“Por isso, quem crê
no Filho tem a vida eterna; o que porém permanece rebelde contra o Filho não
verá a vida, mas a ira de Deus permanece sobre ele” (JOÃO 3:36)
UMA CONDIÇÃO
PERMANENTE SEM VIDA.
Quero continuar lançando esse alicerce
doutrinário, mostrando aos meus leitores o quanto os homens no pecado não têm
vida e não verão a vida, caso forem deixados sem uma visitação misericordiosa
da parte de Deus. Notemos bem que a bíblia não mostra essa condição dos homens
a partir de alguma ocasião posterior à queda. Lembremos bem que Deus mostra a
raça caída em Adão desde a decisão que ocorreu ali. Todos em Adão, então todos
pecaram em Adão, conforme a verdade mostrada em Romanos 5:12. Visto que nasci
no pecado, então Deus me vê como um morto espiritual e não como alguém quase
morto ou apenas enfermado. Todo nosso problema consiste em não ver a vida do
ponto de vista de Deus. Não cremos que a bíblia é Deus falando. Nossa
incredulidade vil nos empurra à tanta desilusão e derrota.
Assim
todo crente poderá entender a diferença entre a vida natural e a vida eterna se
apenas voltar seu antigo estilo de vida antes da conversão. Minha expectativa é
que meus leitores crentes não pensam que nasceram crentes. Já mencionei algumas
vezes em meus escritos acerca de minha vida, antes da minha conversão. Minha
mãe era uma mulher crente sincera e me levava à igreja e assim eu aprendi os
costumes e os hinos cantados ali. Claro que todo esse aparato religioso serviu
muito para o serviço de Deus agora. Mas eu era um homem morto! Mesmo sendo
livre de sérios e grosseiros pecados. Mesmo assim em nada diferia dos padrões
deste mundo, pois eu não tinha qualquer interesse por Deus, não conhecia o
Senhor e Ele não habitava em meu coração.
Quando tratamos de vida eterna,
certamente devemos distinguir essa vida da vida natural. Eu nasci um dia,
cresci tendo o nome que meus pais me deram; aprendi a falar, andar, ler, ter
amigos, decidi casar e assim por diante. Essa é a vida que todos têm – a vida
natural, mas ela nada tem a ver com a vida eterna. Aquela passa com a morte,
esta é permanente. Assim precisamos discernir os sinais claros e inequívocos de
vida eterna, a fim de fazer diferença da vida natural que todos têm. Quando
lemos o livro de Eclesiastes é fácil ver ali que o escritor está mostrando a
vida natural e não a vida espiritual. Todo estilo de vida rica, confortável,
saudável é vista abaixo do sol, nada acima dele. Até mesmo a linguagem
religiosa em Eclesiastes é usada falando de Deus, como todo homem natural fala,
mas não de Deus como o Senhor. Até o final do livro mostra exortações
referentes à vida natural: “Lembra-te do teu criador nos dias da tua mocidade”.
Não há uma visão da eternidade e não é mostrada uma necessidade urgente de
salvação ali. O que acontecia comigo? Por que não tinha a vida que há no Filho?
Afinal, não era chamado de crente? O que a bíblia fala é que eu estava morto
para Deus, mas vivo para o mundo; eu era completamente estranhos às realidades
eternas, nada sabia dos meus pecados e da minha condição de condenado. Quando
meditava na volta de Cristo e tinha medo, pois não tinha qualquer segurança
concernente a salvação de minha alma, conforme diz um antigo hino: “Bem longe
de Deus eu andava, um pobre perdido fui eu; pensava que fosse impossível entrar
a minha alma no céu”
Será que podemos entender isso? A vida
natural morre aqui; a vida eterna é para sempre. Quando a pessoa recebe a vida
eterna por ocasião de sua salvação, logo percebe-se que a vida eterna passa a
dominar a vida natural; os desejos da carne são superados e vencidos pelos
desejos espirituais; logo é visto que há um homem novo no coração, o qual vai
crescendo e renovando mais e mais em poder, fé e genuíno amor. Enquanto isso, o
homem natural segue no mesmo estado dia a dia; não há sinais de mudanças; não
há interesses por realidades eternas, porque seu coração está no mundo e
morrerá com tudo isso.
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