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“Para que todas as
árvores junto às águas não se exaltem na sua estatura, nem levantem a sua copa
no meio dos ramos espessos, nem as que bebem as águas venham a confiar em si,
por causa da sua altura; porque todos estão entregues à morte, até à terra mais
baixa, no meio dos filhos dos homens, com os que descem à cova” Ezequiel 31:14
INTRODUÇÃO:
Prezado leitor, quem são os habitantes
do inferno? Os orgulhosos. Deve ser uma notícia que vem pesar profundamente
nossos corações e há um motivo de força maior para isso, é que a queda no
pecado nos levou a ser arrogantes, altivos e soberbos e essas palavras
simplesmente destacam o que é o orgulho do homem em todas as suas
manifestações. Diante desses fatos, que nosso coração seja tomado de santo
temor. É o pecado do orgulho que leva homens e mulheres para o abismo. Por essa
razão, quando Deus salva o perdido, Ele o faz quando a pessoa está no pó, caída
e quebrantada. Deus nunca estendeu Sua mão para socorrer o orgulhoso, porque
este nunca se verá sentindo a necessidade de clamar em busca do socorro de
Deus. E os crentes sabem bem que muitas vezes Deus usa de severa disciplina com
eles, a fim de arrancar-lhes qualquer sinal de orgulho no viver.
Quero tomar este texto de Ezequiel
31:14, para mostrar a todos o quão terrível é o orgulho, pois é exatamente o
pecado que empurra homens e mulheres para o abismo. O peso da soberba no
coração é suficiente para atirar o perdido no abismo eterno. Se pudéssemos
pegar todas nossas iniquidades espremê-las, veríamos que resulta em orgulho. Satanás
é o rei dos orgulhosos, então seus filhos são conhecidos pelo orgulho no
coração. A bíblia está cheia de ensinos que nos mostram os perigos vistos no
orgulho. É impossível ler Provérbios, sem que esse assunto seja destacado ali.
Foi por causa do orgulho que Deus lidou com severa disciplina com o povo de
Israel, durante a travessia no deserto. Foi devido ao orgulho contumaz que Deus
trouxe castigos terríveis que caíram sobre elementos que se uniram contra Deus,
como o caso de Coré, Datã e Abirão (Números 16)
Antes de entrar nos detalhes do texto,
devemos saber que desde o capítulo 29 de Ezequiel, indo até o capítulo 32, Deus
está lidando com o Egito. Por centenas de anos o Egito foi uma nação poderosa e
de extrema importância no mundo antigo. Os egípcios desempenharam muito bem em
todos os assuntos no mundo daquele tempo, através da cultura, religião, comércio
e até mesmo política, pois sempre procurou ser pacífica com todas as outras
nações. Por essa razão que Israel sempre buscava refúgio no Egito. Mas é em
Ezequiel que mostra como o Egito teria toda sua pompa indo agua abaixo, porque
Nabucodonosor viria com seu exército perverso, trazendo terror à população
egípcia. Assim Deus arrancou do Egito toda sua fama e desde aquele tempo tornou
a nação num povo humilde e simples, como vemos até hoje. Na hermenêutica
bíblica, o Egito é usado no Velho Testamento para mostrar o mundo e os
mundanos. Israel querendo voltar e buscar refúgio no Egito, ao invés de buscar
refúgio no Senhor, mostra o que os crentes fazem, indo ao mundo para buscar
socorro e livramento ali.
Tomemos o texto também para servir como
severa advertência aos homens e mulheres que vivem no pecado. No texto Deus vai
mostrar o quanto o orgulho se desponta no viver e Deus usa ilustrações para
falar sobre isso Por essa razão devemos crer que os orgulhosos e mundanos estão
bem encaixados nesse verso lido. Tomemos o texto para que vejamos as lições que
nos são transmitidas. Ainda na introdução mostrarei essas três lições que se
destacam no texto, na linguagem divina.
1. Faraó, o orgulhoso rei do Egito é o tipo do
diabo – o rei dos orgulhosos (verso 10).
2. As árvores representam todos os que tomam a
mesma atitude de Lúcifer – os orgulhosos
(verso 14).
3. Tipificado nas árvores altas os orgulhosos
são vistos como:
- São
convencidos de sua altura – Se gabam em si mesmo: força, saúde, riqueza, prazeres, auto-suficiência,
independência, etc.
- Como
árvores altas são orgulhosos, pois creem que foram capazes em si mesmos de chegar onde chegaram: “...nem as que bebem as águas...”.
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