sexta-feira, 9 de dezembro de 2016

RIQUEZAS OU JUSTIÇA? (4)

                                      
“As riquezas de nada aproveitam no dia da ira, mas a justiça livra da morte” (Provérbios 11:4)
A INUTILIDADE DAS RIQUEZAS.
        Creio que agora chegou o momento para que entremos no campo de batalha, a fim de comprovar o quanto as riquezas se mostram tão inoperantes; o quanto elas que pareciam tão fortes e tão compassivas com as necessidades dos homens, de repente fogem sem qualquer explicação, deixando milhares atirados às circunstâncias mais aterradoras, como o caso daquele homem que ajuntou tanto para ter uma vida melhor, de descanso e lazer, mas que de repente foi saudado pela assombrosa morte: “Louco, esta noite te pedirão a tua alma”.
        Sendo assim, posso afirmar que as riquezas são inúteis, porque essa divindade pagã se mostra completamente frágil, inoperante no dia da ira. Muitos vão pensar que, pelo fato que não têm muitos bens acumulados nesta vida, assim estarão livres de qualquer perigo. Mas o fato é que as riquezas podem não estar na conta bancária, nem guardadas em casa. O perigo é quando os tesouros estão armazenados no enganoso coração. Elas se manifestam no modo de viver de diversificadas maneiras. As riquezas não são amontoadas em forma de chegues nem cédulas, mas sim em motivações perigosas. Aquele homem que foi a Jesus querendo saber o que faria para herdar a vida eterna obteve do Senhor a resposta exata. Nosso Senhor simplesmente estava dizendo que ele precisava se desvencilhar daquele ídolo que guardava em seu coração e que revelava por fora em orgulho religioso e desejo por glórias, conforto e fama. Examinando mais profundamente percebemos que o paraíso que tanto interessa adquirir na eternidade era em sua imaginação o mesmo que ele usufruía aqui.
        Notemos bem o quanto pessoas que têm essas riquezas armazenadas no coração reagem nas adversidades. O medo, a preocupação com o que virá, o descontentamento com aquilo que possui e a falta de gratidão, etc. tudo isso revela o quanto aquilo que tais pessoas confia nada podem fazer nos momentos mais angustiantes da vida. Judas logo percebeu que sua divindade lhe abandonou; ele foi pego numa armadilha, porque quando se viu perante a morte, onde estava sua defesa? O que um pobre verme pode fazer sozinho diante da tenebrosa morte?
        Milhares vivem enganados, pensando que têm Jesus no coração, pensando que Deus está com eles. Mas o que acontece é que tais pessoas já possuem seu próprio Deus, falam com esse ser diariamente e dedica a ele sua força, pensamentos, emoções e tempo. Os textos bíblicos usados por muitos são apenas enfeites que adornam esse ídolo. Mas o próprio Senhor Deus adverte aos homens, que nos momentos cruéis da vida, eles vão ter que apelar para aquilo em quem eles depositaram sua confiança, provocando o Senhor: “Então dirá: Onde estão os seus deuses? E a rocha em quem confiavam?” (Deuteronômio 32:37).
        As riquezas parecem encher os corações de gozo, alegria, prazer, segurança e satisfação. As riquezas conseguem fazer deste mundo um paraíso, ocultando os males e pintando tudo de vívidas cores de felicidade. Mas é tudo do momento, porque não demora que as realidades da vida apareçam. As riquezas quando estão ocultas no coração não tem poder de livramento no dia da ira, porque elas não têm forças para anular os mais poderosos inimigos que reinam aqui e que decretam a chegada do luto e de dias realmente maus.

        O que nosso Senhor faz não é retirar as riquezas, mas sim os ídolos. Nosso Senhor não pode tolerar que sua glória seja trocada, por esse fato quando ele salva, primeiramente leva o pecador à miséria, a fim de clamar pelo Salvador e sua salvação. Assim Jesus passa a habitar no coração de uma alma que foi regenerada.

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