quarta-feira, 14 de dezembro de 2016

RIQUEZAS OU JUSTIÇA? (7)


“As riquezas de nada aproveitam no dia da ira, mas a justiça livra da morte” (Provérbios 11:4)
ESCAPANDO DA MORTE ETERNA PELA JUSTIÇA.
        Ao entrar nessa parte final, quero considerar o perigo de viver emaranhado nas armadilhas que as riquezas põem no caminho de milhares. Muitos pensam que estão livres desse perigo, até que uma ocasião oportuna apareça. Labão mostrou o que era desde quando era novo. Assim que o servo de Abraão apareceu em sua casa, levando consigo tantas riquezas, a fim de adquirir Rebeca para ser esposa de Isaque, então os olhos daquele jovem se encheram de desejos pelas riquezas, e isso ele mostrou em suas palavras: “...entra bendito do Senhor, por que estás aí fora? Pois já preparei a casa e o lugar para os camelos” (Gênesis 24:30,31).
        Creio que não há um ídolo tão contagioso e letal quanto o amor às riquezas. É essa a divindade pagã que atrai outros milhares de ídolos. É firmado nessa vã confiança que homens criam seus ídolos para trazer chuvas, colheitas, saúde, prosperidades nos negócios, etc. É nesse amor encoberto às riquezas que pastores abandonam a fé e tomam caminhos mais fáceis para atrair as multidões. É nesse amor ao luxo e prazeres que homens inventam mentiras, criam fantasias e superstições religiosas; por causa desse amor às riquezas que elementos antes dóceis se tornam perversos e criminosos quando se sentem ameaçados. Esse é provavelmente o caminho mais enganoso e sofisticado para o inferno.
        Estou certo que muitos começam amamentando o ego constantemente. Muitos vão se afastando da verdade bíblica, recusam um viver de oração e de dependência de Deus. Sem dúvida Geazi acalentava no íntimo um conceito errado de ministério profético. Provavelmente olhava esse caminho como meio de alcançar lucros, pois normalmente os profetas eram ousados e respeitados. E isso foi provado quando as riquezas chegaram bem perto dele (2 Reis 5). Muitos parecem simples, humildes, corajosos, dedicados e consagrados, mas logo revelam que estavam enganados no íntimo, porque quando chega o momento das provas logo seus corações são descobertos e amor às riquezas aparece e a rebelião à vontade de Deus denuncia quem eles são.
        Aos poucos satanás vai tomando os corações para si. Conheci alguém que parecia ser um genuíno crente, trabalhador e cheio de amor por sua família. Mas logo percebi o quanto crescia nele a raiva em não ter o que outros tinham. Suas palavras revelavam não gratidão, não ações de graças, mas sim desprezo aos ricos. Não demorou muito para que abandonasse os caminhos do Senhor, deixasse sua esposa e filhos, a fim de procurar um meio de ganhar mais. Paulo fala que alguns homens que lhe ajudavam no ministério lhe abandonaram, porque amaram o presente século. Não há dúvida que foram atraídos pelas promessas deste mundo de uma vida melhor e mais confortável.
        Deus dá nomes terríveis a esse ídolo que tem levado milhares para o inferno. Em Isaías ele é chamado de “deus fortuna”. Noutras passagens aparecem palavras terríveis, como ganância, avareza, amor ao dinheiro e outros termos que designam essa idolatria inerente. Homens e mulheres caminham nessa vereda sem qualquer defesa contra a morte eterna. Homens e mulheres são pegos em armadilhas mortais nesse caminho. Situações aparecem para mostrar-lhes que as riquezas não podem livrar-lhes da punição eterna no dia da ira; que confiaram na ilusão e que por isso estão sozinhos, desamparados para o momento mais terrível de suas vidas, quando terão que deixar este mundo e passar para a eternidade.


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