terça-feira, 11 de fevereiro de 2020

QUEREIS TAMBÉM RETIRAR-VOS? (7)



“Então, perguntou Jesus aos doze: Porventura, quereis também vós outros retirar-vos? Respondeu-lhe Simão Pedro: Senhor, para quem iremos? Tu tens as palavras da vida eterna; e nós temos crido e conhecido que tu és o santo de Deus” (JOÃO 6:67-69)
QUANDO HOMENS SÃO SOCORRIDOS: “Para onde iremos nós?”
        “Corremos para ti, porque tu és a fonte de alegria e prazer”. Os que são salvos não titubeiam na salvação; não correm com Ló para o monte, mas têm o olhar voltado para Sodoma. A graça mostra as maravilhas de Jesus; é um casamento cuja ligação dura para sempre. Antes o mundo era sua ambição, o lugar onde achavam que havia um tesouro oculto, mas ao ver Jesus tudo muda; Sua salvação não é meramente para tirar alguém da ira vindoura, mas muito mais para que o salvo venha a pertencer a Ele, num vínculo de amor. Os salvos percebem que em Cristo há alegria, júbilo, regozijo, por isso eles entendem o que significa: “Alegrai-vos no Senhor!”.
        Moisés compreendeu isso como sendo infinitamente melhor do que todo tesouro, fama e glória achados na mais alta posição do Egito. Não foi algo apenas mental, mas vivido por ele no dia a dia, por isso era seu prazer entrar na tenda da congregação e comungar com seu Senhor. Observemos os sábios, santos e dedicados servos do Senhor; como eles gastam tempo na presença Dele, em oração e na Palavra. O fraco Pedro, quando entendeu sua desgraçada atitude em negar o Senhor, qual foi sua atitude? Chorar copiosamente. Houve qualquer momento que o convertido Saulo de Tarso quis voltar? Claro que não! O partir e estar com Cristo era para ele a mais gloriosa bênção que poderia ter. Por que homens santos de Deus enfrentaram provações, fome e perseguições? Não foi por amor a Cristo? Claro! Nos salvos a interrogação de Pedro está marcada em seus corações: “Para onde iremos nós?”.
         “Corremos para ti, porque tu és cheio de compaixão e isso não achamos nos homens”. Eis aí a resposta das almas humildes, arrependidas. A pobre mulher adúltera (Lucas 15) estava cansada, sem achar abrigo no meio dos homens; olhares de censura e palavras amaldiçoadoras eram como que armas apontadas em sua direção, até que pode achar o Senhor, pois ela sabia que no meio de tantas desgraças, ali estava o Deus compassivo. Nele o pobre órfão e a viúva encontram abrigo, pois Seus braços são acolhedores. Milhares e milhares de homens e mulheres correram pela fé para o Autor da salvação e se abrigaram Nele. Além disso, ouça os cânticos dos salvos; ouçam suas poesias de amor ao Rei. Ah! Quanto motivo de ódio da parte do diabo! Os santos cantam canções da redenção e pela fé ordenam a alma para fazer o que a natureza pecaminosa não quer: “Ó minha alma, não silencie! Cante as canções sem fim da redenção!”
        Assim, por que fugir? Quantos fogem porque não querem ouvir das maravilhas eternas. Corações endurecidos são fanáticos por mentiras religiosas; os olhos apaixonados querem ver as belezas da Sodoma e da Gomorra, marcadas para a destruição. Por que buscar isso? Fugir da presença do grande EU SOU? Como o homem rico, sair da presença Dele,  só porque não quer perder os laurés terrenos e passageiros? Ó que loucura dos homens! Eis a porta aberta para os pecadores! O perigo jaz do lado de fora, não na casa de amor desse grande Deus; o perigo está no mundo, no meio dessa confusão e burburinho, de um mundo agitado, sem Deus.

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