“Então,
perguntou Jesus aos doze: Porventura, quereis também vós outros retirar-vos?
Respondeu-lhe Simão Pedro: Senhor, para quem iremos? Tu tens as palavras da
vida eterna; e nós temos crido e conhecido que tu és o santo de Deus” (JOÃO
6:67-69)
QUANDO
HOMENS SÃO SOCORRIDOS: “Para onde iremos nós?”
“Corremos para ti, porque tu és a fonte
de alegria e prazer”. Os que são salvos não titubeiam na salvação; não correm
com Ló para o monte, mas têm o olhar voltado para Sodoma. A graça mostra as
maravilhas de Jesus; é um casamento cuja ligação dura para sempre. Antes o
mundo era sua ambição, o lugar onde achavam que havia um tesouro oculto, mas ao
ver Jesus tudo muda; Sua salvação não é meramente para tirar alguém da ira
vindoura, mas muito mais para que o salvo venha a pertencer a Ele, num vínculo
de amor. Os salvos percebem que em Cristo há alegria, júbilo, regozijo, por
isso eles entendem o que significa: “Alegrai-vos no Senhor!”.
Moisés compreendeu isso como sendo
infinitamente melhor do que todo tesouro, fama e glória achados na mais alta
posição do Egito. Não foi algo apenas mental, mas vivido por ele no dia a dia,
por isso era seu prazer entrar na tenda da congregação e comungar com seu
Senhor. Observemos os sábios, santos e dedicados servos do Senhor; como eles
gastam tempo na presença Dele, em oração e na Palavra. O fraco Pedro, quando
entendeu sua desgraçada atitude em negar o Senhor, qual foi sua atitude? Chorar
copiosamente. Houve qualquer momento que o convertido Saulo de Tarso quis
voltar? Claro que não! O partir e estar com Cristo era para ele a mais gloriosa
bênção que poderia ter. Por que homens santos de Deus enfrentaram provações,
fome e perseguições? Não foi por amor a Cristo? Claro! Nos salvos a
interrogação de Pedro está marcada em seus corações: “Para onde iremos nós?”.
“Corremos
para ti, porque tu és cheio de compaixão e isso não achamos nos homens”. Eis aí
a resposta das almas humildes, arrependidas. A pobre mulher adúltera (Lucas 15)
estava cansada, sem achar abrigo no meio dos homens; olhares de censura e
palavras amaldiçoadoras eram como que armas apontadas em sua direção, até que
pode achar o Senhor, pois ela sabia que no meio de tantas desgraças, ali estava
o Deus compassivo. Nele o pobre órfão e a viúva encontram abrigo, pois Seus
braços são acolhedores. Milhares e milhares de homens e mulheres correram pela
fé para o Autor da salvação e se abrigaram Nele. Além disso, ouça os cânticos
dos salvos; ouçam suas poesias de amor ao Rei. Ah! Quanto motivo de ódio da
parte do diabo! Os santos cantam canções da redenção e pela fé ordenam a alma
para fazer o que a natureza pecaminosa não quer: “Ó minha alma, não silencie!
Cante as canções sem fim da redenção!”
Assim, por que fugir? Quantos fogem
porque não querem ouvir das maravilhas eternas. Corações endurecidos são
fanáticos por mentiras religiosas; os olhos apaixonados querem ver as belezas
da Sodoma e da Gomorra, marcadas para a destruição. Por que buscar isso? Fugir
da presença do grande EU SOU? Como o homem rico, sair da presença Dele, só porque não quer perder os laurés terrenos
e passageiros? Ó que loucura dos homens! Eis a porta aberta para os pecadores!
O perigo jaz do lado de fora, não na casa de amor desse grande Deus; o perigo
está no mundo, no meio dessa confusão e burburinho, de um mundo agitado, sem
Deus.
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