quarta-feira, 7 de dezembro de 2016

A FORÇA DO AMOR OU A FORÇA DA MORTE (11)


Cantares 8:6 “...porque o amor é forte como a morte...”.
A FORÇA DO AMOR DE CRISTO NO VIVER DO SEU POVO.
        Os crentes são fortes quando manifestam nesta vida o evidente amor de Cristo. Em seu modo de viver os crentes podem mostrar o quanto o amor de Cristo é mais forte do que a morte. Mas o amor só mostra ser forte quando há santidade, porque o amor de Cristo é santo. Amor sem santidade não é o amor de Cristo; amor sem santidade não passa de ser o amor humanista, carnal e perigoso. O amor de Cristo nos crentes não se associa com a injustiça e toda forma de maldade. O verdadeiro crente sabe que acima de qualquer coisa que existe está sua submissão a Deus, e isso é manifestado em obediência à palavra. Sem a prontidão em negar o mundo, a carne e o diabo, sem qualquer dúvida o viver será um fracasso e tudo o que parece ser amor será revelado como miséria.
        Também, o amor de Cristo nos crentes fará com que o culto seja dado totalmente a Deus e não aos homens. Paulo trata sobre isso em Romanos 12. Paulo mostra que o verdadeiro culto é mobilizado por pessoas que compreenderam o que significa misericórdia, pois viram que foram alcançados pela compaixão de Deus, por esse fato podem oferecer seus corpos em sacrifício a ele. Vida cristã sem qualquer desejo de estar nos cultos com o povo de Deus, em nada demonstra real amor. Vida cristã sem qualquer amor pela palavra, por crescimento espiritual, sem qualquer desejo por oração e humildade, está evidenciando que nada entende de conversão genuína. Especialmente em nossos dias, muitos pensam em amor, mas sem qualquer ligação com obediência a Deus. Quando isso ocorre, eis que a carne entra em ação e tudo é mobilizado por emoções e não pela orientação que dá o Espírito de Deus na verdade revelada.
        Mas, mesmo o amor mais forte, dedicado e consagrado que um crente possa demonstrar ao Senhor, em nada pode comparar ao amor do Senhor. Será como uma lamparina acesa comparada à luz do sol. Mas os crentes podem crescer nesse amor. As orações dos apóstolos em favor dos santos sempre revelaram que pode haver multiplicação nesse amor. O que acontece em nossos dias é que muitos não querem sair da zona de conforto da carne; muitos querem simplesmente segurar a senha da sua salvação e pronto. Mas o que acontece é que Deus quer que alcancemos maturidade nesse amor; que aprendamos a embeber nossas vidas no amor de Cristo; que saiamos da carne e envolvamos no espírito, aplicando a palavra de Deus em nossos corações. É no caminho do nosso dever que conheceremos o real sentido do amor de Cristo. Se não estivermos dispostos a humilhar, a fim de que conheçamos a glória da humilhação de Cristo, então é certo que seremos humilhados, conforme aquilo que Deus faz usando o mundo e o sofrimento para nos levar ao pó.

        O amor de Cristo se abriga em almas dispostas a negar a si mesmo por amor a Cristo. O amor a ele é que nos fará aptos para amar as pessoas, mas o fato é que fora do lugar certo seremos como a locomotiva fora da linha, como baterias descarregadas. Paulo orou para que os crentes pudessem conhecer o amor de Cristo, mas para isso é necessário que todos os crentes saiam da vida fácil, neguem a si mesmos e sejam dispostos a obedecer a Deus. O amor de Cristo emerge com poder num ambiente de justiça, quando os crentes são consagrados e dedicados com real compromisso a obedecer a palavra. Muitos hoje preferem lutar carnalmente na vida religiosa; preferem buscar o caminho errado do fervor e do louvor. Muitos também pensam que Deus pode ser manipulado por fortes emoções e choro. Mas quanto engano! Nosso Deus não pede nossos sacrifícios carnais, mas sim nossa obediência decidida e firme àquilo que ele nos ordena em sua palavra. 

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