“Então,
perguntou Jesus aos doze: Porventura, quereis também vós outros retirar-vos?
Respondeu-lhe Simão Pedro: Senhor, para quem iremos? Tu tens as palavras da
vida eterna; e nós temos crido e conhecido que tu és o santo de Deus” (JOÃO
6:67-69)
OS
FUNDAMENTOS DA VERDADEIRA CONFISSÃO: “...nós temos visto e conhecido...”
A resposta do crente à interrogação do
Senhor mostra que ele tem uma escolha sábia: “...tu tens as palavras de vida
eterna”. Eis aí a verdadeira sabedoria, conforme Deus mostra em Sua palavra.
Ela é diametralmente oposta à sabedoria que o mundo tanto busca, mas que não
passa de loucura. Olhemos o livro de Provérbios para que entendamos que tudo
começa com o temor do Senhor (Provérbios 1:7); a vida verdadeira começa numa
conversão sincera, que põe a face do homem perante a face do Senhor e Salvador.
A sabedoria verdadeira mostra o caminho que conduz à vida e não à destruição;
ela sobe rumo às riquezas que eternais, preparadas para os crentes em Cristo.
Foi exatamente essa a mensagem que Paulo passou para os crentes da igreja de Corinto,
no segundo capítulo. Eles tinham voltado para a sabedoria terrena, orgulhosa e
humanista, mas Paulo mostra uma sabedoria, a qual era desconhecida para os
grandes e cultos deste século – a sabedoria de Deus em Cristo.
Por que os arrependidos correm para
Cristo? Não é verdade que eles viram o quanto este mundo é um lugar perigoso?
Não é verdade que eles perceberam que tinham caído numa terrível cilada e que
caminhavam como bois para a holocausto sem fim? Os salvos dizem no coração: “Voltamos
para Ti, porque ouvimos acerca dos bens eternos, das riquezas que jamais se
acabarão”. Além disso, Cristo torna-se a suprema riqueza dos salvos: “Cristo,
nome de valor; Cristo forte redentor; Cristo, sumo, bom Pastor, sou teu
eternamente!”. Conversão sincera é um casamento espiritual; é o grande Senhor
se unindo a uma alma; é Deus mostrando Seu incondicional amor aos perdidos e
indo à procura deles para toma-los para Si mesmo: “Com amor eterno eu te amei,
por isso com benignidade te atraí”.
Devo agora entrar na parte final desta
mensagem, na esperança de que seja rica, cheia de provisão da graça aos que
amam a verdade revelada. Toda obra salvadora funciona com a máquina da
compaixão. Ninguém vai ao Senhor por si mesmo; ninguém dá um passo sequer na
direção do Salvador, se não for pela incrível força da abundante graça. Se não
fosse a real compaixão, Pedro e os outros teriam fugido da presença do Senhor,
mas seus ouvidos foram abertos e as palavras de vida eterna soaram como
sinfonia celestial para eles. Nós os crentes estamos na mesma condição, porque
não fosse o trabalho poderoso de um Deus carregado de misericórdia, teríamos
corrido, como sempre corremos de Deus. Os homens sempre estão dizendo que a
mensagem de salvação é muito dura, mas eles nem sequer lembram que vivem
dizendo coisas duras contra Deus no dia a dia.
O que acontece com os homens no pecado?
O que acontecia conosco, quando vivíamos na condição de réus condenados? Não é
verdade que fugíamos de Deus, porque tínhamos medo da luz? Não é verdade que
nossa habitação era distante da verdade celestial e que nem um pouco queríamos
nos humilhar para ouvir a verdade do amor eterno?
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