quinta-feira, 1 de dezembro de 2016

A FORÇA DO AMOR OU A FORÇA DA MORTE (7)

                       
Cantares 8:6  “...porque o amor é forte como a morte...”.
A FORÇA DO AMOR DE CRISTO.
        Continuo, mostrando o fato que a força da morte declara nossa insignificância e miséria. Ela revela o fato que o pecado nos despojou de todo bem, da razão, de defesa pessoal e banidos de qualquer recurso terreno. É assim que a morte opera, e quando sua presença chega para nos tomar, eis que tudo escurece, trazendo pavor, desespero e mostrando o quanto os homens são pobres, miseráveis e sem qualquer poder de livramento. Mas a força do amor de Cristo declara sua graça e misericórdia por elementos abomináveis. O poder do amor de Cristo invade o próprio terreno da morte para destruir sua força, arrancar seus grilhões e anular seus efeitos tão desastrosos e eternos.
        A força da morte, finalmente resulta em empurrar as almas para o inferno, porque esse é o objetivo final. Que triste e deprimente consequência! Homens e mulheres feitos coroas da criação; feitos para glorificar a Deus e participar da santa comunhão com o criador, agora são tratados como lixos, escórias da criação, porque o resumo da sua existência terrena é miséria eterna. Não é tão triste isso? O resultado de toda essa alegria, paixão, riquezas, fama, conquistas e glórias terrenas é cair nos braços da tirana morte, a fim de ser jogado aos dentes do inferno de fogo. Que resultado inútil! Quanto esforço gasto para o fogo! Quanta insensatez e loucura dos homens, que nem mesmo a história e as tragédias podem despertá-los dessa condição!
        Mas o amor de Cristo toma pobres mortais e com grande poder os arranca do domínio da morte, a fim de dá-lhes vida, para levá-las para a glória eterna. Veja a real diferença, porque a força da morte opera para empurrar os homens para baixo, enquanto a força do amor de Cristo impulsiona para cima. A força da morte é levar as almas para a morte eterna, enquanto a força de Cristo é levá-las para a vida eterna. Sendo assim, quão ignóbil é a força da morte! Ela foi atirada ao desprezo, porque seu aparente triunfo transformou-se em completa derrota, porquanto foi aniquilada pela força do amor de Cristo. Nessa arena bendita Cristo arrancou todo vigor da morte; Cristo arrancou de suas mãos sua adaga mortal e a lançou ao desprezo, porquanto homens salvos podem desafiá-la, sem que ela nada pode fazer em seu anseio final.
        E finalmente, eis que a morte vê que as portas do inferno estão fechadas para milhares para que, aqueles por quem Cristo morreu jamais caiam no lugar de desespero eterno. A morte pode manter seus fregueses atentos e vigorosos neste mundo; ela pode mantê-los mais gordos e nédios no pecado, sem qualquer temor e desespero. Mas são milhares que agora encaram com coragem a força da morte, e ela bate em retirada, porque não tem poder contra a vida. Ela estava sim ali na fornalha ardente de Nabucodonosor, mas foi pela fé que aqueles homens fizeram com que o calor fosse transformado num ambiente agradável, na companhia daquele que pode apagar as chamas. A morte estava presente nos dentes dos ferozes e famintos leões perante Daniel, mas eis que ela foi imobilizada pela ordem do Senhor. Quantos aos inimigos que atirados ali no lugar do inocente Daniel, ela manifestou quão furiosa e faminta estava para destruir todos os indefensáveis desafiadores de Deus.

        Então, os santos reunidos proclamam a derrota fatal da morte; proclamam que ela foi vencida para sempre no triunfo de Cristo na cruz e na ressurreição. Que grande ventura para os salvos! Hinos de louvores e motivos de grande bem-aventurança brotam dos lábios do povo remido. Eles cantam e contam a história da redenção com todo prazer! Eles anunciam a tão grande salvação em Cristo e afirmam que estão livres para sempre da poderosa morte! Eles afirmam que pela graça caminham em direção aos portais da Nova Jerusalém e que ali estarão para sempre longe da pavorosa morte.

Nenhum comentário: