segunda-feira, 5 de dezembro de 2016

A FORÇA DO AMOR OU A FORÇA DA MORTE (9)


Cantares 8:6  “...porque o amor é forte como a morte...”.
A FORÇA DO AMOR DE CRISTO.
        Como o Senhor comunica a tremenda força desse seu amor pelo seu povo é lição preciosa aos corações santificados pela graça. Enquanto a morte se oculta, disfarça,  ilude e aprisiona os seus para lançá-los às garras eternas do inferno, eis que o amor é constantemente revelador, mantendo os seus bem informados e protegidos nessa força que santamente nos aprisiona, sem, contudo tolher nossa liberdade.
        Uma demonstração desse poder perfeitamente comunicador do forte amor do Senhor, é que ele mesmo fez com que essa história fosse registrada. A igreja não lida com invenções dos homens; os crentes não se sustentam em emoções sem qualquer fundamento. Aliás, a fé verdadeira não pode contar com nenhuma base fora daquilo que foi inscrito, vindo da boca de Deus. Com seus pés firmados na Rocha dos séculos, eis que os salvos sentem a alegria, o regozijo, a segurança e a coragem para festejar a glória do Senhor e prosseguir na caminhada rumo ao céu. Os santos são aqueles que amam a bíblia e firmam suas vidas na verdade; os santos amam a palavra e a consideram mais doce que o mel; os santos se apoiam na graça e encontram ali firmeza e vida inabalável. Os santos sabem que foram amados com amor eterno, por isso podem expressar amor pelo Senhor e uns para com os outros: “Nós amamos, porque ele nos amou primeiro” (1 João 4:19).
        Mais do que isso, o Senhor toma as verdades que ele mesmo as revelou, a fim de mostrar com sua presença o quanto seu forte amor é verdadeiro e imutável para com os seus. Ele está sempre perto dos salvos. Todo problema com muitos crentes é que eles não estão cientes disso. Mas a verdade é que a todo instante o Senhor está sempre presente e dizendo aos ouvidos espirituais: “com amor eterno eu te amei”. Ele sempre está cercando e protegendo os seus; está sempre trazendo livramento dos perigos; está sempre consolando, exortando, guiando, mostrando os perigos e ensinando o caminho que cada crente deve andar. É claro que seu amor não há de promover nossa carnalidade e mundanismo. Ele sabe bem o quanto somos inclinados a buscar um viver confortável e agradável à carne; ele sabe bem o quanto somos tendenciosos a confiar nos homens, por esse fato ele simplesmente destrói todas essas ilusões, a fim de nos guiar pelo caminho da disciplina e maturidade.
        Também, lembramos que seu amor é tão forte que está infinitamente acima daquilo que aqui conhecemos e experimentamos. Para o Senhor mais vale um crente do que qualquer emoção de um viver natural. Parecia que o Senhor era cruel em permitir a morte do marido e dos filhos de Noemi, mas o resultado provou o quanto a fé provada daquela mulher valia infinitamente mais que a companhia de seu marido e filhos, numa confortável vida em Moabe. Sendo assim, lembramos que as aflições desta vida são caminhos onde o amor do Senhor demonstra sua força e seu trabalho perfeito em aperfeiçoar seus queridos. Têm lições advindas do amor que jamais entenderemos aqui; têm aflições pelas quais os crentes passam e hão de passar que somente na eternidade saberemos as razões que elas sobrevieram, conforme o coro de um antigo hino:
                “Um dia o salvador virá; um dia ele esclarecerá.
                Então, da dor me livrará. Um dia hei de compreender!”

        Que nos afastemos de qualquer promessa dessa filosofia de vida cristã que o evangelho moderno tem proposto, porquanto vem bem apimentado das paixões pelas prosperidades terrenas. Que sejamos envolvidos pela fé nesse inabalável amor; que busquemos abrigo nesse refúgio eterno; que humildemente nos afastemos de qualquer atrevimento em querer andar por caminho diferente daquele que já nos foi proposto.

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