“As riquezas de nada
aproveitam no dia da ira, mas a justiça livra da morte” (Provérbios 11:4)
ESCAPANDO DA MORTE
ETERNA PELA JUSTIÇA.
Ao entrar nessa parte final, quero
considerar o perigo de viver emaranhado nas armadilhas que as riquezas põem no
caminho de milhares. Muitos pensam que estão livres desse perigo, até que uma
ocasião oportuna apareça. Labão mostrou o que era desde quando era novo. Assim
que o servo de Abraão apareceu em sua casa, levando consigo tantas riquezas, a
fim de adquirir Rebeca para ser esposa de Isaque, então os olhos daquele jovem
se encheram de desejos pelas riquezas, e isso ele mostrou em suas palavras: “...entra
bendito do Senhor, por que estás aí fora? Pois já preparei a casa e o lugar
para os camelos” (Gênesis 24:30,31).
Creio que não há um ídolo tão contagioso
e letal quanto o amor às riquezas. É essa a divindade pagã que atrai outros
milhares de ídolos. É firmado nessa vã confiança que homens criam seus ídolos
para trazer chuvas, colheitas, saúde, prosperidades nos negócios, etc. É nesse
amor encoberto às riquezas que pastores abandonam a fé e tomam caminhos mais
fáceis para atrair as multidões. É nesse amor ao luxo e prazeres que homens
inventam mentiras, criam fantasias e superstições religiosas; por causa desse
amor às riquezas que elementos antes dóceis se tornam perversos e criminosos
quando se sentem ameaçados. Esse é provavelmente o caminho mais enganoso e
sofisticado para o inferno.
Estou certo que muitos começam
amamentando o ego constantemente. Muitos vão se afastando da verdade bíblica,
recusam um viver de oração e de dependência de Deus. Sem dúvida Geazi
acalentava no íntimo um conceito errado de ministério profético. Provavelmente
olhava esse caminho como meio de alcançar lucros, pois normalmente os profetas
eram ousados e respeitados. E isso foi provado quando as riquezas chegaram bem
perto dele (2 Reis 5). Muitos parecem simples, humildes, corajosos, dedicados e
consagrados, mas logo revelam que estavam enganados no íntimo, porque quando
chega o momento das provas logo seus corações são descobertos e amor às
riquezas aparece e a rebelião à vontade de Deus denuncia quem eles são.
Aos poucos satanás vai tomando os
corações para si. Conheci alguém que parecia ser um genuíno crente, trabalhador
e cheio de amor por sua família. Mas logo percebi o quanto crescia nele a raiva
em não ter o que outros tinham. Suas palavras revelavam não gratidão, não ações
de graças, mas sim desprezo aos ricos. Não demorou muito para que abandonasse
os caminhos do Senhor, deixasse sua esposa e filhos, a fim de procurar um meio
de ganhar mais. Paulo fala que alguns homens que lhe ajudavam no ministério lhe
abandonaram, porque amaram o presente século. Não há dúvida que foram atraídos
pelas promessas deste mundo de uma vida melhor e mais confortável.
Deus dá nomes terríveis a esse ídolo que
tem levado milhares para o inferno. Em Isaías ele é chamado de “deus fortuna”.
Noutras passagens aparecem palavras terríveis, como ganância, avareza, amor ao
dinheiro e outros termos que designam essa idolatria inerente. Homens e
mulheres caminham nessa vereda sem qualquer defesa contra a morte eterna.
Homens e mulheres são pegos em armadilhas mortais nesse caminho. Situações
aparecem para mostrar-lhes que as riquezas não podem livrar-lhes da punição
eterna no dia da ira; que confiaram na ilusão e que por isso estão sozinhos,
desamparados para o momento mais terrível de suas vidas, quando terão que
deixar este mundo e passar para a eternidade.
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