“Por isso, quem crê
no Filho tem a vida eterna; o que, porém permanece rebelde contra o Filho não
verá a vida, mas a ira de Deus permanece sobre ele” (JOÃO 3:36)
A TRISTE SENTENÇA –
“...não verá a vida...”
No texto vemos claramente o quanto a
situação do homem no pecado é desesperadora, porque é uma declaração definida
de Deus: “Não verá a vida”. Os homens acham que são fortes, inteligentes e
felizes neste mundo, longe de Deus, mas a verdade é que eles não sabem nada das
mais preciosas e eternas riquezas que envolvem a vida de um crente; eles estão
longe, completamente distantes da realidade que envolve a vida que há no Filho.
Posso assegurar que sem a vida eles não terão conhecimento de Deus e da glória
de Deus por meio de Cristo. Afinal estão fora de Cristo, assim como um galho
que foi arrancado de uma árvore e que resseca por falta do verdor da seiva que
antes recebia do tronco. As maravilhas de Deus estão ocultas no Filho, assim
fora Dele o que se espera do pobre homem morto em seus pecados?
Também, a ausência da vida faz com que
eles jamais terão capacidade de saber quem são os verdadeiros inimigos. Para os
homens no pecado Deus é o real inimigo deles, por isso estão sempre armados e
se ocultando das verdades reveladas. Visto que os inimigos se ocultam nas
trevas, eis que eles não percebem as ciladas nem os perigos postos no caminho
pelo homicida (João 8:44). A ligação que os não salvos têm com os poderes das trevas
é profunda e dinâmica. Para eles a mentira é o prato delicioso que hão de comer
diariamente, em especial aquela comida recheada com palavras bonitas, que eles
acham que elas vêm de Deus.
Eles são guiados por caminhos perigosos,
mas eles não enxergam que estão marcados para serem lançados no abismo a
qualquer momento. A voz da serpente ainda é e será sempre bem ouvida; eles
acham que a voz do pai da mentira é a voz do próprio Deus. Nosso Senhor disse
aos judeus que, porque Ele falava a verdade, eles não criam Nele (João 8:45). A
vida em Adão é a vida mais preciosa que existe para quem não tem a vida que há
no filho; aqui é o céu deles, o paraíso que eles tanto querem curtir e estão
prontos até mesmo a morrer para que tudo aqui seja um palco de paz com o
pecado. O que espera para eles? Enquanto buscam um caminho confortável e
paradisíaco num mundo que está sob a ira de Deus, eles não veem que os suaves
terroristas invisíveis serão vistos quando seus olhos forem abertos no inferno.
Assim jamais eles terão capacidade de saber que se disfarçam na escuridão.
Sem a vida que está no Filho, eles
jamais conhecerão o amor de Cristo nos santos e o poder libertador da graça.
Para os ímpios vida cristão é escravidão; para eles liberdade é descida, enquanto
para os crentes liberdade é subida. Enquanto os salvos sobem rumo ao céu,
homens e mulheres sem vida descem a ladeira, cujo final é o abismo. Uma vez que
a vida é aqui mesmo, então tudo o que envolve felicidade, consiste naquilo que
eles veem e sentem. Há uma felicidade humanista aqui e quanto mais o mundo
entra nas profundezas do pecado, mais interesses os homens sentem pela simpatia
entre os homens. Eles não toleram o amor de Deus em Cristo, porque não suportam
o confronto com a verdade; eles odeiam a liberdade dos filhos de Deus, porque
tal liberdade não os impele ao pecado, mas sim à santidade. Os homens
destituídos da vida que há no Filho de Deus procuram às vezes imitar o
cristianismo, mas o objetivo deles é derrubar os santos e apagar o testemunho
deles. Sempre fizeram isso na história e agora fazem muito mais.
Ó! Que maravilha quando vemos uma alma
querendo conhecer o Senhor! É sinal de que Deus já tirou alguém da morte para a
vida. É o primeiro ato na salvação – dar vida. Quando isso ocorre, eis que todo
ser do homem funcionará na busca pela verdade e sua face brilhará de alegria ao
ouvir pela fé o doce chamado do Salvador: “Vinde a mim!”.
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