terça-feira, 13 de dezembro de 2016

RIQUEZAS OU JUSTIÇA? (6)

                                  
“As riquezas de nada aproveitam no dia da ira, mas a justiça livra da morte” (Provérbios 11:4)
A INUTILIDADE DAS RIQUEZAS.
        As riquezas quando estão alojadas como um  deus no coração do homem, não demora para que elas sejam reveladas como inúteis no dia da ira. Elas são inúteis e enganadoras, porque salientam uma esperança de um mundo melhor; elas sempre estão declarando no íntimo que elas estão servindo de segurança ao derredor; que os perigos estão fora e que são capazes de destruir toda força que se voltar contra a pessoa que nela confia. Não há dúvida que Labão pensava assim; que tinha forças suficiente para acabar com seu sobrinho – genro, Jacó, e se não fosse a intervenção do Senhor, sem dúvida marcharia com toda crueldade contra um homem justo (Gênesis 31).
        As riquezas sempre estão acendendo um farol de esperança aos homens; estão sempre declarando aos homens que eles precisam manter ocupados e adquirir mais posses; que sempre há perigo de que o muro de proteção possa cair e o desamparo chegue. Por essa razão homens e mulheres vivem no desespero e empurrados para a busca de mais possessões terrenas. Sempre estão vendo as riquezas voando como aves e eles querendo pegá-las. Sempre estão tentando aproveitar as oportunidades para apostar na sorte, sem perceber que essa maratona aqui não tem fim.
        Elas são também inúteis, porque nada têm de poder contra os inimigos invisíveis que cercam as almas. Os ídolos normalmente são visíveis, são feitos no coração sim, mas com materiais daqui. As divindades estão sempre ligadas às vaidades do coração; são feitas de acordo com aquilo que os homens querem adquirir aqui. Mas tais divindades não têm vida, conforme o ensino do Salmo 115. Os homens no pecado são espertos e observadores de oportunidades que passam à sua frente. Mas são cegos na alma, por isso não percebem que enquanto correm e lutam para conquistar seus galardões terrenos, não percebem o quanto a famigerada morte está de espreita para tirar-lhes a vida e roubar tudo o que eles adquiriram. Muitos são pegos em suas festas de prazer, enquanto estão felizes em suas conquistas, pois a morte chega para transformar a festa em luto e desespero.
        As riquezas são deuses montados no coração, porque homens e mulheres confiam nesses ídolos para viverem em sua vaidade. Até em sua velhice Jezabel confiava na força de seus ídolos, pois mesmo com a chegada de Jeú para matá-la, ela assim mesmo se arrumou, usou toda maquiagem para empurrar a morte para longe. Mas o fato é que sua riqueza que tanto lhe enfeitou na vaidade e na perversidade lhe deixou no dia da ira, levando a uma terrível morte (2 Reis 9:30). Milhares de homens que tentaram se mostrar fortes; que dominaram povos, mataram e perseguiram, logo eles mesmos enfrentaram a poderosa morte, diante da qual tombaram. Quando Daniel enfrentou Nabucodonosor para explicar-lhe o sonho da árvore grande que fora cortada (Daniel 4), eis que o homem de Deus não demorou para exortar o rei ao arrependimento: “Portanto, ó rei, aceita o meu conselho e põe termo, pela justiça, em teus pecados e em tuas iniquidades, usando de misericórdia para com os pobres; e talvez se prolongue a tua tranquilidade“ (verso 27).
        Oh! Os homens não imaginam o quanto as riquezas no coração são ídolos que lhes elevam na soberba; são divindades que lhes erguem na confiança vã e que os fazem viver presumidos de que estarão imunes aos perigos iminentes. Mas veja o que Deus diz: “Porque o dia do Senhor dos Exércitos será contra todo soberbo e altivo e contra todo aquele que se exalta, para que seja abatido” (Isaías 2:12).

        

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