“As riquezas de nada
aproveitam no dia da ira, mas a justiça livra da morte” (Provérbios 11:4)
A INUTILIDADE DAS
RIQUEZAS.
Creio que agora chegou o momento para
que entremos no campo de batalha, a fim de comprovar o quanto as riquezas se
mostram tão inoperantes; o quanto elas que pareciam tão fortes e tão
compassivas com as necessidades dos homens, de repente fogem sem qualquer
explicação, deixando milhares atirados às circunstâncias mais aterradoras, como
o caso daquele homem que ajuntou tanto para ter uma vida melhor, de descanso e
lazer, mas que de repente foi saudado pela assombrosa morte: “Louco, esta noite
te pedirão a tua alma”.
Sendo assim, posso afirmar que as
riquezas são inúteis, porque essa divindade pagã se mostra completamente
frágil, inoperante no dia da ira. Muitos vão pensar que, pelo fato que não têm
muitos bens acumulados nesta vida, assim estarão livres de qualquer perigo. Mas
o fato é que as riquezas podem não estar na conta bancária, nem guardadas em
casa. O perigo é quando os tesouros estão armazenados no enganoso coração. Elas
se manifestam no modo de viver de diversificadas maneiras. As riquezas não são
amontoadas em forma de chegues nem cédulas, mas sim em motivações perigosas. Aquele
homem que foi a Jesus querendo saber o que faria para herdar a vida eterna
obteve do Senhor a resposta exata. Nosso Senhor simplesmente estava dizendo que
ele precisava se desvencilhar daquele ídolo que guardava em seu coração e que
revelava por fora em orgulho religioso e desejo por glórias, conforto e fama.
Examinando mais profundamente percebemos que o paraíso que tanto interessa
adquirir na eternidade era em sua imaginação o mesmo que ele usufruía aqui.
Notemos bem o quanto pessoas que têm
essas riquezas armazenadas no coração reagem nas adversidades. O medo, a
preocupação com o que virá, o descontentamento com aquilo que possui e a falta
de gratidão, etc. tudo isso revela o quanto aquilo que tais pessoas confia nada
podem fazer nos momentos mais angustiantes da vida. Judas logo percebeu que sua
divindade lhe abandonou; ele foi pego numa armadilha, porque quando se viu
perante a morte, onde estava sua defesa? O que um pobre verme pode fazer
sozinho diante da tenebrosa morte?
Milhares vivem enganados, pensando que
têm Jesus no coração, pensando que Deus está com eles. Mas o que acontece é que
tais pessoas já possuem seu próprio Deus, falam com esse ser diariamente e dedica
a ele sua força, pensamentos, emoções e tempo. Os textos bíblicos usados por
muitos são apenas enfeites que adornam esse ídolo. Mas o próprio Senhor Deus
adverte aos homens, que nos momentos cruéis da vida, eles vão ter que apelar
para aquilo em quem eles depositaram sua confiança, provocando o Senhor: “Então
dirá: Onde estão os seus deuses? E a rocha em quem confiavam?” (Deuteronômio
32:37).
As riquezas parecem encher os corações
de gozo, alegria, prazer, segurança e satisfação. As riquezas conseguem fazer
deste mundo um paraíso, ocultando os males e pintando tudo de vívidas cores de
felicidade. Mas é tudo do momento, porque não demora que as realidades da vida
apareçam. As riquezas quando estão ocultas no coração não tem poder de livramento
no dia da ira, porque elas não têm forças para anular os mais poderosos
inimigos que reinam aqui e que decretam a chegada do luto e de dias realmente
maus.
O que nosso Senhor faz não é retirar as
riquezas, mas sim os ídolos. Nosso Senhor não pode tolerar que sua glória seja
trocada, por esse fato quando ele salva, primeiramente leva o pecador à
miséria, a fim de clamar pelo Salvador e sua salvação. Assim Jesus passa a
habitar no coração de uma alma que foi regenerada.
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