“Por isso, quem crê
no Filho tem a vida eterna; o que, porém permanece rebelde contra o Filho não
verá a vida, mas a ira de Deus permanece sobre ele” (JOÃO 3:36)
A TRISTE SENTENÇA – “...não
verá a vida...”
A razão óbvia é que não verá a vida,
porque ela está no Filho: “quem tem o Filho tem...”. Nada tem a ver com minha
religião ou com outra religião. Nada tem a ver com minha família crente, ou
mesmo o caráter e bons costumes. Deus não está lidando com coisas desta vida
aqui. Também não está referindo à ligação com os poderes das trevas e o
trabalho tão ardiloso do diabo. No pecado os homens estão ligados a Adão; nós caímos
em Adão e pecamos nele. A bíblia está referindo a nossa ligação com o cabeça
federal da raça: “Assim como por um só homem entrou o pecado no mundo...”. O
pecado fulminou a raça; o tombo foi da raça e a culpa é de todos. Deus não está
vendo a idade, a aparência, a formação religiosa, a cor nem a condição social,
porquanto a morte atingiu a todos.
Não há, em nenhum lugar deste mundo uma
pessoa sequer que não tenha sido atingindo pela morte e os cuidados contra a
morte física ocupam a mente, emoções e trabalhos dos homens no mundo inteiro.
Por onde andarmos vemos os cemitérios e a dor assumindo o controle de tudo e de
todos. Por quê? Somos nós ligados a Deus? Temos algum parentesco com Jesus?
Não! Nosso Senhor foi direto com a verdade aos corações soberbos dos judeus: “Vós
tendes por pai ao diabo e quereis satisfazer-lhes aos desejos...” (João 8:44).
Vemos como o pecado não tornou o mundo um lugar paradisíaco; não há como fazer
daqui um ambiente de festas, porque tudo ao derredor está pronto para aniquilar
as tentativas de felicidade. A festa de Belsazar foi transformada em terror
(Daniel 5). De repente, o arrogante e blasfemo Herodes foi feito num apetitoso
prato para os vermes (Atos 12). Onde a morte está não há vida e o que parece
ser vida é apenas aparência; o que parece ser esperança é desmanchado num
instante. Não precisamos ir longe, basta que encaremos o passado da história da
raça, para que saibamos o que foi que a morte fez. A frente tudo parece lindo,
como as lindas campinas de Sodoma, mas ao olhar para trás vemos como tudo é
transformado em cinzas.
Não verá a vida porque não há
possibilidade de vê-la fora da determinação de Deus e Ele é o Autor da vida.
Não há possibilidade de achar vida fora do Senhor. Sem Ele tudo é morte,
trevas, dor, miséria, sofrimento, tristeza e angústia. Vemos como os homens são
incapazes de ver as realidades das coisas e eles mesmos não conseguem vê-las. É
satanás quem faz barulho no mundo; é o príncipe das trevas que movimenta o
ambiente, a fim de criar sensação de felicidade. Mesmo num Egito de escravidão,
a pobre raça ainda vê razão de achar vida ali, porque têm uma panela cheia de
iguarias. Satanás faz com que os homens pensem que comer, beber e levantar para
se divertir é que faz a vida ser de fato a vida. Há um Deus de compaixão; há um
Deus que olha e vê o estado de miséria de uma raça culpada; há um Deus de quem
procede a vida e é Ele quem pode prover vida aos perdidos.
Nosso Senhor olhou para Jerusalém com
tanta tristeza, pois tudo o que Ele fez por Israel, todo bem e extraordinárias manifestações
de justiça, amor e juízo, nada disso acordou o povo. Ele estava mostrando que
não há como mudar o homem; que não há como atrair uma raça caída para cima, a
não ser pela chamada da graça irresistível. O homem sem a vida que há no Filho
está morto! Que situação espantosa! O que fazer? Pode uma lei santa e justa
mudar o homem? Podem os anjos atrair os homens para Deus? Podem as melhoras
sociais e outras atividades terrenas e benéficas socorrer os homens? Não!
Somente o Autor da vida pode dar vida. Se Ele não entrar no cemitério e chamar
alguém dentre os mortos, eis que o defunto continuará em seu estado de defunto.
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