“Os mortos não louvam
ao Senhor, nem os que descem à região do silêncio, nós, porém, bendiremos ao
Senhor desde agora e para sempre. Aleluia” (Salmo 115:17,18)
AQUELES QUE NÃO LOUVAM AO SENHOR: “os mortos”
É óbvio que Deus
não espera louvores dos mortos. A aparência não engana a Deus, o qual é Deus de
vivos. Ora, nós não esperamos que os mortos se ergam para falar conosco e
lembrar das boas coisas. Assim também não há qualquer esperança que alguém na
condição de espiritualmente morto venha abrir sua boca em louvor a Deus. Já
mostramos o quanto o próprio Salmo 115 revela o estado de ignorância deles: “Onde
está o vosso Deus?” Alguém que desconhece o Deus dos crentes, como poderá se
ajuntar aos crentes para louvar Aquele que nunca viu. Poderá, à semelhança dos
gregos, fazer uma estátua ao “deus desconhecido” (Atos 17), mas ao Deus que
lhes dá força, comida, chuva, saúde, etc. eles resistirão até à morte, a fim de
não atribuir-Lhe qualquer louvor.
Mas o texto
não para nos mortos, porque vai falar também daqueles que descem para o abismo:
“Os que descem à região do silêncio”. Um amigo meu contestou minha posição no
texto quando expus que os mortos no Salmo 115 tratam-se de “mortos espirituais”.
Mas o ensino que vem em seguida prova essa verdade. O verso do Salmo 115 mostra
os mortos que estão ainda no mundo e mostra também os que descem para o
inferno. A “região do silêncio” sem dúvida trata do fato que não podemos ouvir
qualquer som proveniente nem do cemitério, nem do inferno. Os mortos
espirituais se mobilizam aqui no mundo; eles falam, veem, andam e prestam
serviços. Mas tudo isso finda com a morte física deles. Enquanto a morte
espiritual lhes paralisa aqui, eis que a morte eterna e física vem para
paralisar tudo o que aqui foi usado tão inutilmente.
Quantas
lições vêm para nosso ensino! Quantas verdades vêm nos humilhar e nos colocar
no pó! Eis aí um dos mais poderosos versos que trata da condição do homem em
seu estado de depravação total. Os homens não toleram ouvir essas coisas, nem
mesmo dentro das igrejas. Mas a verdade está bem exposta pelo Espírito Santo no
texto em pauta. Os que estão mortos espirituais, assim que vem a morte física
eles descem, enquanto os vivos que fisicamente morrem, eles sobem. Olhando na
aparência, parece que ambos vão na mesma direção, que não há diferença. Mas o
fato é que os que têm vida jamais vão descer, enquanto os mortos realmente são
levados para a sepultura física e para o além, de onde jamais poderão retornar.
Os santos de Deus não morrem; eles são mortos apenas fisicamente, mas quanto o
que eles são diante de Deus, isso faz com que o povo salvo jamais conheça a
morte, à semelhança do que ocorre com os perdidos aqui.
Outra lição
que devemos saber é que os que estão mortos em seus pecados, jamais poderão
louvar a Deus no além. Se aqui não fizeram isso, como fazer lá? O inferno é
lugar de gritos, lamentos, horrores, vergonha, dores incessantes e contínuas
manifestações de ódio. Os homens não mudam quanto a morte; a morte física não
faz cessar o ódio, ateísmo, maldade e perversidade deles. Os homens não
carregam na morte os bens que aqui tiveram, mas carregam sua natureza ligada ao
pecado. Mas os vivos sobem em louvor.
Isso ocorre aqui e ocorrerá essa festa santa, assim que os santos de Deus
estiverem para sempre livres desse corpo corruptível, no qual vivem aqui.
Não é um
momento maravilhoso, para que todos possam considerar essas verdades? Não é um
momento para que homens sejam despertados da condição tão vil e degradante,
onde o pecado lhes colocou? Não é um momento para humilhação? Não é um momento
para que pecadores se arrependam e se convertam a Cristo? Não é um momento
maravilhoso, para que os santos se dediquem ainda mais ao Senhor que tanto lhes
amou?
Nenhum comentário:
Postar um comentário