“As riquezas de nada
aproveitam no dia da ira, mas a justiça livra da morte” (Provérbios 11:4)
O QUE REALMENTE
SIGNIFICA RIQUEZAS.
Tendo dado a introdução, espero que pela
graça possamos entender esses maravilhosos ensinos, conforme aquilo que nos
passa nosso Sumo professor – o Espírito Santo. É claro que se colocarmos as
riquezas e a justiça para a escolha de homens mundanos é lógico e claro que
eles vão agarrar as riquezas, assim como hienas preferem carne. Mas não
significa que não podemos deixar de apresentar os perigos dessa escolha tão
insensata; não podemos deixar de mostrar que essa foi a decisão precipitada de
Geazi, o servo de Eliseu, e quão dolorosa foi a consequência advinda sobre seu
corpo (2 Reis 5).
Mas espero mostrar de uma forma tal que
nos fará ver que não há nada de errado nas riquezas, desde que nossa visão
acerca delas seja santa, pura, à luz da visão de Deus. Que não esqueçamos que
riquezas e honras vêm das mãos de Deus; que entendamos sempre que ele é o
absoluto dono da prata e do ouro e que os crentes sabem disso, e que nessa
santa sabedoria e temor podem eles desfrutar das riquezas vindas das dadivosas
mãos. As riquezas são belas, atraentes e carregam consigo alegria e prazer,
quando elas aparecem adornadas de justiça; quando as mãos avarentas não as
mancharam; quando satanás não as toma para suas finalidades corrompidas, nem se
tornam terreno de inspiração para idolatria, vaidades e fantasias.
Os crentes sabem o quanto os bens
terrenos são de tremenda utilidade, porque eles podem ser motivo de nossa
humildade, gratidão, adoração a Deus e reconhecimento que o Senhor nos
emprestou essas coisas por pouco tempo, e que vai chegar o momento que aqui
elas ficarão, enquanto nós mesmos deixaremos este mundo. As riquezas se
encaixam bem em corações transformados, como o de Jó, o qual sempre olhava para
seus semelhantes, não com desdém, não com menosprezo, mas sempre considerando
que eles foram feitos também por Deus, e que diante desses fatos as riquezas
seriam usadas para servi-los de forma justa e pura.
Então é certo que podemos vislumbrar as
riquezas com olhar de santidade, na moldura certa da verdade, vendo-as como
derivadas das riquezas espirituais. Vemos as riquezas sim, que elas são tão admiráveis
como devemos admirar a pobreza, porquanto, à luz da eternidade elas desfeitas
um dia. Vemos as riquezas como instrumentos para que o amor de Cristo seja
expresso por nossas vidas; vemos assim quando temos nossos corações carregados
de compaixão num insaciável desejo de servir, especialmente aos domésticos da
fé. Vemos as riquezas como santas e puras, quando elas são conservadas em seu
devido lugar, separadas de qualquer oferta deste mundo, de qualquer interesse
em ajuntar mais, conforme os mundanos se ocupam com isso. Vemos as riquezas à
luz das riquezas eternas como sombras daquilo que vai perdurar para sempre.
Ah! Será que podemos ser tão imbecis, a
ponto de desprezar as riquezas, quando elas chegam a nós procedentes das mãos
do Senhor? Não iremos segurá-las numa mão e esperar com a outra que satanás
venha adicionar mais. Não vamos sair do caminho da justiça, do dever, da
santidade, do contentamento e da disciplina. Se estivermos trilhando esses
caminhos, certamente as riquezas nos acompanharão como instrumentos preciosos
em nossas atividades. Não trilharemos o caminho da avareza, da ausência de amor
cristão e forma de beneficência. As nossas obras santas devem ser acumuladas
mais e mais aqui, porque elas serão transformadas em galardões lá no céu.
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