“As riquezas de nada
aproveitam no dia da ira, mas a justiça livra da morte” (Provérbios 11:4)
A INUTILIDADE DAS
RIQUEZAS.
As riquezas quando estão alojadas como
um deus no coração do homem, não demora
para que elas sejam reveladas como inúteis no dia da ira. Elas são inúteis e
enganadoras, porque salientam uma esperança de um mundo melhor; elas sempre
estão declarando no íntimo que elas estão servindo de segurança ao derredor;
que os perigos estão fora e que são capazes de destruir toda força que se
voltar contra a pessoa que nela confia. Não há dúvida que Labão pensava assim;
que tinha forças suficiente para acabar com seu sobrinho – genro, Jacó, e se
não fosse a intervenção do Senhor, sem dúvida marcharia com toda crueldade
contra um homem justo (Gênesis 31).
As riquezas sempre estão acendendo um
farol de esperança aos homens; estão sempre declarando aos homens que eles
precisam manter ocupados e adquirir mais posses; que sempre há perigo de que o muro
de proteção possa cair e o desamparo chegue. Por essa razão homens e mulheres
vivem no desespero e empurrados para a busca de mais possessões terrenas.
Sempre estão vendo as riquezas voando como aves e eles querendo pegá-las.
Sempre estão tentando aproveitar as oportunidades para apostar na sorte, sem
perceber que essa maratona aqui não tem fim.
Elas são também inúteis, porque nada têm
de poder contra os inimigos invisíveis que cercam as almas. Os ídolos
normalmente são visíveis, são feitos no coração sim, mas com materiais daqui.
As divindades estão sempre ligadas às vaidades do coração; são feitas de acordo
com aquilo que os homens querem adquirir aqui. Mas tais divindades não têm
vida, conforme o ensino do Salmo 115. Os homens no pecado são espertos e
observadores de oportunidades que passam à sua frente. Mas são cegos na alma,
por isso não percebem que enquanto correm e lutam para conquistar seus
galardões terrenos, não percebem o quanto a famigerada morte está de espreita
para tirar-lhes a vida e roubar tudo o que eles adquiriram. Muitos são pegos em
suas festas de prazer, enquanto estão felizes em suas conquistas, pois a morte
chega para transformar a festa em luto e desespero.
As riquezas são deuses montados no
coração, porque homens e mulheres confiam nesses ídolos para viverem em sua
vaidade. Até em sua velhice Jezabel confiava na força de seus ídolos, pois
mesmo com a chegada de Jeú para matá-la, ela assim mesmo se arrumou, usou toda
maquiagem para empurrar a morte para longe. Mas o fato é que sua riqueza que
tanto lhe enfeitou na vaidade e na perversidade lhe deixou no dia da ira,
levando a uma terrível morte (2 Reis 9:30). Milhares de homens que tentaram se
mostrar fortes; que dominaram povos, mataram e perseguiram, logo eles mesmos
enfrentaram a poderosa morte, diante da qual tombaram. Quando Daniel enfrentou
Nabucodonosor para explicar-lhe o sonho da árvore grande que fora cortada
(Daniel 4), eis que o homem de Deus não demorou para exortar o rei ao
arrependimento: “Portanto, ó rei, aceita o meu conselho e põe termo, pela
justiça, em teus pecados e em tuas iniquidades, usando de misericórdia para com
os pobres; e talvez se prolongue a tua tranquilidade“ (verso 27).
Oh! Os homens não imaginam o quanto as
riquezas no coração são ídolos que lhes elevam na soberba; são divindades que
lhes erguem na confiança vã e que os fazem viver presumidos de que estarão
imunes aos perigos iminentes. Mas veja o que Deus diz: “Porque o dia do Senhor
dos Exércitos será contra todo soberbo e altivo e contra todo aquele que se
exalta, para que seja abatido” (Isaías 2:12).
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