sexta-feira, 28 de fevereiro de 2020

O LOUVOR AO SENHOR (9 de 10)


               
“Os mortos não louvam ao Senhor, nem os que descem à região do silêncio, nós, porém, bendiremos ao Senhor desde agora e para sempre. Aleluia” (Salmo 115:17,18)
OS QUE PODEM LOUVAR AO SENHOR: “nós” (verso 18).
        A ênfase agora passa para os que realmente podem louvar ao Senhor e nisso nos alegramos, porque se têm homens e mulheres que podem louvar ao Senhor neste mundo, é sinal claro que Ele está operando maravilhas na terra; com certeza Ele tem dado vida aos mortos, a fim de mudar-lhes o coração e abrir-lhes a boca. É óbvio que os que louvam ao Senhor fazem isso porque estão vivos, por isso Deus, o Deus vivo é o Deus deles. Essa verdade é tremendamente assustadora para este mundo que jaz no maligno e para o reino das trevas; por outro lado essa verdade encanta os céus, com os anjos e os remidos em festa.
        Voltemos ao texto, porque os detalhes dinamizam esses fatos. Acontece que a fé genuína agrupa os que louvam: “nós”. Os santos de Deus estão unidos no verdadeiro louvor; eles não o fazem com meras músicas, mas sim com o fato que eles bendizem ao seu Deus. Ora, o mundo pode falar de Deus, mas não fala bem Dele, porque não O conhece. Mas os crentes conhecem o Senhor, e à medida que avançam no entendimento da verdade revelada eles também ampliam o conhecimento. É esse real louvor que faz com que os crentes sejam diferentes, que eles tenham o mesmo linguajar da fé e que brilhem no mundo com uma mensagem gravada em seus corações. Não há mentira na reunião de louvor deles; eles não se associam com alguma mentira; eles não se simpatizam com seitas religiosas, porque sabem que qualquer mentira faz com que eles se associem com o louvor mundano. A verdade do evangelho é a força dos santos; a mensagem da cruz é a base da salvação; a humildade e temor ao Senhor cercam suas vidas e as provações e experiências na jornada fazem com que o louvor seja ainda mais fortes e calorosos em fé, amor e esperança.
        Também, os vivos louvam com verdadeiro sentido de louvor bíblico: “Bendiremos”. Eles não são impulsionados por meros sentimentos gerados pela natureza carnal. Eles não são empurrados pelas circunstâncias, porque a verdade salvadora brilhou em seus corações, por essa razão eles são persistentes em confessar: “...nós porém bendiremos...”. Quem poderá mudar isso? Quem pode emudecer homens e mulheres que foram justificados perante Deus com a perfeita justiça de Cristo? Quem poderá travar os lábios de corações cheios de prazer por santidade e desejos por agradar a Deus? Quem poderá tirar os homens do ambiente da luz da verdade, que brilha mais e mais até ser dia perfeito? Notemos como todo o ser do ladrão convertido na cruz mudou. Antes tudo era formado pelo pecado para falar mal de Deus, mas eis que imediatamente o louvor santo entrou em ação. Ele chama a atenção do seu antigo colega e mostra a loucura na qual vivia. O convertido é assim, porque é visto os sinais de louvores nos lábios e no viver.
        Conversão que não é vista em santo louvor nos lábios e no viver humilde, não é conversão a Deus. O louvor é visto em atos, porque em tudo o convertido estará declarando que Deus é verdadeiro e que o viver antigo dele era somente mentira. Olha a igreja em Tessalônica, porque quando aqueles homens e mulheres se converteram mostraram o louvor e adoração a Deus simplesmente lançando fora seus ídolos e passando a viver para Deus. O louvor dos crentes é como uma lâmpada continuamente acesa; seus olhos foram abertos, os ouvidos passaram a ouvir e assim todo corpo se tornou luminoso uma vez que receberam a verdade. Havia isso na igreja primitiva, porque em cada alma havia temor e juntos eles estavam adorando, louvando e cantando hinos ao Senhor. E as perseguições só farão com que os louvores brotem mais em fé sincera e perseverante.

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