“Celebrai
com júbilo ao Senhor, todos os moradores da terra” (Salmo 100:1)
A
FESTA DA CELEBRAÇÃO “Celebrai com júbilo ao Senhor...”
Notem que é convocado o povo de Deus de
Deus e entendemos que somente os crentes podem celebrar a grande festa, porque
eles o fazem porque creem Nele. Sempre foi assim, mesmo na história do Velho
Testamento, os convocados eram os judeus crentes, o povo eleito. A razão obvia
é que ninguém mais se interessa por essa celebração. Veja bem, não estou
tratando de festa numa igreja, numa praça, ou no evento conhecido aqui no
Brasil de “Marcha para Jesus”. A fé não se regozija com o que é externo e
meramente transitório, porque essas luzes com o tempo apagam. Mas a fé jamais
apaga, ela é a lâmpada acesa do homem interior renovado pela graça. Portanto,
os crentes são convocados a realizar essa celebração e essa festa é do coração
deles, porque a luz da graça salvadora está acesa ali. Quando há festa no
coração, todo ambiente enche de alegria.
Também, a celebração diferente daquilo
que o mundo pensa e faz, porque a religião mundana não conhece o temor ao
Senhor. A vida do crente tem luzes da palavra de Deus brilhando em todo seu
ser, mediante os santos ensinos da palavra. O temor ao Senhor levou a igreja
primitiva a reunir-se todos os dias; havia alegria intensa neles, pois foram
arrancados da ilusão religiosa de um judaísmo sem vida; a mensagem de Pedro em
Joel foi o martelo que esmiuçou seus corações, levando aqueles homens a sentir
no íntimo a profunda culpa que tanto dilacerou o íntimo, a ponto de clamar: “Que
faremos irmãos?” Aquele que eles tanto desprezaram, a ponto de pedir que fosse
crucificado, agora habita neles; aquele que andava fazendo o bem, com sinais e
maravilhas veio ser o Senhor, habitando para sempre em seus corações. Aqueles
novos crentes em Cristo reuniam para celebrar com júbilo ao Senhor.
Saulo saiu de Jerusalém rumo à cidade de
Damasco, como um terrorista religioso, mas tombou ali velho Saulo, para nascer
Paulo; com júbilo esse novo homem voltou a Jerusalém, desarmado por fora, mas
armado de vibrante fé no íntimo, celebrando o conhecimento que teve naquela
visão gloriosa e cheia de compaixão (Atos 9). Tem sido assim na história do
cristianismo, porque milhares de salvos pela graça passaram a celebrar pela fé
o Senhor que lhes salvou. Normalmente a festa mundana termina em tristeza e
tende a levar à depressão. Belsazar celebrou a sua festa de prazeres sensuais
no palácio, mas logo Deus mesmo fez com que o júbilo inútil fosse dissipado,
trazendo horror e morte aos rebeldes (Daniel 5). Como a festa mundana difere da
celebração dos santos! Quando Simeão
tomou a criança dos braços ternos de Maria, aquele sincero crente pode celebrar
aquela visão do Salvador com intensa alegria e a disponível vontade submissa a
Deus para sair deste mundo.
Como podemos nós celebrar as maravilhas
do Senhor? Quanta tristeza vemos esse cristianismo moderno! Tudo hoje não passa
de uma celebração carnal intitulada de “evangélica”, porque não vemos o temor
do Senhor, mas sim uma reunião do mundo com os chamados crentes. Podem tais
pessoas celebrar com júbilo ao Senhor? Claro que não! Reunir as trevas com a
luz? Associar a impiedade com os piedosos? Não é verdade que o Senhor não está
presente ali? Como podemos unir o culto ao Deus santo com o culto prestado ao
diabo?
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