segunda-feira, 9 de março de 2020

MÃOS E LÁBIOS NA CELEBRAÇÃO (9 de 10)



Salmo 100:2: “Servi ao Senhor com alegria e apresentai-vos diante Dele com cânticos”
NOSSOS CÂNTICOS NA CELEBRAÇÃO: “Apresentai-vos diante Dele com cânticos”
        Entrarei agora na parte final desse tema, pois em nossas emoções devemos celebrar nosso Senhor com nossos cânticos. Os homens e anjos foram feitos com capacidade de cantar. Nós não somos papagaios, os quais são ensinados e cantam no instinto de papagaio. Falta naquela ave o raciocínio e a beleza das emoções no cântico. Todo nosso ser deve se tornar um salão da verdade, onde tudo que aprendemos sobre nosso Deus deve irradiar sua luz e devemos sim promover grandes festas de poemas para nosso Amado, aquele que nos amou primeiro.
        Mas o texto nos fornece os ensinos, a fim de que haja um preparo: “Apresentai-vos...”. Somos qual noiva que se prepara para o encontro do noivo amado. Não nos atreveremos a dar nosso pior ao Senhor; não cantaremos aquilo que gostamos; não diremos aquilo que não seja verdade, dirigindo-nos ao Deus de toda verdade. Portanto, deve haver em nós o traje do temor, porque sabemos que o temor do Senhor é o princípio da sabedoria. Chegaremos perante Ele trajados de vestes de santidade, de respeito, de honras devidas a Ele, de palavras de sabedoria. Não brincaremos, cantando para ele e ao mesmo tempo saudando o mundo com seus vãos e inúteis louvores. Nosso Senhor não aceitará nossos cânticos, se não estivermos em pureza e entregues totalmente Ele, conforme o Noivo amado requer.
        Deve haver em nós o traje da sabedoria naquilo que cantarmos. Parece repetição, mas refiro-me ao modo como nós examinaremos nossas canções. A música evangélica hoje está contaminada das impurezas deste mundo, porque elementos que jamais conheceram o Salvador fazem suas músicas e põem o nome de evangélicas, a fim de agradar a todos. A música comumente cantada nas igrejas hoje, nada tem das verdades tão vistas nas antigas músicas cantadas pelos santos do passado; músicas cheias da verdade da redenção, da santidade, do viver na peregrinação e da esperança dos santos para chegar ao lar. Quando falam de amor por Cristo, as letras modernas diferem das antigas, porque elas são ornamentadas de emoções carnais e não daquele espírito de santidade que tanto envolveu os santos, quando em palavras mostravam sincero, santo e humilde desejo de conhecer Aquele que lhes amou e que provou isso.
        Deve haver em nós o traje da contrição e sinceridade, senão nossos cânticos não serão aceitos. Que nos afastemos da hipocrisia, como se foge de uma serpente. O nosso Senhor conhece o coração e não aceita louvores de lábios insinceros. Cantar para Deus sem estar contrito e santo no viver resultará em maior perigo, pois o coração se tornará ainda mais fechado e logo há de manifestar sua apostasia total. Deve haver verdade brilhando em toda letra, mas condizendo com nosso viver. A fé deverá nos impulsionar a pensar Nele e em toda essa maravilhosa história que aprendemos Dele.
        No cântico deve haver o traje de um coração que se emociona em amor e de lábios que treme diante da glória do supremo. Quem somos nós? Somos nada neste mundo e foi só pela graça que fomos unidos ao nosso Deus, a fim de que Nele tornássemos tão importantes. Quando lembramos quem éramos e como fomos achados, certamente as emoções entram em ação. Por que não amarmos nosso Senhor? Por que não desejarmos conhece-Lo mais? Por que não desejarmos envolver nessa santa comunhão constantemente?

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