quarta-feira, 21 de dezembro de 2016

A FÉ FIRMADA NA FIDELIDADE DE DEUS (3)


“Eu, porém, olharei  no Deus da minha salvação; o meu Deus me ouvirá” (Miquéias 7:7)
A CORRUPÇÃO SOCIAL (versos 1-6)
        Quando a corrupção envolve este mundo na escuridão do pecado, eis que somente os santos de Deus podem sentir, porque aparece como podridão e mau cheiro, por isso a razão dessa expressão: “Ai de mim”. Significa que faltam homens piedosos, faltam homens que temem a Deus. A ausência de homens santos e retos neste mundo é sempre sinal de que está chegando o juízo, assim como ocorreu no dilúvio e em Sodoma. Bastou que Deus arrancasse o justo Ló, para que sua ira fosse despejada do céu. A presença de homens santos e justos neste mundo é sinal da presença misericordiosa de Deus, de que ele está agindo em sua graça e santificando o que existe. Quando Elias pensava que estava sozinho em Israel e que lutava sozinho pela causa de Deus, eis que o Senhor veio declarar ao deprimido profeta que ele havia deixado sete mil que não dobraram os joelhos perante baal.
        Em nossos dias quase não podemos detectar os verdadeiros crentes. É claro que o Senhor tem seus fieis em todos os lugares. Mas a corrupção envolveu tanto que a maldade supera os louvores dos fieis e os caminhos tortuosos aos milhares não permitem que apareçam as veredas trilhadas pelos que são obedientes a Deus. Quando o mundo se encontra nessa condição de desespero, significa que os fieis estão cercados e que os mundanos fazem de tudo para eles calem e não possam mais ser ouvidos. Na corrupção generalizada eis que os infiéis procuram entrar nas igrejas e abafar os cânticos santos; entram nos lares e procuram dividi-los; passeiam pelas ruas e pelas praças e gritam em todos os serviços de comunicação. Se não houver algum profeta, eis que é sinal o próprio Deus marcha para enfrentar esse exército do mal que cresce em número. Não esqueçamos que o alvo de satanás e arruinar o que é bom; é apodrecer o que é sadio e útil; é apagar todo sinal de luz da verdade, a fim de que a escuridão reine em mentiras. Ao ver essas coisas acontecendo, eis que a tristeza toma conta dos poucos que restam. Não é assim em nossos dias? E por onde andamos vemos que fieis estão lamentando e dizendo: “Ai de mim!”.  
        Avancemos um pouco mais no exame do texto, porque ele mostra que há corrupção governamental (verso 3). Notemos bem o que diz o profeta a respeitos dos governantes naqueles dias: “As suas mãos estão sobre o mal...”. Que situação triste! Os que estão em eminência foram postos por Deus para por suas mãos sobre o bem e trabalhar pelo bem em favor de todos. Mas o texto mostra que eles estavam fazendo o contrário, pois tinham suas mãos “abençoando o mal”. Em Isaías 5 Deus mostra como isso acontecia em Israel, pois aqueles homens que tinham o poder faziam de tudo para que o mal ocupasse o lugar do bem. No cap. 28 do mesmo profeta Deus também mostra que os líderes em Jerusalém até mesmo faziam aliança com a morte e com o inferno, acreditando que iriam viver mais para continuar em suas maldades.

        A situação não é a mesma em nossos dias? Os que estão em posição de autoridade são aqueles que mais perpetram a maldade; seus corações erguidos na arrogância acreditam que não há ninguém acima deles e que por isso podem usar o poder para seus interesses pervertidos. Por essa razão aproveitam para roubar, matar e espalhar esse estigma de corrupção para todos. Normalmente o mal prevalece quando vem de cima, daqueles que estão no poder. Quando isso ocorre então não há como julgar o mal, porque as autoridades foram postas por Deus para punir o mal e trazer o bem. Mas quando elas estão corrompidas, eis que a maldade vem como lavas que descem do vulcão para destruir tudo que tem abaixo.

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