“Por isso, quem crê
no Filho tem a vida eterna; o que, porém permanece rebelde contra o Filho não
verá a vida, mas a ira de Deus permanece sobre ele” (JOÃO 3:36)
UMA CONDIÇÃO
PERMANENTE SEM VIDA.
Que saibamos que a ausência de vida é
mostrada na inútil maneira de viver, assim como Pedro fala em sua primeira
carta (1:18). Quão desnecessária é a forma de vida que leva o ímpio neste
mundo! Todos os seus esforços são gastos para aquilo que finda aqui; todos os
seus sonhos giram em torno de uma felicidade aqui. Se ajuntam dinheiro para
viajar, passear, conhecer pontos turísticos, logo aquilo passa e ferrenhos
desejos por felicidades os impulsionam a lutar por tudo o que a bíblia chama de
vaidade. Não significa que essas coisas em si mesmas são erradas, mas suas
finalidades e perigos que cercam não são perceptíveis, por falta da vida que é
realmente eterna, por ausência de uma visão além deste véu. Somente quando os
homens são salvos e assim recebem a vida é que eles conseguem entender e
avaliar tudo à luz da glória de Deus.
Assim, os homens sem a vida servem não a
Deus, mas ao pecado. Eis aí a real diferença entre a forma como os que têm vida
eterna observam as coisas. Eles vêem a vida do ponto de vista bíblico e se
desfrutam das belezas desta vida, eles o fazem para adorar a Deus e não para os
meros caprichos da carne. Sem a vida que há no Filho, a razão de tudo está aqui
mesmo, pois eles não conseguem ver além desta visão horizontal. Não foi assim
com o homem rico? Ele ajuntou seus bens a fim de usá-los na velhice. Do ponto
de vista dos homens ele estava certo, porém ele esqueceu de sua alma, porque se
apegou aos desejos sensuais.
Além de tudo, os seres humanos foram
criados para servir. Não há o que chamam de livre arbítrio. Somos escravos
daquele a quem obedecemos. Só há um que é livre e que não há de prestar contas
a ninguém e essa pessoa é Deus. Mas a ausência da vida que há em Cristo anula
esse fato, pois no pecado cada ser humano quer sentir-se como um deus: “Cada um
se desviava pelo caminho...”. Sem a vida os homens não veem que são escravos;
para eles o que vale é a liberdade, mas uma liberdade que lhes leva a expressar
seus insanos desejos por viver no pecado. Eles não percebem que não são livres
coisa alguma; não veem que são pobres e miseráveis escravos, que há poderes
terríveis que estão acima deles, dominando todo seu viver. Foi exatamente isso
o que o Senhor falou aos judeus em João 8:34: “...todo o que comete pecado é
escravo do pecado”. A liberdade que os homens sem a vida pensam que têm, parece
com a liberdade que o peixe tem na água, porém, quando são puxados para foram
começam a debater para voltar ao seu habitat.
Há também nos homens sem a vida eterna
que há no Filho uma insensibilidade a tudo o que se refere a Deus. Eles podem
falar de Deus, mas não tem qualquer ligação com o Deus da revelação bíblica. A
vida natural cria sua própria divindade, mas o fato é que eles desenham no
coração um estilo de divindade diferente, inferior a eles mesmos e destituído de
poder. Quando eles desenham ou fabricam seus deuses eles logo são vistos como
seres horríveis, ou mesmo como a figura de uma mulher sombria. Isso porque a
natureza sem a vida eterna não pode admitir alguém superior; não admite uma
divindade que venha a mexer com sua vida cheia de pecado.
E mesmo se lidar com a bíblia, o homem
sem a vida eterna não consegue entender a linguagem bíblica, por isso lidará
com a palavra de Deus de forma supersticiosa. Há no homem sem a vida eterna uma
insensibilidade a tudo aquilo que se refere a Deus. Sua mente é cheia de trevas
e seus sentimentos são levados para festejar suas mentiras. A mente deles está
ligada à terra, enquanto a dos crentes está ligada ao céu (Colossenses 3:1). Tentar
elevá-los às coisas celestiais é tentativa inútil, pois só entenderão as
verdades eternas quando receberem a vida que há no Filho.
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