quarta-feira, 7 de dezembro de 2016

RIQUEZAS OU JUSTIÇA? (3)


“As riquezas de nada aproveitam no dia da ira, mas a justiça livra da morte” (Provérbios 11:4)
O QUE REALMENTE SIGNIFICA RIQUEZAS.
        Estou me esforçando para mostrar o realmente significa as riquezas de uma forma negativa, para que  ninguém venha compreender que é errado obter essas dádivas que vêm das mãos daquele que é absoluto proprietário de todos os tesouros materiais. Os crentes entendem o que significa ter possessões terrestres, por isso podem adorar a Deus com aquilo que têm. Para os santos tudo vem de Deus, quer em abundância, quer nas poucas coisas. Notemos como Jó tratou as riquezas como meios de adorar a Deus e servir ao próximo. Seus bens jamais lhe colocaram fora dos trilhos da piedade, por isso em ser lar ele fazia questão de orar, interceder em favor dos seus filhos, a fim que o viver no conforto terreno não lhes levasse a blasfemar de Deus, como acontece com as riquezas em corações arrogantes.
        Mas é importante que entendamos os reais perigos que envolvem as riquezas, quando elas ocupam o lugar de Deus. Em 1 Timóteo Paulo afirma que o amor às riquezas é a raiz de toda espécie de males. Em Lucas 12 nosso Senhor adverte aos seus discípulos quanto aos perigos eternos que cercam as almas, quando os homens se atiram à busca das riquezas, em lugar de um viver humilde, confiante e satisfeito. Sendo assim podemos afirmar que as riquezas podem ser transformadas num deus, e nosso Senhor intitula de mamon – deus riqueza. Quando isso ocorre entendemos que satanás ocupa o lugar nesse coração e eleva o indivíduo na ilusão de chegar às alturas da felicidade mundana, assim como ele tentou fazer com o Senhor Jesus: “tudo isso te darei...”.
        Para os crentes as riquezas são perigosas quando elas são usadas como fundamento para a felicidade. Elas imobilizam o viver espiritual e cerca o crente com ocupações com as ambições desta vida, sacrificando os deveres espirituais diante de Deus. Alguns crentes não percebem o quanto isso é perigoso, porque tende a apagar o caminho da peregrinação pelo qual os crentes andam. Notemos bem que isso ocorre quando o amor às riquezas está ocupando o coração. Essa divindade pagã é forte o suficiente para apagar o amor ao Senhor; é forte o suficiente para nos tirar da responsabilidade que temos. As riquezas em geral introduzem orgulho e satisfação, porque achamos que estamos dando à família aquilo que entendemos que ela precisa. As riquezas tendem a esfriar o amor ao Senhor e nos leva a achar humilhante demais a oração, o culto familiar, a escola bíblica dominical e outros cultos tão importantes às nossas vidas.

        Quando as nossas possessões materiais esmagam um viver humilde para com Deus, eis que imediatamente pensamos que humildade é nossa atitude para com as pessoas. Por essa razão as riquezas podem ser usadas para a satisfação de ter amigos, comida, passeios e outras atividades. Elas se tornam letais às nossas almas porque as riquezas fazem com que o caminho estreito seja humilhante demais para ser trilhado. Além disso, as riquezas aparecem para dominar o cenário religioso; para criar cultos mais adaptáveis aquilo que corações arrogantes desejam; para ouvir as mensagens suaves e positivas e eliminar de uma vez a santidade, temor e consagração a Deus. O cristianismo será claramente humanista, muito ligado aos homens e disposto a ampliar o ambiente, a fim de que outros cheguem para beber o cálice que bebemos e comer a comida que ansiamos ter à mesa. Oh! Quanto perigo ameaça àqueles cujos corações abrigaram esse deus mamon! Não faltarão aqueles que farão de tudo para que ambiente fique ainda mais bonito e agradável à carne.

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