que eu seja apenas o cabeça de ouro; quero ser eu mesmo rei e farei portanto uma estátua inteira de ouro”. Na realidade, o rei se ergueu contra Deus e desafiou o trono celestial. Então chegou o momento terrível. Mas é perceptível que ele ergue a estátua toda de ouro na província da babilônia, distante de Daniel. Então começa o cenário da vanglória humana, da religião maldita, condenada e detestada por Deus, e que sempre satanás tentou erguer aqui – a união de todas as mentiras religiosas. Noutras palavras, o culto ecumênico. É exatamente isso o que o pai da mentira faz em nossos dias, reunindo os credos da mentira e levando os homens a darem as mãos para adorá-lo por meio de um homem.
        É nesse momento que os disfarces “evangélicos” são tirados e as mentiras se misturam com todas as línguas querendo proclamar que lúcifer é senhor. Terrível verdade que já causa nojo em nossos dias. Nenhuma mentira consegue ficar disfarçada por muito tempo, pois logo os homens darão suas mãos e se unirão em favor da festa em louvor aos homens e não a Deus. E é exatamente nesse momento que a fé verdadeira há de mostrar ser forte, corajosa e destemida fé, proclamando unicamente a honra, a glória e o louvor Àquele que foi exaltado acima de todo nome – Senhor Jesus.

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