“Os mortos não louvam
ao Senhor, nem os que descem à região do silêncio, nós, porém, bendiremos ao
Senhor desde agora e para sempre. Aleluia” (Salmo 115:17,18)
OS QUE PODEM LOUVAR AO SENHOR: “nós” (verso 18).
A ênfase
agora passa para os que realmente podem louvar ao Senhor e nisso nos alegramos,
porque se têm homens e mulheres que podem louvar ao Senhor neste mundo, é sinal
claro que Ele está operando maravilhas na terra; com certeza Ele tem dado vida
aos mortos, a fim de mudar-lhes o coração e abrir-lhes a boca. É óbvio que os
que louvam ao Senhor fazem isso porque estão vivos, por isso Deus, o Deus vivo
é o Deus deles. Essa verdade é tremendamente assustadora para este mundo que
jaz no maligno e para o reino das trevas; por outro lado essa verdade encanta
os céus, com os anjos e os remidos em festa.
Voltemos ao
texto, porque os detalhes dinamizam esses fatos. Acontece que a fé genuína
agrupa os que louvam: “nós”. Os santos de Deus estão unidos no verdadeiro
louvor; eles não o fazem com meras músicas, mas sim com o fato que eles
bendizem ao seu Deus. Ora, o mundo pode falar de Deus, mas não fala bem Dele,
porque não O conhece. Mas os crentes conhecem o Senhor, e à medida que avançam
no entendimento da verdade revelada eles também ampliam o conhecimento. É esse
real louvor que faz com que os crentes sejam diferentes, que eles tenham o
mesmo linguajar da fé e que brilhem no mundo com uma mensagem gravada em seus
corações. Não há mentira na reunião de louvor deles; eles não se associam com
alguma mentira; eles não se simpatizam com seitas religiosas, porque sabem que
qualquer mentira faz com que eles se associem com o louvor mundano. A verdade
do evangelho é a força dos santos; a mensagem da cruz é a base da salvação; a
humildade e temor ao Senhor cercam suas vidas e as provações e experiências na
jornada fazem com que o louvor seja ainda mais fortes e calorosos em fé, amor e
esperança.
Também, os
vivos louvam com verdadeiro sentido de louvor bíblico: “Bendiremos”. Eles não
são impulsionados por meros sentimentos gerados pela natureza carnal. Eles não
são empurrados pelas circunstâncias, porque a verdade salvadora brilhou em seus
corações, por essa razão eles são persistentes em confessar: “...nós porém
bendiremos...”. Quem poderá mudar isso? Quem pode emudecer homens e mulheres
que foram justificados perante Deus com a perfeita justiça de Cristo? Quem
poderá travar os lábios de corações cheios de prazer por santidade e desejos
por agradar a Deus? Quem poderá tirar os homens do ambiente da luz da verdade,
que brilha mais e mais até ser dia perfeito? Notemos como todo o ser do ladrão
convertido na cruz mudou. Antes tudo era formado pelo pecado para falar mal de
Deus, mas eis que imediatamente o louvor santo entrou em ação. Ele chama a
atenção do seu antigo colega e mostra a loucura na qual vivia. O convertido é
assim, porque é visto os sinais de louvores nos lábios e no viver.
Conversão
que não é vista em santo louvor nos lábios e no viver humilde, não é conversão
a Deus. O louvor é visto em atos, porque em tudo o convertido estará declarando
que Deus é verdadeiro e que o viver antigo dele era somente mentira. Olha a
igreja em Tessalônica, porque quando aqueles homens e mulheres se converteram
mostraram o louvor e adoração a Deus simplesmente lançando fora seus ídolos e
passando a viver para Deus. O louvor dos crentes é como uma lâmpada
continuamente acesa; seus olhos foram abertos, os ouvidos passaram a ouvir e
assim todo corpo se tornou luminoso uma vez que receberam a verdade. Havia isso
na igreja primitiva, porque em cada alma havia temor e juntos eles estavam
adorando, louvando e cantando hinos ao Senhor. E as perseguições só farão com
que os louvores brotem mais em fé sincera e perseverante.
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