“Eu, porém, olharei
no Deus da minha salvação; o meu Deus me ouvirá” (Miquéias 7:7)
A CORRUPÇÃO SOCIAL (versos 1-6)
Chegou o
momento para que chequemos de perto essa passagem de Miquéias, porque ela nos
mostrará como que a foto real do que está acontecendo em nossos dias. Quando
vemos a situação da raça caído do ponto de vista de Deus, então as aparências
são desfeitas e a realidade das coisas aparece. O que o mundo faz em cada
século é enfeitar tudo ao derredor, a fim de os homens vejam os disfarces,
assim como olhamos e admiramos as aparências.
A primeira
lição aparece, óbvio no verso 1: Consciência pessoal da situação.
“Ai de mim! Porque estou como quando são colhidas as
frutas do verão, como os rabiscos da vindima: Não há cacho de uvas para chupar,
nem figos temporãos que a minha alma deseja”. A linguagem usada pelo profeta
torna fácil o entendimento daquilo que ele quer transmitir. Miquéias foi
contemporâneo de Isaías e presenciou o embalo da prosperidade nos dias de Uzias,
mas ao mesmo tempo contemplou uma catástrofe espiritual misturada com
hipocrisia em Israel. Em sua linguagem pitorescamente hebraica, o profeta
mostra o que acontece com os verdadeiros crentes em tempos de ausência de verdadeira
espiritualidade. A piedade e justiça vistas no mundo são como frutos. Em Isaías
5 Deus fala de Israel como uma plantação de uvas que ele mesmo plantou, mas
quando foi à procura de frutos bons, viu que só tinham frutos indesejáveis,
amargos.
Para o
profeta aquela situação social em Israel foi deprimente e lhe causou profunda
tristeza, de tal maneira que lhe envolveu todo ser. Era como uma busca inútil,
uma viagem perdida para achar frutos e nada achou. A ausência da verdadeira
espiritualidade causa profunda tristeza e angústia para os verdadeiros crentes.
Posso lembrar agora mesmo de Esdras, quando estava pronto para ver Jerusalém
firme e pronta para se erguer espiritualmente, mas quando soube da situação
moral, com o casamento dos judeus com mulheres pagãs, eis que aquele homem de
Deus se entregou aos prantos e só se ergueu quando pode ver a disposição
daqueles homens para que a situação mudasse (Esdras 9).
A situação
espiritualmente caótica de nossos dias só agrada aos falsos crentes, porque
eles vivem da aparência e não da realidade das coisas. Os verdadeiros crentes
começam a gemer ante a maldade que prolifera nas igrejas. Não posso esquecer do
que minha mãe falou para mim alguns meses antes da sua morte. Ela vivia triste
devido o que ela via e ouvia na igreja onde frequentava. Suas inesquecíveis
palavras foram: “Meu filho, o evangelho que ouço hoje não é o mesmo evangelho
que eu ouvia quando era jovem”. Assim como minha mãe têm muitos crentes que
estão sentindo assim, angustiados e deprimidos porque olham para os lados e não
pode ver mais justiça, retidão, arrependimento e santidade. Quando isso
acontece, então a maldade há de prosperar inevitavelmente. O que o mundo carece
urgentemente é de homens e mulheres piedosos, porque sem isso é certo que está
tudo fadado à destruição.
Realmente
não sei como estão as coisas lá fora. Resido aqui no Brasil e posso ver o
quanto as coisas vão de mal a pior. Sendo assim, o que fazer? Numa ocasião
dessa é que a fé de muitos mostra ser vacilante. Muitos que avançavam com
firmeza, de repente voltam e procuram um caminho mais fácil. Quanta tristeza!
Não é o momento para que vejamos tudo à luz daquilo que Miquéias viu? Não é o
momento para choro, angústia e arrependimento em nosso meio?
Consciência pessoal da situação: (verso 1)
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