terça-feira, 17 de março de 2020

O GRANDE DESAFIO PARA A FÉ (10 de 11)


                        
“Celebrai com júbilo ao Senhor todos os moradores da terra; servi ao Senhor com alegria e apresentai-vos diante Dele com cânticos; sabei que o Senhor é Deus, foi Ele quem nos fez e dele somos...” (Salmo 100)
A CONFISSÃO DE FÉ EM ATITUDE DE CONSAGRAÇÃO: “...dele somos...”
        Nota-se que o poder do evangelho invadiu o coração daqueles que antes amavam o pecado, porque é impossível alguém amar o pecado e ainda amar o Deus da bíblia. Muitos pensam que o pecado é um tipo de vírus, e que algum “remédio” possa curar. Alguns pensam que uma religião ou mesmo um tratamento psicológico poderá curar o homem desse mal. Mas quanto engano! O pecado é a própria natureza do pecador, assim como a natureza de leão é de selvagem. Não esperamos que os leões passem a comer capim, nem que os porcos passem a fugir da lama. Assim também não esperamos que os homens passem a amar ao Senhor, se não for arrancada a velha natureza corrompida do velho homem em Adão.
        Homens e mulheres santificados na salvação sabem dessa verdade por convicção da verdade em todos os aspectos: “Ele nos comprou para que fôssemos Dele”. Essa é a confissão dos corações regenerados pelo poder da graça salvadora e foi essa a promessa graciosa de Deus no Velho Testamento, que Ele mesmo tiraria o coração embrutecido do pecado e colocaria um novo coração para amá-Lo e teme-Lo para sempre. Quão poderosa é a obra da graça, porquanto é algo feito soberanamente por Deus e esse mesmo Deus exibe ao mundo Suas obras de arte. Afinal, por que fomos criados? Não foi para glorificar Deus? Claro! O que ocorreu foi que o pecado entrou e destruiu tudo e assim o homem caído passou a agir exatamente ao contrário – odiar Deus. Mas é na conversão que a realidade das coisas vem às mentes e emoções.
        Também, a beleza de tudo isso é que homens e mulheres confessam essa verdade em atitude de profunda humilhação: “...ovelhas do Seu pastoreio”. Como assim? A resposta está no fato que os salvos imediatamente se deparam com sua condição de uma frágil ovelha. Antes, no pecado a vida era diferente, pois achava que era poderoso, livre e capaz de enfrentar Deus. Mas agora, humildes e sem qualquer defesa ante aos perigos eternais, eis que eles percebem o quanto precisavam e precisam desse Pastor. Que confiança! Que bondade e cuidado do Senhor em favor do Seu povo eleito!
        Também, a verdade vai ainda mais profunda, pois descobrem que eles são ovelhas do Seu pastoreio. Quanta alegria tal verdade enche os corações santificados! Antes, atirados no mundo eles eram errantes, sem pastor; antes estavam expostos às crueldades das feras da maldade, mas agora estão sob os cuidados contínuos do Pastor que nunca falha, que nunca se afasta e que sabe perfeitamente como cuidar de cada uma de Suas ovelhas. Nosso Senhor trata disso em Ezequiel, quando Ele mesmo diz que iria buscar Suas ovelhas e em João 10 Ele afirma que têm essas ovelhas que o Pai lhe confiou, que elas jamais se perderiam e que nenhuma poderia ser arrancada de Sua mão e da mão do Seu Pai. Não é uma maravilhosa história de amor?
        Sendo assim, como seríamos medíocres em não buscar conhecer nosso Senhor e saber que Ele é Deus! Não é para que nós nos gastemos nesse conhecimento? Não é para que meditemos e busquemos essa constante comunhão com Aquele que é o amado de nossa alma?

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